A Associação de
Oficiais das Forças Armadas advertiu, esta segunda-feira, que "as tensões
sociais poderão culminar em justos protestos" e que, "no que de si
depender", os militares não serão "um instrumento de repressão sobre
os concidadãos".
Num comunicado, a
AOFA diz que existe "um mal-estar transversal à sociedade em geral",
devido a medidas com "trágicos efeitos" sobre os cidadãos e manifesta
"inteira solidariedade para com todos os portugueses que sofrem o peso dos
enormes sacrifícios".
"Estamos
cientes de que tudo o que vai sendo concretizado, num crescendo em que os
próprios alicerces do Estado se pretende colocar em causa, nomeadamente as
Forças Armadas portuguesas e os seus militares, obedece à mesma estratégia,
enganando e brandindo o medo, apresentar promessas que não se cumprem",
critica a associação.
Neste contexto de
dificuldades, o presidente da AOFA, Pereira Cracel, considera "importante
que, no uso dos direitos e prerrogativas que assistem a todos e a cada um"
seja "publicamente manifestado o estado de espírito" dos cidadãos e
que estes participem em iniciativas que "de algum modo façam valer a força
da razão".
"Num momento
como este, por todos reconhecido como de extrema gravidade e em que as tensões
sociais poderão culminar em justos protestos (...) a AOFA reitera o firme
propósito de que, no que de si depender, incumbidos do cumprimento da
Constituição, os militares não serão, nunca, instrumento de repressão sobre os
seus concidadãos que um dia juraram defender", refere a associação.
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