Presidente do Banco
Alimentar reitera declarações e lamenta se magoou quem não a compreendeu
Lusa
Lisboa, 11 nov
(Lusa) - A presidente do Banco Alimentar contra a Fome (BA), Isabel Jonet,
reitera as afirmações que fez recentemente num canal de televisão e lamenta se
magoou algumas pessoas que não a compreenderam, num artigo de opinião hoje
divulgado.
Num texto hoje
publicado na página da internet da Rádio Renascença, Isabel Jonet faz "um
resumo" do que defendeu na terça-feira na SIC Notícias e que deu origem a
várias reações de repúdio, como do Movimento Sem Emprego, que divulgou uma
carta aberta com o título "Uma canja para a Jonet" a classificar de
"aviltante" o nível dos comentários.
Na Internet foi
lançada uma petição a pedir "a demissão imediata de Isabel Jonet do cargo
da presidência do Banco Alimentar Contra a Fome". Nas redes sociais e nos
blogues multiplicaram-se os textos e comentários a criticarem as declarações de
Isabel Jonet, mas surgiram também depoimentos em defesa da presidente do BA.
"Penso que
muitas das críticas que me foram feitas, sobretudo nas redes sociais, foram por
pessoas que nem ouviram (...) o que eu disse mas que interpretaram parcialmente
o que foi sendo comentado, descontextualizando totalmente o que
expressei", refere Isabel Jonet no texto hoje divulgado. (Lusa)
JONET INSISTE E
CHAFURDA MAIS NA FOSSA EM QUE
VIVE (BEM) – opinião PG
Quem assistiu ao
que foi dito por Jonet não ficou com dúvidas de que estava a falar com absoluta
convicção e que transmitia o que pensa. Nem dúvidas restaram, nem restam, de
que a falante encarna perfeitamente a mentalidade e o agir de uma Supico Pinto,
do Movimento Nacional Feminino de Salazar, adaptada ao século XXI.
A sujeita
brinca à caridadezinhas e realiza-se com tais ações, sendo efetivamente
reconhecida pelos de sua laia e lhe transmitem elogios pelos seus “trabalhos
meritórios”. Porém, o que sabe esta fulana sobre a dignidade arrasada dos que têm
de recorrer aos serviços que ela dirige? Nada. Saberá por mero acaso que não são
uns pacotes de arroz e de esparguete, uns iogurtes fora do prazo, umas latas de
conservas às vezes enferrujadas que fazem a quem precisa de tais
serviços sentir-se melhor? Não.
O que as pessoas carenciadas querem é um
emprego (trabalho) em que lhes seja reconhecido o mérito, a validade, o valor…
e que de acordo com tudo isso as remunerem justamente. Mas tal representaria o derrube
das Jonet e das Supico assalazaradas que "brilham" nas ilhargas e na fossa da caridadezinha. Isso não lhes convém. Nem a elas, que à
custa das injustiças e da miséria dos outros colhem aureas, nem àqueles que
dominam os poderes, que fomentam os roubos, as corrupções, as explorações
desenfredas e que depois se acham com toda a legitimidade para “praticar
caridadezinhas” que invadem e roubam a dignidade aos injustiçados desta sociedade maquiavélica.
É indubitavel que entendemos o que disse e a sua mentalidade. E Jonet só disse um pouco do que queria e pensa. Ela provocou, ofendeu e
comprovou sem pudor que aquilo em que chafurda é uma fossa do antigamente que os
portugueses conhecem bem. Trampa antiga e que cheira muito mal. Basta de desculpas
esfarrapadas, basta de hipocrisia, senhora Isabel “Supico” Jonet. (Redação PG)
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