terça-feira, 30 de outubro de 2012

Moçambique: AFONSO DHLAKAMA DIZ QUE NÃO QUER GUERRA… MAS QUER O PODER

 


Renamo exorta ex-guerrilheiros a juntarem-se na pressão ao Governo moçambicano
 
29 de Outubro de 2012, 13:45
 
Maputo, 29 out (Lusa) - A Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), principal força política da oposição em Moçambique, apelou hoje em Maputo aos antigos guerrilheiros do movimento para apoiarem o partido na pressão ao Governo nas suas reivindicações.
 
O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, está a gerar uma onda de preocupação no país, desde que no passado dia 17 se juntou aos antigos guerrilheiros do movimento na sua antiga base militar, na Serra da Gorongosa, centro de Moçambique.
 
Dhlakama tomou essa decisão como forma de pressionar o Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) a negociar a formação de um Governo de Unidade Nacional, que será encarregue da elaboração de uma lei eleitoral formada apenas pelos partidos políticos com assento parlamentar e sem a presença de membros da sociedade civil, além da despartidarização do Estado.
 
O líder do principal partido da oposição exige igualmente a reintegração dos antigos oficiais da Renamo no exército e a redistribuição justa dos rendimentos provenientes dos recursos naturais, nomeadamente gás e carvão.
 
Numa comunicação a um grupo de antigos guerrilheiros do partido na sede da Renamo em Maputo, Ossufo Momade, chefe do Departamento de Defesa desta formação política, fez um apelo para a solidariedade com Afonso Dhlakama nas exigências que faz ao Governo.
 
"O presidente dos moçambicanos (Afonso Dhlakama) está preocupado com o sofrimento do povo e pretende dar uma receita para se curar a doença do país. Para tal conta com a contribuição e participação de todos, cada um no seu canto, na sua província, no seu distrito. Cada um deve ser útil a partir do seu lugar de trabalho e de residência", sublinhou o chefe do Departamento de Defesa da Renamo.
 
Ossufo Momade sublinhou que o partido não pretende retornar à guerra, mas irá ripostar, caso as forças de defesa e segurança ataquem Gorongosa.
 
"O presidente da Renamo, não querendo a guerra, também não quer ser atacado", enfatizou o chefe do Departamento de Defesa.
 
Em declarações ao diário de Maputo Mediafax, publicadas hoje, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, admitiu estarem a decorrer negociações com o Governo, mas disse não poder revelar o seu teor.
 
PMA // HB
 
Presença de Dhlakama e de polícia de choque gera tensão na Gorongosa
 
29 de Outubro de 2012, 13:58
 
Chimoio, 29 out (Lusa) - A presença da Força de Intervenção Rápida (FIR) da polícia de Moçambique na Gorongosa (centro), onde se estabeleceu o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, "está a criar agitação", disse hoje à Lusa um popular, mas a polícia considera a situação "normal".
 
"A presença em massa da FIR é que esta a inquietar a população, que há muito tempo não vê tanta arma em punho de militares e receia o retorno à guerra. Agora, que estou a falar, vejo polícias armados e carros blindados" disse à Lusa, por telefone, um residente em Vunduzi, distrito da Gorongosa, que se identificou como Castro.
 
O líder da Renamo, Afonso Dlhakama instalou-se a 15 de outubro no povoado de Sathundjira, próximo da sua antiga base militar, no posto administrativo de Vunduzi, a 30 quilómetros da sede da Gorongosa, na serra com o mesmo nome.
 
Ali, o líder da Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, está a exigir diálogo com o Presidente Armando Guebuza para "a criação de um Governo de Unidade Nacional".
Em declarações hoje à Lusa, Joaquim Nido, comandante provincial da Polícia em Sofala, não confirmou nem desmentiu o reforço da FIR no distrito de Gorongosa, afirmando não ser prudente tecer considerações.
 
"A situação (em Gorongosa) está boa e controlada. As pessoas circulam e não há perturbação da ordem. A FIR está em todo o lugar, onde não há FIR neste país?" indagou Joaquim Nido.
 
AYAC //JMR.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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