Ninguém foi
atingido, segundo fontes palestinas e do Exército israelense; primeiro-ministro
alerta para possibilidade de "ação unilateral"
Opera Mundi, São
Paulo
Aparelhos da
aviação israelense bombardearam na madrugada deste domingo (06/04) várias
posições na Faixa de Gaza que não causaram vítimas, em resposta ao disparo de
foguetes contra seu território, informaram fontes palestinas e do Exército
israelense.
As testemunhas
disseram ter escutado várias explosões no norte e no sul da faixa, após ter
observado vários aviões de combate que sobrevoaram a região depois da
meia-noite.
De acordo com
fontes de segurança do movimento islâmico Hamas, que controla Gaza desde junho
de 2007, quatro bombardeios aéreos sucessivos foram realizados contra um posto
de treinamento de milicianos no norte e outro no sul do território.
O porta-voz do
serviço de urgências do Ministério da Saúde do Hamas em Gaza, Ashraf al Qedra,
disse que os ataques não causaram vítimas.
O Exército
israelense informou em comunicado que os bombardeios foram a resposta "aos
incessantes ataques com foguetes provenientes de Gaza" e corroborou que
foram atingidos "quatro pontos terroristas no norte da faixa territorial e
um adicional no sul".
Horas antes,
milicianos palestinos tinham lançado um projétil contra solo israelense que
caiu sem provocar danos ou vítimas em Ashkelon.
Ação unilateral
Segundo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Israel pode
promover "ações unilaterais" contra os palestinos depois de o
presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, ter assinado
a documentação para fazer parte de 15 tratados e convênios
internacionais.
"Ações unilaterais por parte dos palestinos serão respondidas com ações
unilaterais da nossa parte", disse Netanyahu em sua reunião semanal com
seu gabinete. Ele culpa os palestinos pelo impasse atual em relação às
conversas de paz mediadas pelos EUA. Ele afirmou ainda que Israel não tem medo
de uma intervenção da ONU e que a Palestina tem "muito a perder" se
querem reconhecimento de organismos da ONU, algo que foi barrado no último ano
em troca da libertação de 104 presos palestinos.
Ainda não há indícios de quais ações unilaterias Israel pode tomar, mas,
segundo o jornal Yedioth Ahronoth, as medidas podem incluir a retenção de
impostos coletados por Israel da ANP. A última vez que Israel fez isso foi em
2012, o que provocou agitação na parte da Cisjordânia ocupada por eles.
(*) Com Agência Efe
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