segunda-feira, 8 de junho de 2015

Moçambique. Sobe número de detidos conectados com roubo de cornos de rinocerontes




Maputo, 08 Jun (AIM) Subiu para 11 o número de pessoas envolvidas no roubo de 12 cornos dos 65 apreendidos, no dia 12 de Maio do ano em curso, na residência de um cidadão de nacionalidade chinesa, no Município da Matola, zona meridional de Moçambique, que estavam sob custódia policial.

Um comunicado Procuradoria Provincial de Maputo enviado à redacção da AIM, refere que, em conexão como o caso, foram detidos 11 cidadãos em conexão com o caso, cujos nomes não serão revelados em obediência ao princípio fundamental de presunção de inocência até decisão judicial definitiva.

Este dado numérico surge depois de a Polícia moçambicana (PRM) ao nível da Cidade de Maputo, na voz de Emídio Mabunda, ter anunciado o envolvimento de seis pessoas. Porém, uma semana mais tarde, o porta-voz do Comando-Geral da Polícia, Pedro Cossa, anunciou publicamente a detenção de sete pessoas, das quais quatro agentes da corporação.

Segundo Cossa, os envolvidos são
Calisto, que ocupava o cargo de inspector da PRM e chefe da brigada da Polícia de Investigação Criminal; Faustino Artur, inspector principal da PRM; Victor Luís Arone e o subinspector da PRM, Tadeu Gaspar, sargento da PRM.

O grupo integra também Elias Matusse, afecto na Direcção Provincial de Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural na Província de Maputo e os cidadãos Zefanias Aurélio e John Chaúque, esses últimos produtores das 4 réplicas.

Para além da detenção destes cidadãos, foram apreendidos no total quatro réplicas que de acordo com o que se apurou em sede do processo, destinavam-se a substituir os cornos de rinocerontes desaparecidos, lê-se no comunicado, para logo acrescentar que presentemente, estão em curso, acções visando reunir provas para conclusão da instrução do caso.

Segundo o comunicado, urge colaborar com as autoridades vigiando os recursos faunísticos, em particular, o elefante e rinoceronte, espécies que estão em extinção no país.

Queremos encorajar a todos os cidadãos nacionais e estrangeiros a colaborarem no exercício da vigilância necessária à protecção dos recursos florestais, faunísticos e outros denunciando qualquer infracção, diz o comunicado.

Dias antes do roubo dos referidos cornos, o ambientalista e professor universitário Carlos Serra, num breve contacto com a AIM, havia apelado a incineração dos mesmos como forma de resgatar a imagem do país que se encontra manchada pelo elevado índice de abate de elefantes e rinocerontes.

Deve-se fazer a incineração, pois isso vai ajudar a resgatar a imagem de Moçambique. Vamos fazer isso, pois, outros países o fazem quando se trata de produtos ilícitos, alertou o ambientalista, adiantando que Moçambique não pode pactuar com o abate e tráfico de animais. Entretanto, até agora, as autoridades ainda não incineram os cornos.
(AIM) Alberto Massango (AHM)/sg

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