terça-feira, 24 de abril de 2012

Governo eleito da Guiné Bissau defende presença de força internacional



NV – Lusa

Lisboa, 23 abr (Lusa) - O governo eleito da Guiné-Bissau defendeu hoje a presença no país de uma força militar internacional de estabilização e interposição.

Em conferência de imprensa na embaixada de Bissau em Lisboa, o ministro dos Negócios Estrangeiros guineense, Mamadu Djaló Pires, em representação do "executivo legítimo", disse aos autores do golpe de Estado de 12 de abril que "arrepiem caminho" e reponham a ordem constitucional e a legalidade democrática no país, afirmando que "não há nenhuma força, por mais brutal que seja, que possa vencer toda a comunidade internacional".

O ministro guineense referia-se aos apoios recebidos do Conselho de Segurança da ONU - que condenou o golpe na Guiné-Bissau e admitiu a aplicação de sanções contra os golpistas -, da União Europeia, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), União Africana, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e ainda da Organização Internacional da Francofonia (OIF).

"As posições assumidas pela comunidade internacional vão todas no mesmo sentido. No sentido da condenação do golpe, no sentido da reposição da legalidade, no sentido da libertação imediata do presidente interino e do primeiro-ministro", destacou Djaló Pires.

Na declaração que leu aos jornalistas, o MNE guineense enunciou também seis pontos que "o governo legítimo da Guiné-Bissau" considera "inegociáveis" e que incluem, nomeadamente, o envio para a Guiné-Bissau de uma força militar de interposição e de estabilização, com mandato vasto e uma permanência dilatada que assegure a proteção das instituições da República.

Sem comentários:

Mais lidas da semana