Parceiros
internacionais da Guiné-Bissau preocupados com "vigilância" a
diplomatas
21 de Novembro de
2012, 11:26
Bissau, 21 nov
(Lusa) - Os parceiros internacionais da Guiné-Bissau afirmaram-se hoje
preocupados com a "vigilância por agentes de segurança do Estado" de
"membros e propriedades da comunidade diplomática", sem contudo
especificarem.
Num comunicado
divulgado em Bissau e assinado pelo representante especial do secretário-geral
das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba, os parceiros afirmam-se
também muito preocupados "com as contínuas e inaceitáveis violações de
direitos humanos".
"Os parceiros
internacionais reiteram a sua forte preocupação com as contínuas e inaceitáveis
violações de direitos humanos, incluindo uma execução sumária, sequestros e
espancamentos, e ameaças diversas não especificadas", diz o comunicado,
feito na sequência de uma reunião na semana passada, mas só agora divulgado.
Na reunião,
realizada na passada sexta-feira, os parceiros felicitaram a abertura da
Assembleia Nacional Popular (sem funcionar desde o golpe de Estado de 12 de
abril mas que reabriu na quinta-feira), que consideraram "um passo
importante para uma participação política nacional e inclusiva".
Os parceiros
"expressam a esperança de que os membros da Assembleia Nacional irão
trabalhar em conjunto para uma execução bem-sucedida do programa definido para
a sessão, incluindo o trabalho legislativo destinado a assegurar a preparação e
realização de eleições livres e transparentes", diz o comunicado.
Os parceiros pedem
às autoridades de transição para que garantam a prevenção das violações de
direitos humanos e que conduzam investigações transparentes relativamente às
violações, em conformidade com normas internacionais, "para que os
criminosos sejam levados à justiça, e que lutem contra a impunidade recorrente
na Guiné-Bissau".
A Guiné-Bissau está
a ser gerida por um Governo de transição na sequência de um golpe de Estado que
a 12 de abril depôs as autoridades legítimas.
O Governo de
transição tem sido crítico em relação à postura do representante da ONU no país
e já pediu a sua substituição.
FP // VM.
Kumba Ialá com
quatro adversários no congresso PRS, na Guiné-Bissau
21 de Novembro de
2012, 14:01
Bissau, 21 nov
(Lusa) - O ex-Presidente da Guiné-Bissau e líder do Partido da Renovação Social
(PRS), Kumba Ialá, vai disputar a chefia do partido com outros quatro
dirigentes no congresso marcado para dezembro, revelou hoje a comissão
organizadora do conclave.
Orlando Viegas,
presidente da comissão organizadora do quarto congresso ordinário do PRS,
segundo maior força política na Guiné-Bissau, apresentou hoje a lista
definitiva dos candidatos à presidência do partido, anunciando os nomes de
Kumba Ialá, Baltazar Cardoso, Alberto Nambeia, Sola N'Quilin e Aladje Sonco.
Kumba Ialá é o fundador
do PRS, mas nos últimos anos a sua liderança tem vindo a ser questionada
sobretudo por Sola N'Quilin, seu antigo ministro e ex-líder parlamentar dos
renovadores guineenses. N'Quilin chegou mesmo a afirmar que Kumba Ialá dirige o
PRS de forma autocrática e com bases étnicas.
Atualmente, decorre
nas instâncias do partido um processo que, segundo fontes do PRS, poderá acabar
em expulsão de Sola N'Quilin.
Para o congresso
marcado para entre 11 e 14 de dezembro são também candidatos os deputados
Alberto Nambeia e Baltazar Cardoso, o último um conhecido empresário guineense
e um dos vice-presidentes da Câmara do Comércio.
Aladje Sonco é um
militante ainda desconhecido entre os militantes do PRS, mas mesmo assim vai
desafiar o líder do partido no congresso.
Para o cargo de
secretário-geral dos "renovadores" guineenses concorrem Carlitos
Barai (antigo ministro das Obras Públicas), Florentino Mendes Teixeira (antigo
secretário de Estado do Plano e Orçamento) e Máximo Tchuda.
A organização conta
ter 801 delegados no congresso.
MB // VM.
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