O secretário-geral
do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou hoje que nos últimos três anos o Governo
promoveu uma elitização do ensino que faz lembrar os tempos do fascismo e um
mercado de mão de obra barata.
No encerramento do
10.º Congresso da JCP, na Faculdade de Medicina Dentária, em Lisboa, Jerónimo
de Sousa falou numa "brutal ofensiva" contra os jovens, que incitou a
organizarem-se e defenderem as conquistas do 25 de Abril nas fileiras da juventude
comunista.
Segundo o
secretário-geral do PCP, o balanço dos últimos três anos de governação
PSD/CDS-PP, com Portugal submetido a um programa de resgate, "é de uma
violência brutal", e inclui "emigração forçada, milhares de
estudantes afastados do ensino superior, alterações profundas nas escolas do
ensino básico e secundário, com um exponencial crescimento das vertentes
profissionalizantes do ensino, milhares de jovens empurrados para a
desesperança".
De acordo com
Jerónimo de Sousa, "o sistema de educação dual que está a ser imposto à
juventude portuguesa em todos os níveis" tem conduzido "à elitização
do acesso ao conhecimento".
"Trata-se de
um sistema que, correspondendo às necessidades do sistema capitalista de mão de
obra barata, tem vindo a ver aprofundada a clivagem entre o ensino geral e o
profissional, um regresso a um passado longínquo a fazer lembrar os tempos do
fascismo, dos liceus para os jovens da elite e as escolas técnicas para os
filhos dos trabalhadores", acrescentou.
No seu discurso,
Jerónimo de Sousa sustentou que a História deitou por terra a tese de que
"a luta de classes tinha acabado" e deu razão aos que insistiram que
"o socialismo continuava a ser a alternativa de fundo a um capitalismo
cada vez mais explorador, agressivo, predador e opressor".
Dirigindo-se às
centenas de jovens que enchiam a sala, declarou: "Somos o partido da
juventude. Se alguém duvida do futuro deste partido, devia pôr os olhos neste Congresso".
Lusa, Notícias ao
Minuto
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