segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Preso em Santa Catarina diz que atirou contra base policial para receber R$ 100




Correio do Brasil -  de Florianópolis

A Polícia Militar (PM) de Santa Catarina informou nesta segunda-feira que prendeu o autor do ataque à base da Guarda Municipal de São José, cidade que faz parte da Grande Florianópolis. O homem foi preso em um hospital, após ser baleado em um confronto com policiais e revelou ter recebido R$ 100 para atirar. Das 18h de domingo às 7h desta manhã, a Secretaria de Segurança Pública registrou quatro episódios ligados à onda de violência no Estado. Nos outros três casos, ninguém foi preso até agora.

Na Avenida Santa Catarina, no bairro Estreito, em Florianópolis, por volta das 22h, dois homens tentaram incendiar a garagem da Empresa de Transporte Coletivo Emflotur, mas o artefato não explodiu e os criminosos fugiram. Na cidade de Itajaí, de acordo com a Polícia Militar, um homem que usava touca disparou quatro tiros contra um ônibus e fugiu a pé. Os disparos acertaram a traseira do ônibus, não deixaram feridos.

Em Navegantes, dois homens incendiaram um ônibus de transporte coletivo no bairro Meia Praia. O Corpo de Bombeiros controlou o fogo e não houve vítimas. Os autores do atentado não foram localizados.

As autoridades de segurança de Santa Catarina ainda não confirmaram se tratar de uma “onda de atentados” como a registrada em novembro, quando 68 ocorrências assustaram a população. Na capital Florianópilis foram registradas seis ocorrências na madrugada. Mais uma vez, os ataques se concentraram na região norte da cidade.

Uma base da Polícia Militar localizada no bairro Canasvieiras foi incendiada por quatro homens. Ônibus ainda foram incendiados nos bairros João Paulo, Canasvieiras e Ingleses. Neste último caso, o passageiro Eron Melo, 19 anos, sofreu queimaduras ao sair do coletivo e precisou ser encaminhado a uma unidade de saúde da região.

Violência

Desde o dia 12 novembro de 2012, o Estado de Santa Catarina registrou uma série de atentados e contra ônibus e bases da polícia. Enquanto os coletivos foram alvos somente de incêndio, algumas bases policiais também foram alvejadas. Na região norte de Florianópolis, o carro de um policial civil foi incendiado. Ao todo, a polícia prendeu 27 suspeitos de participação nos crimes, sendo 12 adolescentes.

Na segunda-feira, dia 12, uma funcionária de uma empresa de administração prisional recebeu uma mensagem no celular que avisava sobre os ataques, que seriam uma represália a supostos maus tratos ocorridos dentro da Penitenciária de São Pedro de Alcântara.

O secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, César Augusto Grubba, afirmou que os atentados ocorridos em Florianópolis podem ter sido uma imitação dos ataques ocorridos nos últimos dias em São Paulo, onde mais de 90 policiais foram mortos em 2012.

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