segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

No RU, paquistanesa se recupera de ataque e cria fundo de ajuda à educação feminina



Opera Mundi – Efe, Londres

Malala Ysufzai foi atacada em outubro por talibãs por defender o que seu fundo pretende promover no país

Malala Ysufzai, a adolescente paquistanesa atacada pelos talibãs por defender a educação feminina, superou com sucesso as últimas intervenções cirúrgicas às quais foi submetida no Reino Unido e anunciou um fundo de ajuda à educação no Paquistão através de um vídeo divulgado nesta segunda-feira (04/02).

Esta foi a primeira vez que a adolescente, de 15 anos, fala publicamente após o ataque sofrido em 9 de outubro em seu país, quando foi atingida por dois disparos, um na cabeça e outro no pescoço, dos quais se recupera em um hospital de Birmingham (Inglaterra).


"Hoje estou viva. Posso falar, posso te ver, posso ver todos e melhoro a cada dia. E tudo isso graças às preces das pessoas. Agradeço a todas essas pessoas que rezaram por mim", afirmou Malala em um curto vídeo gravado antes de sua última cirurgia, no sábado.

A adolescente voltou neste fim de semana ao hospital para que os médicos colocassem uma peça de titânio, feita sob medida, em seu crânio, e fizessem um implante com o qual será possível recuperar a audição do ouvido esquerdo, que ficou danificado pelos disparos.

Os médicos esperam que esta seja a última cirurgia de Malala, que deverá agora enfrentar um período de recuperação que deve durar de 15 a 18 meses.

A jovem ativista, que afirmou que após o ataque vive "uma segunda vida", manifestou no vídeo que ajudará outras meninas que também se sentem acuadas no Paquistão a quererem ir à escola.

"Esta é uma segunda vida. E quero ser útil. Quero ser útil para o povo. Quero que cada menina, cada criança, seja educada. E por esse motivo organizamos o 'fundo de Malala", explicou a adolescente.

"O fundo de Malala" é uma campanha que visa arrecadar fundos para promover a educação feminina no Paquistão e foi criado pela ONG internacional "Vital Voices", que trabalha para promover o desenvolvimento das mulheres na vida pública e com sede em Washington.

Espera-se que Malala fixe residência permanente no Reino Unido, já que seu pai conseguiu um trabalho no consulado do Paquistão em Birmingham.

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