segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Novo presidente do CJ guineense defende mais mobilidade para estudantes




MB – APN - Lusa

Bissau, 04 fev (Lusa) - O presidente do Conselho Nacional de Juventude (CNJ) da Guiné-Bissau, Dito Max, defendeu hoje em Bissau que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) ganha se houver facilidades na mobilidade dos estudantes.

Por ocasião do início da presidência rotativa do Fórum da Juventude da CPLP, Dito Max disse à Lusa que a mobilidade dos estudantes no espaço lusófono, a exemplo do programa Erasmus na Europa, "será uma das bandeiras da presidência guineense".

A VI Assembleia Geral do Fórum da Juventude da CPLP elegeu em janeiro os novos órgãos de gestão para o biénio 2013-14 e Dito Max foi eleito presidente da direção do Fórum.

"Entendemos que existem ainda barreiras a nível do espaço lusófono, sobretudo na atribuição de vistos. Isso não tem ajudado os estudantes e profissionais. Foi com base no programa Erasmus que os jovens desafiaram o secretariado executivo da CPLP para que se institucionalize um programa idêntico para o nosso espaço", esclareceu Dito Max em entrevista à Lusa em Bissau.

Sobre a mobilidade, deu exemplos: "um jovem que estuda na Faculdade de Direito de Bissau podia fazer aqui o primeiro semestre e ir para Portugal, Cabo Verde ou outro país lusófono fazer outro semestre. Jovens que saem da universidade e que procuram o primeiro emprego podiam ir para países diferentes para aí fazerem estágios profissionais".

Além da mobilidade de estudantes, a presidência guineense da juventude lusófona irá concentrar-se no alargamento de iniciativas que possam congregar os jovens da CPLP, afirmou Dito Max, lembrando que atualmente isso apenas ocorre em duas ocasiões, nos jogos da lusofonia e na bienal de jovens criadores.

"É importante que tenhamos mais espaços de concertação e de intercâmbios para desta forma criar interação entre os jovens da nossa comunidade", afirmou Dito Max.

O presidente do CNJ abordou também o momento de crispação que se vive entre a CPLP e o Estado da Guiné-Bissau, salientando que esse clima não é benéfico para as duas partes, mas frisando que num futuro breve tal irá acabar.

"A CPLP não deve abandonar a Guiné-Bissau, daí que estamos confiantes enquanto jovens que num futuro próximo vai melhorar o diálogo entre o secretariado da comunidade e a Guiné-Bissau", defendeu Dito Max, que acredita que a presidência guineense da juventude lusófona irá ajudar a desanuviar a crispação.

Dito Max afirmou que "houve uma evolução, hoje a CPLP tem um outro entendimento em relação aos problemas da Guiné-Bissau. A nível da juventude não temos tido problemas, o nosso diálogo com o secretariado tem sido fácil, sem qualquer problema, por isso fomos confiados nesse mandato".

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