O
novo bispo do Porto, António Francisco dos Santos, disse hoje que "os
pobres não podem esperar" e realçou que a cidade pode ser um exemplo a
nível nacional para fazer face a uma crise "por demais arrastada".
Na
cerimónia de entrada de António Francisco dos Santos como novo bispo da cidade,
que contou com a presença dos secretários de Estado da Solidariedade e da
Segurança Social, Agostinho Branquinho, e do Desenvolvimento Regional, Castro
Almeida, António Francisco dos Santos mostrou-se aberto para dialogar com
todos, perante uma audiência que incluía ainda diversas figuras da cidade,
desde o presidente da Câmara, Rui Moreira, ao reitor da Universidade do Porto,
Marques dos Santos.
"Sejamos
ousados, criativos e decididos sempre, mas sobretudo quando e onde estiverem em
causa os frágeis, os pobres e os que sofrem. Esses devem ser os primeiros
porque os pobres não podem esperar! Temos na história da Igreja do Porto
'modelos de caridade' que nos podem guiar neste caminho", afirmou numa
Catedral cheia e que tinha no Terreiro da Sé centenas de pessoas a assistir
através de um monitor.
O
novo bispo do Porto salientou a "grande quantidade e geral qualidade"
das mais variadas instituições da cidade e disse que "o mesmo se revela na
grande capacidade de criar, empreender e inovar, com que em tanto lado se tem
conseguido resistir e até superar as grandes dificuldades que (...) atingem
nesta crise por demais arrastada".
"Temos
todos nós características próprias de povo consistente e nortenho, consolidado
por uma longa história de dificuldades e vitórias, em que preponderou a
tenacidade e a criatividade das nossas gentes. A história e o trabalho deram ao
Porto e à comunidade humana que somos alguns traços de caráter que, sendo
reconhecidos, são também motivo de esperança forte para o nosso futuro
comum", disse o natural de Cinfães.
António
Francisco dos Santos reconheceu não estar acompanhado de "planos prévios
ou antecipados programas de ação pastoral", que surgirão "à medida do
sonho de Deus e da sua vontade divina para a Igreja do Porto".
"A
tudo e a todos quero atender, acompanhar e interligar cada vez mais,
respeitando a índole própria de cada qual, neste trabalho em rede diocesana,
vicarial e paroquial", referiu ainda, antes de se dirigir à porta da
Catedral, onde o saudaram centenas de pessoas por entre muitos gritos de
"Porto" e alguns de "Aveiro", onde foi também bispo.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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