domingo, 14 de outubro de 2012

Portugal: PARTIDOS DE ESQUERDA CONTESTAM BLÁ-BLÁ DE CAVACO SILVA

 


Bloco diz que críticas de Cavaco não chegam e deve mesmo demitir o Governo
 
Gondomar, 14 out (Lusa) – O coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, defendeu hoje que além de publicar mensagens em redes sociais e “mandar recado”, o Presidente da República deveria demitir o Governo.
 
“Se o Presidente tem alguma coisa a dizer aos portugueses di-lo-á como entende. Mas é Presidente, e se convocou um Conselho de Estado, deveria ter dito (…) que não pode continuar uma austeridade que destrói, que corrói, que assassina a economia portuguesa”, afirmou Louçã durante uma visita a Gondomar.
 
O líder do BE salientou ainda que perante o “enorme aumento de impostos”, que “não é aceitável”, um Presidente da República deveria dizer “o que o país está a dizer em todo o lado” e que é: “o Governo deve ser demitido para que haja um orçamento para as pessoas”.
 
Louçã reagia assim às críticas que o Presidente da República fez às políticas de austeridade através de uma mensagem divulgada na sua página na rede social Facebook, onde diz mesmo que “não é correto exigir a um país sujeito a um processo de ajustamento orçamental que cumpra a todo o custo um objetivo de défice público fixado em termos nominais."
 
“O presidente dirá o que pensa, mas se quer responder perante o país não é só mandar recado”, disse hoje o bloquista, lembrando que “o Conselho de Estado merecia ter ouvido estas mesmas palavras”.
 
E porque “agora é tempo de oposição e de clareza”, o “BE disse ao Governo o que um presidente teria que dizer: é altura de o demitir porque nós precisamos de um orçamento para as pessoas, porque as pessoas não são números, não são coisas, não são trapos e não podem ser esmifrados em aumentos de impostos”.
 
“Já não dá tempo de perder tempo com palavras. Agora é tempo de dizer que na luta essencial é preciso uma esquerda de força, uma esquerda unida e de confiança, que queira derrotar a troika”, frisou.
 
Sobre a recente polémica que envolve Passos Coelho e Relvas, Francisco Louça respondeu ser “um caso extraordinário porque prova que os nossos governantes sempre que puderam aumentaram o défice em seu favor”.
 
“No combate contra o orçamento que amanhã receberemos na Assembleia da República, é preciso juntar toda a energia, toda a inteligência, toda a competência, em vez destas meias palavras, destes fala-baratos que estão sempre a arruinar o país”, assinalou.
 
LIL/(PMF/PGR) // CC
 
Líder do PCP diz que PR, mais do que fazer "desabafos", deve impedir aprovação do OE2013
 
Montemor-o-Novo, 14 out (Lusa) - O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, desafiou hoje o Presidente da República a, mais do que divulgar "recados e desabafos", usar os seus "direitos e prerrogativas constitucionais" para "impedir" a aprovação do Orçamento do Estado para 2013 (OE2013).
 
"Não bastam desabafos, não bastam recados", sublinhou o líder comunista, que discursava em Montemor-o-Novo, no encerramento de uma sessão pública promovida pelo partido, subordinada ao tema "Com o PCP defender o Poder Local de Abril".
 
No repto deixado ao Presidente da República, Jerónimo de Sousa aludia às recentes críticas às políticas de austeridade feitas por Cavaco Silva, através de uma mensagem divulgada na sua página na rede social Facebook.
 
Citando dirigentes do Fundo Monetário Internacional (FMI), Cavaco Silva referiu-se a um "ensinamento elementar da política de estabilização".
 
Este ensinamento, escreveu, "em linguagem simples" é o seguinte: "Nas presentes circunstâncias, não é correto exigir a um país sujeito a um processo de ajustamento orçamental que cumpra a todo o custo um objetivo de défice público fixado em termos nominais".
 
O secretário-geral do PCP disse hoje ser "verdade" o que o Presidente da República "escreveu no seu Facebook - que, assim, é impossível responder à redução do défice, com este ritmo a ‘mata-cavalos'".
 
Mas, alertou Jerónimo de Sousa, "mais importante do que recados e desabafos, o que era importante era que o Presidente da República usasse os direitos e as prerrogativas constitucionais que tem, designadamente para impedir que este OE2013 fosse para a frente".
 
RRL // ROC.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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