Opera Mundi, São
Paulo
Coordenadora do
cortejo afirma que manifestantes contrários à 'Dama de Ferro' não poderão
'perturbar' convidados
Uma das chefes de
segurança responsável pela organização do funeral da ex-primeira-ministra
britânica Margaret Thatcher advertiu neste domingo (14/04) que a polícia terá
autoridade para efetivar prisões caso algum manifestante contrário à dama de
ferro “perturbe ou provoque” os convidados ao evento, que está marcado para
começar às 11h locais desta quarta-feira (17/04).
A comandante Christine Jones, que coordenou o casamento do Príncipe William com
Kate Middleton, afirmou que os oficiais estarão respaldados pelo controverso
artigo 5 do Ato da Ordem Pública, que os autoriza a intervir em caso de
manifestações não-violentas causem “assédio, alarme ou angústia” às pessoas que
seguirão o cortejo de sua residência até a Catedral de Saint Paul.
Aproximadamente três mil pessoas entraram a um evento que promete fazer uma
festa animada em frente à catedral. Outro grupo de torcedores do Liverpool, a
quem a premiê responsabilizou na década de 1980 pela tragédia no estádio de
Hillsborough também “homenageou” a ex-premiê com uma série de cânticos, como
“Não nos importávemaos quando você mentiu, não nos importamos que você morreu”.
Neste sábado,
outras 3 mil pessoas se reuniram na Trafalgar Square para celebrar a morte de
Thatcher, sem maiores ocorrências: apenas cinco pessoas foram presas por um
contingente policial de 1.700 homens.
O envolvimento das
Forças Armadas no funeral aumenta cada vez mais, e contará com participantes da
Guerra das Malvias, vencida contra a Argentina em 1983. O custo público,
inicialmente calculado em 8 milhões de libras esterlinas (24,2 milhões de
reais), deve chegar agora a 10 milhões de libras (ou ), o que provocou
protestos no Partido Trabalhista, que “considera um valor muito alto para
tempos de austeridade”, segundo a revista Observer.
Os filhos
A filha da ex-primeira-ministra, Carol Thatcher, por sua vez, quebrou o
silencio e se manifestou sobre a morte de sua mãe. Vestida de preto, a
ex-jornalista posou para fotos ao lado de seu irmão, Mark, ela disse que “se
sente como qualquer outra que tenha perdido um parente. É um momento
incrivelmente triste e ao mesmo tempo provocador em minha vida. Minha mãe me
disse uma vez: ‘Carols, acho que meu lugar na história está garantido’. Os
incríveis tributos nessa semana, as maravilhosas palavras do presidente (dos
EUA, Barack) Obama e outros de seus colegas que trabalharam ao seu lado provam
que ela está certa”, afirmou.
E agradeceu aos que lhe deram palavras de apoio, mas “mesmo assim está será uma
semana dura, mesmo para a filha da ‘Dama de Ferro’”.
Já o filho de Thatcher, Mark, condenado por envolvimento em ume escândalo de
tráfico de armas para promover um golpe de Estado na Guiné Equatorial em 2004,
terá um papel secundário no evento.
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