segunda-feira, 8 de junho de 2015

Angola. Apoio japonês permite desminar mais 160 mil metros quadrados




Um projeto financiado pelo Governo japonês com mais de meio milhão de euros permitiu desminar 160 mil metros quadrados num município da província angolana do Moxico, com a retirada de 2.235 artefactos explosivos.

Segundo informação da embaixada do Japão em Luanda, o projeto de desminagem no município do Luchazes, a concluir hoje, foi implementado pela empresa especializada Mine Advisory Group (MAG) e visava "criar uma vida mais segura face ao perigo das minas para os cerca de 6.500 habitantes residentes na área".

Implementado com o apoio da Comissão Nacional Intersetorial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH), o projeto iniciou-se em março de 2014 e durante a sua execução a população obteve ainda "conhecimento sobre os perigos representados pelas minas", tendo sido atualizada a base de dados das áreas suspeitas e minadas.

"O que contribuirá na operação das atividades de desminagem a longo prazo", afirma a embaixada japonesa em Luanda, recordando tratar-se de um projeto que financiou com 597 mil dólares (537 mil euros).

O Governo do Japão apoiou com 10 milhões de dólares (8,9 milhões de euros), a fundo perdido, vários projetos de desminagem no país, desde 1999.

O processo de desminagem em Angola, após quase três décadas de conflito armado, já permitiu retirar do solo mais de cinco milhões de engenhos explosivos, numa operação levada a cabo por pelo menos quatro mil homens.

Contudo, Angola possui ainda pelo menos 75 campos minados, detetados nos últimos cinco anos nas províncias do Bié, Moxico, Cuando Cubango e Huambo, as mais afetadas do país, reconheceu recentemente o CNIDAH.

O país é signatário da Convenção de Otava ratificada em 2002, tendo o Governo angolano solicitado em dezembro de 2012 uma moratória de cinco anos para a continuação das suas operações de desminagem e segurança das zonas minadas.

O pedido de prorrogação foi aceite, devendo Angola identificar áreas suspeitas de conter minas e proceder à sua destruição até janeiro de 2018.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Sem comentários:

Mais lidas da semana