domingo, 6 de abril de 2014

Israel bombardeia vários pontos em Gaza em resposta a disparo de foguetes




Ninguém foi atingido, segundo fontes palestinas e do Exército israelense; primeiro-ministro alerta para possibilidade de "ação unilateral"

Opera Mundi, São Paulo

Aparelhos da aviação israelense bombardearam na madrugada deste domingo (06/04) várias posições na Faixa de Gaza que não causaram vítimas, em resposta ao disparo de foguetes contra seu território, informaram fontes palestinas e do Exército israelense.

As testemunhas disseram ter escutado várias explosões no norte e no sul da faixa, após ter observado vários aviões de combate que sobrevoaram a região depois da meia-noite.

De acordo com fontes de segurança do movimento islâmico Hamas, que controla Gaza desde junho de 2007, quatro bombardeios aéreos sucessivos foram realizados contra um posto de treinamento de milicianos no norte e outro no sul do território.

O porta-voz do serviço de urgências do Ministério da Saúde do Hamas em Gaza, Ashraf al Qedra, disse que os ataques não causaram vítimas.

O Exército israelense informou em comunicado que os bombardeios foram a resposta "aos incessantes ataques com foguetes provenientes de Gaza" e corroborou que foram atingidos "quatro pontos terroristas no norte da faixa territorial e um adicional no sul".

Horas antes, milicianos palestinos tinham lançado um projétil contra solo israelense que caiu sem provocar danos ou vítimas em Ashkelon.

Ação unilateral

Segundo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Israel pode promover "ações unilaterais" contra os palestinos depois de o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, ter assinado a documentação para fazer parte de 15 tratados e convênios internacionais. 

"Ações unilaterais por parte dos palestinos serão respondidas com ações unilaterais da nossa parte", disse Netanyahu em sua reunião semanal com seu gabinete. Ele culpa os palestinos pelo impasse atual em relação às conversas de paz mediadas pelos EUA. Ele afirmou ainda que Israel não tem medo de uma intervenção da ONU e que a Palestina tem "muito a perder" se querem reconhecimento de organismos da ONU, algo que foi barrado no último ano em troca da libertação de 104 presos palestinos. 

Ainda não há indícios de quais ações unilaterias Israel pode tomar, mas, segundo o jornal Yedioth Ahronoth, as medidas podem incluir a retenção de impostos coletados por Israel da ANP. A última vez que Israel fez isso foi em 2012, o que provocou agitação na parte da Cisjordânia ocupada por eles. 

(*) Com Agência Efe

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