Taxa de desemprego
vai ultrapassar os 17% em 2013 - UGT
JYMC (CSJ) MBA –
Lusa, com foto
O secretário-geral
da UGT classificou hoje o aumento do desemprego como “assustador” e avisou que
a taxa vai ultrapassar os 17% no próximo ano, fruto da política da política de
austeridade do Governo liderado por Pedro Passos Coelho.
O aumento de 16,2%
para 16,3% entre setembro e outubro “não só é assustador como, pior, é um
número que toda a gente sabe que é provisório”, sustentou João Proença,
alertando que “nos próximos meses será maior” e que em 2013 “vai ser superior a
17%”.
O líder sindical
defendeu em Figueiró dos Vinhos, concelho onde a UGT promove hoje uma
conferência, que “a crise, a ultra-austeridade e medidas cegas de corte na
despesa estão a fazer com que haja muito menos consumo, muito menos
investimento”, pelo que “as empresas estão a fechar e o desemprego está a
aumentar”.
João Proença frisou
que” o aumento descontrolado de desempregados (…) é o principal problema do
país, colocando em situações de grande dificuldade muitas famílias, agravando a
pobreza e a exclusão”.
A receita para o
secretário-geral da UGT passa por o Governo apostar em políticas de crescimento
e emprego.
“Acreditar que a
resolução dos problemas das finanças públicas só por si vai gerar crescimento e
emprego, quanto a nós, é puro irrealismo que não nos conduz a nada”, criticou.
A taxa de
desemprego em Portugal subiu para 16,3% em outubro, acima dos 16,2% de
setembro, sendo a terceira mais alta entre os Estados-membros, segundo dados
divulgados hoje pelo Eurostat.
Em agosto, a taxa
de desemprego em Portugal também já tinha atingido os 16,3%.
Na comparação com
outubro do ano passado, a taxa de desemprego em Portugal subiu de 13,7% para
16,3%, um dos maiores crescimentos entre os Estados-membros, a par dos
registados na Grécia (de 18,4% para 25,4%, valores referentes a agosto), em
Chipre (de 9,2% para 12,9%) e em Espanha (de 22,7% para 26,2%).
Desemprego em 16,3
% torna urgente demissão do Governo – João Semedo (BE)
ACL – PGF - Lusa
O coordenador do BE
João Semedo defendeu hoje que face ao número recorde de desemprego "a
urgência do momento é a demissão do Governo", porque em 2013 o número de
portugueses sem trabalho continuará a crescer.
"A urgência do
momento é a demissão do Governo, porque se em 2012 foi assim, em 2013 o país
vai ficar muito pior, com uma economia muito mais colapsada, com uma economia
em agonia e o desemprego não deixará de crescer", disse João Semedo aos
jornalistas, à margem de uma conferência, em Lisboa.
"É por isso
que nós insistimos que está na hora deste Governo se ir embora", reiterou.
A taxa de
desemprego em Portugal subiu para 16,3 % em outubro, acima dos 16,2% de
setembro, sendo a terceira mais alta entre a União Europeia (UE), a seguir à
espanhola e à grega, segundo dados revelados hoje pelo Eurostat, o gabinete de
estatística da UE.
João Semedo
argumentou que o desemprego é "a consequência mais dramática da política
de austeridade e de recessão económica que a ´troika' e o Governo têm conduzido
no último ano e meio".
"O que é grave
é que o aumento do desemprego não faz parar essa política, não faz parar o
Governo", afirmou, considerando o desemprego "o maior flagelo da
situação portuguesa".
"No último
ano, em cada mês, 12 mil portugueses e portuguesas caíram no desemprego. Não há
nenhuma perspetiva de crescimento económico, não há novos empregos para mais de
um milhão de desempregados", declarou.
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