William
Tonet – Folha 8 digital, 6 junho 2015
O
GENOCÍDIO! Aconteceu no Monte Sumi. Localidade, encravada no planalto
central, no Km 30, da província do Huambo, Angola.
De
nada vale MENTIR.
As
provas estão aí!
Foram
momentos de terror, ordenados por gente estruturalmente maldosa, hipócrita e
assassina, que “não vê meios para manter os fins”.Eles assassinaram, com ordens
expressas de não haver testemunhas, nem sobreviventes! Fazem-no sempre, repetidamente,
que já se tornou um costume, por não haver consequências, nem internas, nem externas.
Temos
de reagir; CONTRA OS ASSASSINOS
Temos
de gritar; CONTRA O GENOCÍDIO
Temos
de denunciar; OS RESPONSAVÉIS JUNTO DO TPI
É
hora de cada um fazer a sua parte para salvar o país da hecatombe, para onde
José Eduardo dos Santos e sua equipa, nos quer soterrar.Sigamos o exemplo,
daquele, que emergindo do centro da própria maldade, foi comovido pela insensibilidade
humana dos que “gatilhavam” para despedaçar os corpos inocentes de crentes,
que tombavam como se fossem objectos.
A
Ordem era para matar, matar, matar.
No
final, voluntária ou involuntariamente, Dos Santos veio, do cimo do pedestal,
como grande monarca dizer, que não “toleraria a seita de Kalupeteka”, fez
justiça prévia, como sempre o juiz, esconderá as leis e ditará a sentence que
o chefe quer: condenar Kalupeteka, por um crime não cometido e omitir o
genocídio.
Este
GENOCÍDIO, não foi o primeiro no curriculum do MPLA, mas o é no século XXI,
não só pela qualidade dos meios empregues, na violência boçal e gratuita, como
na quantidade de cidadãos, no caso, cristãos, barbaramente assassinados, para
que a sua crença fosse expulsa da geografia angolana.
Jurei
não mais continuar cobarde, enquanto a maldade e os assassinos, continuam
alcandorados em poltronas, a dirigir e monitorar as nossas vidas, os nossos
medos, os nossos temores, os nossos receios.
É
hora de dizer BASTA.
Eu
estou farto deste sistema que se diz republicano, no papel, mas é monárquico
na realidade. Farto de um sistema que é, a luz da sua própria constituição 99%
parlamentar e 1% republicano, vide art.º 109.º, mas se efectiva, através de
elucubrações jurídicas e gabinetais, com 99% presidencial e 1% parlamentar,
segundo art.º 105.º, que inconstitucionalmente, consagra um órgão, como de
soberania: Presidente da República, quando nunca foi eleito, nem directa, nem
indirectamente.
Estou
enojoado por esta crueldade, da interpretação da norma jurídica, mesmo que não
seja nada que eu não soubesse, nem tivesse provado na pele, mas pelo renovar de
uma monstruosidade, num regime que apaga e paga tudo com o petróleo e os
dólares da corrupção.
Do
alto da sua catedra, o MPLA mandatando um procurador geral adjunto da
República MENTIR descaradamente, Adão Adriano, um juiz militar a dar
interpretação bajuladora a lei, general Cristo (insensível as violações e
injustiças, contra os seus conterrâneos de Cabinda) e um bastonário da Ordem
dos Advogados de Angola a agir como se fosse um agente do SINFO, infiltrado
no seio da classe, cassaram a minha carteira profissional de advogado, visando
descredibilizar e arruinar-me política e economicamente, por continuar a
pensar pela minha cabeça e não bajular um regime, cada vez mais hediondo e com
práticas sanguinárias.
Para
um regime, que tem do Direito uma visão difusa, diabólica e mais retrógada
que a praticada em 1215, no século XIII, quando os súbditos ingleses e o
monarca João Sem Terra, rubricaram o primeiro Pacto do Constitucionalismo: a
“Magna Carta”, não posso ficar indiferente a mais este GENOCÍDIO.
Eles
questionam a minha formação académica e “confiscaram” o diploma/papel, mas não
conseguirão o meu diploma mental. Eles temem as teses doutrinárias de uma
Filosofia moderna e inovadora do Direito que infundo nas minhas acções. Um
direito que trata de ser cúmplice da Lei e dos Costumes, como bem se aprende
nas muralhas das grandes universidades, como da UBA, onde sou candidato a magistratura
do doutoramento. Essa instituição blinda ainda mais a minha convicção de não
verger-me a bajulação e as políticas monárquicas.
Vamos
pois lutar e denunciar as práticas dantescas e mais este GENOCÍDIO do Monte
Sumi, no Huambo, onde por ordem do regime foram barbaramente assassinadas mais
de 1000 cristãos.
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