MYB – JMR - Lusa
São Tomé, 08 nov (Lusa)
- Uma missão de avaliação do acordo de cooperação económica entre São Tomé e
Príncipe e Portugal, assinado em 2004, concluiu que o arquipélago tem uma
política macroeconómica "estável", disse hoje o diretor geral das
finanças português, Hélder Reis.
"A inflação
está a reduzir-se e do ponto de vista macroeconómico o acordo deu maior
estabilidade à economia de São Tomé e Príncipe, e por essa via, às perspetivas
dos investidores na economia de São Tomé", disse Hélder Reis.
O diretor-geral de
Finanças de Portugal, que é igualmente coordenador da parte portuguesa da
comissão de acompanhamento do acordo de cooperação económica, adiantou que
desde a assinatura do convénio, que fixou a taxa de câmbio entre a Dobra
são-tomense e o Euro, o arquipélago nunca solicitou crédito para restabelecer
reservas cambiais.
"Há uma
alteração estrutural da economia e o valor (cambial) que tem que ser fixado tem
que ser um valor que garanta, do ponto de vista macroeconómico, que a relação
entre este país e os outros é uma relação de equilíbrio, caso contrário o que
tem que haver é um realinhamento da moeda. O que aconteceu até aqui é que isso
não foi necessário" explicou.
O ministro
são-tomense das Finanças e Cooperação Internacional, Américo Ramos, advertiu
para a necessidade de São Tomé e Príncipe investir mais no setor produtivo para
diminuir a sua dependência externa, tendo em conta a crise financeira
internacional e a sua dependência das ajudas externas para sobreviver.
"Temos grande
dependência dos doadores, a diminuição do fluxo de financiamento dos doadores
prejudica a nossa economia. Então a solução passa por darmos grande atenção ao
setor real, ao setor produtivo e ao setor privado, de forma a conseguirmos
produzir mais riqueza para financiar as nossas atividades, a nossa
economia" disse Américo Ramos.
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