sábado, 10 de novembro de 2012

Moçambique: CONFLITO DE INTERESSES, VALE BAIXA PRODUÇÃO, VACINA, GRAFITE

 

 
Lei que acaba com conflito de interesses entra em vigor em Moçambique
 
08 de Novembro de 2012, 14:03
 
Nampula, 08 nov (Lusa) - A Lei da Probidade Pública, que visa acabar com situações de conflito de interesses e o alargamento da obrigatoriedade da declaração de bens dos dirigentes do aparelho do Estado em Moçambique, entra em vigor a partir de segunda-feira.
 
A lei foi aprovada pela Assembleia da República de Moçambique em maio e promulgada pelo chefe de Estado em agosto, devendo entrar em vigor no próximo dia 12, uma vez que completa nessa data o seu prazo de publicação legal.
 
Com a sua entrada em vigor, vários deputados da Assembleia da República, maioritariamente da bancada do partido no poder, Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) terão de optar entre a função e os cargos que ocupam em empresas, uma vez que essa acumulação passa a ser ilegal.
 
Falando hoje numa reunião de divulgação da lei na província de Nampula, norte de Moçambique, o Procurador-Geral Adjunto da República, André Paulo Cumbe, disse que o diploma pretende defender os interesses da maioria da população face aos abusos de uma minoria.
 
"Os interesses particulares não podem estar acima dos interesses gerais. Um servidor público não deve ter um comportamento imoral', afirmou André Cumbe.
 
A Lei da Probidade Pública vai elevar a transparência entre os servidores públicos, dado que aumentará o leque dos dirigentes do Estado obrigados a fazer a declaração pública dos seus bens, incluindo os diretores provinciais, administradores distritais e titulares de órgãos municipais.
 
O instrumento que começa a vigorar na próxima semana vai permitir a consulta pelo público das declarações de bens dos servidores públicos, alterando o anterior regime, em que esses documentos eram apenas do conhecimento das instituições judiciais.
 
LYR/PMA // VM.
 
Brasileira Vale revê em baixa produção e exportação de carvão de Moçambique
 
09 de Novembro de 2012, 08:52
 
Maputo, 09 nov (Lusa) - A mineira brasileira Vale reviu em baixa as previsões para este ano de produção e exportação de carvão na sua mina de Moatize, Tete, no centro de Moçambique, devido a dificuldades no seu escoamento.
 
A empresa anunciou que, este ano, as exportações irão atingir 2,6 milhões de toneladas de carvão, abaixo dos 4,9 milhões de toneladas inicialmente previstos.
 
A nossa última previsão é de 2,6 milhões de toneladas, o que é uma grande redução quando comparada com a meta inicial", disse, na quarta-feira, o diretor de operações da empresa, Altiberto Brandão, a jornalistas convidados a visitarem a mina de Moatize.
 
"Tivemos que reajustar as nossas metas de produção, tendo em conta que infelizmente continua limitada a capacidade para transportar o carvão", acrescentou Brandão, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
 
A linha ferroviária do Sena, por onde o carvão é enviado para o porto da Beira, no Índico, continua em obras de reabilitação, depois de um consórcio indiano ter falhado todos os prazos e do Banco Mundial ter admitido erros próprios no processo.
 
As obras estão agora a cargo da companhia pública de caminhos-de-ferro moçambicana, CFM, e estima-se que fiquem concluídas até ao final do ano.
 
Se tal acontecer, a Vale prevê escoar por ali 4,9 milhões de toneladas de carvão por ano.
 
LAS // VM.
 
Moçambique vai introduzir vacina pneumocócica em 2013
 
09 de Novembro de 2012, 09:21
 
Maputo, 09 nov (Lusa) - Moçambique vai introduzir a vacina pneumocócica no primeiro semestre de 2013, numa parceria com a Aliança GAVI, da ONU, para reduzir a taxa de mortalidade de 10 por cento em crianças, por ano, vítimas de doenças respiratórias.
 
Um estudo de 2009 indica que as doenças respiratórias são a causa de aproximadamente 10 por cento das mortes registadas no país entre crianças menores de cinco anos de idade.
 
E o Inquérito de Indicadores Múltiplos de 2008 revelou que apenas 22 por cento das crianças com suspeita de pneumonia recebem antibióticos adequados e a tempo no país.
 
Estes dados foram divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), no âmbito do Dia Mundial da Pneumonia, que se assinala na segunda-feira.
 
LAS // VM.
 
Companhia holandesa AMG vai explorar grafite no norte de Moçambique
 
09 de Novembro de 2012, 13:20
 
Maputo, 09 nov (Lusa) - A holandesa Advanced Metallurgical Group (AMG) vai explorar grafite no distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, anunciou o vice-presidente para o desenvolvimento corporativo da companhia, Jonathan Costello.
 
Segundo Jonathan Costello, a AMG ganhou uma licença de exploração de grafite numa mina a céu aberto em Ancuabe, válida por 15 anos, e vai reativar o empreendimento, interrompido em 1999, devido aos elevados custos de operação.
 
"Já estamos no terreno e estamos satisfeitos com os progressos registados. Também estamos a fazer progressos nos estudos de engenharia e de viabilidade económica", sublinhou Jonathan Costello, em declarações à Agência de Informação de Moçambique (AIM).
 
A AMG tem a expetativa de produzir seis mil toneladas de grafite por ano, no pico da produção, adiantou Jonathan Costello.
 
O grafite de Ancuabe voltou a suscitar interesse nas empresas mineiras, quando há dois anos o distrito passou a receber energia elétrica fornecida pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), tornando viáveis os custos de operação, antes insustentáveis face à utilização de geradores elétricos.
 
PMA // VM.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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