sexta-feira, 9 de novembro de 2012

São Tomé e Príncipe tem política macroeconómica "estável" – diz português

 

MYB – JMR - Lusa
 
São Tomé, 08 nov (Lusa) - Uma missão de avaliação do acordo de cooperação económica entre São Tomé e Príncipe e Portugal, assinado em 2004, concluiu que o arquipélago tem uma política macroeconómica "estável", disse hoje o diretor geral das finanças português, Hélder Reis.
 
"A inflação está a reduzir-se e do ponto de vista macroeconómico o acordo deu maior estabilidade à economia de São Tomé e Príncipe, e por essa via, às perspetivas dos investidores na economia de São Tomé", disse Hélder Reis.
 
O diretor-geral de Finanças de Portugal, que é igualmente coordenador da parte portuguesa da comissão de acompanhamento do acordo de cooperação económica, adiantou que desde a assinatura do convénio, que fixou a taxa de câmbio entre a Dobra são-tomense e o Euro, o arquipélago nunca solicitou crédito para restabelecer reservas cambiais.
 
"Há uma alteração estrutural da economia e o valor (cambial) que tem que ser fixado tem que ser um valor que garanta, do ponto de vista macroeconómico, que a relação entre este país e os outros é uma relação de equilíbrio, caso contrário o que tem que haver é um realinhamento da moeda. O que aconteceu até aqui é que isso não foi necessário" explicou.
 
O ministro são-tomense das Finanças e Cooperação Internacional, Américo Ramos, advertiu para a necessidade de São Tomé e Príncipe investir mais no setor produtivo para diminuir a sua dependência externa, tendo em conta a crise financeira internacional e a sua dependência das ajudas externas para sobreviver.
 
"Temos grande dependência dos doadores, a diminuição do fluxo de financiamento dos doadores prejudica a nossa economia. Então a solução passa por darmos grande atenção ao setor real, ao setor produtivo e ao setor privado, de forma a conseguirmos produzir mais riqueza para financiar as nossas atividades, a nossa economia" disse Américo Ramos.
 

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