domingo, 14 de outubro de 2012

Brasil: Governador do Rio prevê "renascimento" económico da favela de Manguinhos

 

 
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, congratulou-se este domingo com a ocupação policial das favelas de Manguinhos e Jacarezinho, prevendo um pronto "renascimento" da região, antigo polo industrial da cidade.
 
"A ocupação significará a redução de homicídios e de roubos, e o efeito prático disso é uma vida mais tranquila para os cidadãos e também melhorias no plano económico. Não tenho dúvidas de que a região vai reflorescer, renascer, porque é uma área fantástica, muito nobre, do ponto de vista da logística para as empresas", afirmou o governador em declarações à imprensa.
 
Cabral reforçou ainda que a ocupação policial nas favelas é uma política "definitiva" e que o processo de implantação de Unidades de Policia Pacificadora (UPP) em regiões antes dominadas pelo tráfico e drogas está a "encurralar" os narcotraficantes e a "afunilar" seu campo de atuação.
 
"Vemos que processo das UPP cada vez mais afunila e encurrala a atuação dos marginais. A estratégia é não sair das comunidades, é um processo de pacificação, não estamos fazendo uma ação efémera", garantiu o governador.
 
A polícia brasileira ocupou hoje, em uma operação que durou cerca de 20 minutos, as favelas de Manguinhos e Jacarezinho. Não houve resistência e nenhum incidente grave foi registado até o momento.
 
Após a tomada do terreno, os polícias estão a efetuar uma ampla busca por drogas, armas e narcotraficantes escondidos.
 
Até o momento, segundo as primeiras informações oficiais, foram apreendidos 10 quilos de cocaína, além de equipamentos utilizados para a sua elaboração.
 
Cerca de 100 usuários de crack - 79 adultos e 15 menores - foram retirados da área e encaminhados a centros de ajuda por funcionários da secretaria de assistência social.
 
Nos últimos dias, a polícia realizou ações de apoio nos arredores das favelas hoje ocupadas. Segundo o primeiro balanço da secretária de Segurança Pública, durante esses trabalhos foram detidos 33 suspeitos, e apreendidas mais de 20 armas, além de cinco granadas.
 
No sábado, cinco suspeitos foram mortos numa troca de tiros com a polícia no morro do Juramento.
 
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