MB – APN - Lusa
Bissau, 04 fev
(Lusa) - O presidente do Conselho Nacional de Juventude (CNJ) da Guiné-Bissau,
Dito Max, defendeu hoje em Bissau que a Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP) ganha se houver facilidades na mobilidade dos estudantes.
Por ocasião do
início da presidência rotativa do Fórum da Juventude da CPLP, Dito Max disse à
Lusa que a mobilidade dos estudantes no espaço lusófono, a exemplo do programa
Erasmus na Europa, "será uma das bandeiras da presidência guineense".
A VI Assembleia
Geral do Fórum da Juventude da CPLP elegeu em janeiro os novos órgãos de gestão
para o biénio 2013-14 e Dito Max foi eleito presidente da direção do Fórum.
"Entendemos
que existem ainda barreiras a nível do espaço lusófono, sobretudo na atribuição
de vistos. Isso não tem ajudado os estudantes e profissionais. Foi com base no
programa Erasmus que os jovens desafiaram o secretariado executivo da CPLP para
que se institucionalize um programa idêntico para o nosso espaço",
esclareceu Dito Max em entrevista à Lusa em Bissau.
Sobre a mobilidade,
deu exemplos: "um jovem que estuda na Faculdade de Direito de Bissau podia
fazer aqui o primeiro semestre e ir para Portugal, Cabo Verde ou outro país
lusófono fazer outro semestre. Jovens que saem da universidade e que procuram o
primeiro emprego podiam ir para países diferentes para aí fazerem estágios
profissionais".
Além da mobilidade
de estudantes, a presidência guineense da juventude lusófona irá concentrar-se
no alargamento de iniciativas que possam congregar os jovens da CPLP, afirmou
Dito Max, lembrando que atualmente isso apenas ocorre em duas ocasiões, nos
jogos da lusofonia e na bienal de jovens criadores.
"É importante
que tenhamos mais espaços de concertação e de intercâmbios para desta forma
criar interação entre os jovens da nossa comunidade", afirmou Dito Max.
O presidente do CNJ
abordou também o momento de crispação que se vive entre a CPLP e o Estado da
Guiné-Bissau, salientando que esse clima não é benéfico para as duas partes,
mas frisando que num futuro breve tal irá acabar.
"A CPLP não
deve abandonar a Guiné-Bissau, daí que estamos confiantes enquanto jovens que
num futuro próximo vai melhorar o diálogo entre o secretariado da comunidade e
a Guiné-Bissau", defendeu Dito Max, que acredita que a presidência
guineense da juventude lusófona irá ajudar a desanuviar a crispação.
Dito Max afirmou
que "houve uma evolução, hoje a CPLP tem um outro entendimento em relação
aos problemas da Guiné-Bissau. A nível da juventude não temos tido problemas, o
nosso diálogo com o secretariado tem sido fácil, sem qualquer problema, por
isso fomos confiados nesse mandato".
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