domingo, 14 de outubro de 2012

Portugal: CAVACO E O FACEBOOK DO POVO

 


Henrique Monteiro – Expresso, opinião, em Blogues
 
Estou convicto de que Cavaco Silva, antes de escrever no Facebook que o défice não pode ser inflexível num país em ajustamento, defendeu esta posição junto do Governo, junto do FMI, junto da UE e em intervenções e discursos que fez aos portugueses.
 
Porém, uma vez que não me lembro de ele o ter dito no último discurso que fez, há pouco mais de oito dias, interrogo-me: tê-lo-á dito ao Governo? Ao FMI? À UE? Se o disse, para quê colocá-lo no FB nas vésperas da aprovação do OE pelo Governo? Se o não disse, para quê fazê-lo? Não vê que, assim, a sua atitude se confunde com uma traiçãozinha ao Executivo? Com uma pressão mesquinha?
 
Por que razão Cavaco, que tem uma popularidade desgraçada, prefere comunicar com os 150 mil seguidores no FB do que os oito milhões de portugueses que constituem o universo eleitoral? Bem sei que aquilo que escreve no FB (e que, neste caso, me parece carregado de bom senso e clareza) chega ao conhecimento de todos, mas insisto na pergunta, porque há ali um simbolismo que me escapa...
 
O que leva Cavaco a preferir ser presidente dos seus seguidores no Facebook a, como prometeu, Presidente de todos os portugueses?
 
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