Em entrevista à SIC
Notícias, Jorge Sampaio defendeu que a «austeridade rebenta com o país» e
aplaudiu a mensagem de Cavaco Silva no Facebook.
O ex-Presidente
Jorge Sampaio entende que é necessário um consenso alargado em Portugal para
conseguir renegociar as condições do empréstimo com a troika.
Em entrevista à SIC
Notícias, este antigo Presidente da República explicou que «já toda a gente
percebeu que a austeridade rebenta com o país, com os portugueses e a sua
esperança, com os direitos e até com a própria democracia».
Sampaio, que
referiu o perigo de uma «explosão social incontrolável», lembrou que a
«continuar assim» é natural que o Governo acabe por cair, muito embora admita
que «há maneira de tentar dizer 'meus senhores, ordem nisto'».
«Desde que se abra
um trabalho com os parceiros sociais, com os vários atores sociais, com os
jovens que andam por aí e com o partido principal da oposição, uma vez que
infelizmente o Bloco de Esquerda e o PCP estão fora deste esquema», adiantou.
Este antigo chefe
de Estado aproveitou ainda para aplaudir a mensagem escrita por Cavaco Silva no
Facebook, onde o atual Presidente da República disse não ser correto exigir o
cumprimento do défice a todo o custo.
«Esta é uma frase
absolutamente crucial», afirmou Sampaio, que deixou a «sugestão amigável» a
Cavaco Silva de este «partir para falar com os seus colegas europeus, porque
tem força e capacidade de conhecer bem estes mecanismos».
Jorge Sampaio disse
mesmo que esta atitude deveria ser seguida por «outras pessoas» para que não
sem diga «lá está o Seguro a caminho do [Palácio do] Eliseu [onde está a
presidência francesa] como se fosse uma coisa desprezível».
«Devíamos estar
todos no Eliseu, em Berlim, na Finlândia e naturalmente em Espanha, em Roma e
até em Atenas. Quando há sinais dos credores que fazem exame de consciência e
dizem 'isto não pode ser' temos de os saber ouvir e fazer força», concluiu.
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