terça-feira, 19 de novembro de 2013

Portugal: DESEMPREGO DOS JOVENS LICENCIADOS SUBIU 9,1%

 

Margarida Bon de Sousa
 
Quadros superiores da administração pública também pertencem aos grupos onde o desemprego mais subiu, com um acréscimo de 28,4%
 
O grupo de desempregados com o ensino superior foi o que registou a maior subida entre Outubro deste ano e o mesmo mês de 2012. Os últimos dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional referem que houve um acréscimo de 9,1% nesta faixa de pessoas sem trabalho, enquanto, em contrapartida, se registou uma tendência decrescente em termos homólogos entre os que completaram o 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico, com -1,4%, -3,6% e -5,6%, respectivamente.
 
Ainda no final de Outubro, os centros de emprego do Continente e Regiões Autónomas contabilizaram 694 904 desempregados inscritos (menos 0,3% do que em Setembro), representando 76,7% de um total de 905 954 pedidos de emprego, e menos 96 desempregados do que os inscritos há um ano.
 
A nível regional, e comparativamente ao mês de Outubro de 2012, o IEFP observa uma tendência decrescente do desemprego em todas as regiões, com excepção do Norte, onde subiu 1,7% e nos Açores, com um crescimento de 21,6%.
 
Desemprego jovem
 
Ao nível do género, o desemprego masculino diminuiu 0,8% no espaço de um ano enquanto que o feminino aumentou ligeiramente (+0,7%). Houve também uma subida anual do desemprego no segmento jovem (+2,1%), em oposição ao grupo dos adultos onde a quebra foi de 0,3%.
 
Quanto ao tempo de permanência nos ficheiros, os desempregados inscritos há menos de um ano diminuíram 11,7%, ao contrário dos desempregados de longa duração (tempo de inscrição igual ou superior a 12 meses), onde o acréscimo foi de 18%.
 
Em termos relativos, e tendo também como referência Outubro de 2012, o desemprego agravou-se sobretudo no grupo dos "agricultores e pescadores de subsistência" (+30,2%), nos "quadros superiores da administração pública" (+28,4%) e nos "profissionais de nível intermédio das ciências da vida e da saúde" (+21,3%). Por outro lado, os "operadores de máquinas e trabalhadores da montagem" e os "operários e trabalhadores similares da indústria extractiva e construção civil" apresentaram quebras mais substanciais, com -11,4% e -7,4%, respectivamente.
 
Serviços
 
No que se refere à actividade económica de origem do desemprego, de entre os 591 212 desempregados que no final deste mês estavam inscritos como candidatos a novo emprego nos centros de emprego do Continente, 63,6% tinham trabalhado em actividades do sector dos "serviços", com destaque para as "actividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio" e "comércio por grosso e a retalho", 32,1% eram provenientes da "indústria", com particular relevo para a "construção" e 3,3% provinham do sector "agrícola".
 
Centrando a análise nas ofertas recebidas ao longo deste mês, estas totalizaram 14 947 em todo o país, traduzindo-se num aumento anual de 61,9%. A evolução mensal, por sua vez, correspondeu a uma quebra de 5,3%. As colocações ascenderam a 8610, ou seja mais 56,5% do que em igual período do ano passado.
 
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