O governador do Rio
de Janeiro, Sérgio Cabral, congratulou-se este domingo com a ocupação policial
das favelas de Manguinhos e Jacarezinho, prevendo um pronto
"renascimento" da região, antigo polo industrial da cidade.
"A ocupação
significará a redução de homicídios e de roubos, e o efeito prático disso é uma
vida mais tranquila para os cidadãos e também melhorias no plano económico. Não
tenho dúvidas de que a região vai reflorescer, renascer, porque é uma área fantástica,
muito nobre, do ponto de vista da logística para as empresas", afirmou o
governador em declarações à imprensa.
Cabral reforçou
ainda que a ocupação policial nas favelas é uma política "definitiva"
e que o processo de implantação de Unidades de Policia Pacificadora (UPP) em
regiões antes dominadas pelo tráfico e drogas está a "encurralar" os
narcotraficantes e a "afunilar" seu campo de atuação.
"Vemos que
processo das UPP cada vez mais afunila e encurrala a atuação dos marginais. A
estratégia é não sair das comunidades, é um processo de pacificação, não
estamos fazendo uma ação efémera", garantiu o governador.
A polícia
brasileira ocupou hoje, em uma operação que durou cerca de 20 minutos, as
favelas de Manguinhos e Jacarezinho. Não houve resistência e nenhum incidente
grave foi registado até o momento.
Após a tomada do
terreno, os polícias estão a efetuar uma ampla busca por drogas, armas e
narcotraficantes escondidos.
Até o momento,
segundo as primeiras informações oficiais, foram apreendidos 10 quilos de
cocaína, além de equipamentos utilizados para a sua elaboração.
Cerca de 100
usuários de crack - 79 adultos e 15 menores - foram retirados da área e
encaminhados a centros de ajuda por funcionários da secretaria de assistência
social.
Nos últimos dias, a
polícia realizou ações de apoio nos arredores das favelas hoje ocupadas.
Segundo o primeiro balanço da secretária de Segurança Pública, durante esses
trabalhos foram detidos 33 suspeitos, e apreendidas mais de 20 armas, além de
cinco granadas.
No sábado, cinco
suspeitos foram mortos numa troca de tiros com a polícia no morro do Juramento.
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