quarta-feira, 9 de maio de 2012

Brasil estuda financiamento para países interessados em equipamentos navais brasileiros



FYRO - Lusa

Rio de Janeiro, Brasil, 08 mai (Lusa) - A Empresa de Gestão de Projetos Navais (EGEPROM), ligada à Marinha brasileira, pediu ao Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) uma linha de crédito para países interessados em adquirir equipamentos navais brasileiros.

"A EGEMPROM tem trabalhado junto do Governo no sentido de se buscar uma linha de financiamento, para que se possa, através do BNDES, oferecer recursos para os países interessados [em adquirir equipamentos navais brasileiros]", afirmou o comandante da Marinha do Brasil, almirante de esquadra Julio Soares de Moura Neto.

Moura Neto sublinhou que a linha ainda não foi aprovada. Neste momento existem apenas estudos de viabilidade, disse.

O III Simpósio das Marinhas e Guardas Costeiras da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no qual participam delegações de Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, começou hoje e decorre até quinta-feira.

Pela manhã, durante a abertura do evento, o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, instou os participantes a apresentarem uma proposta de cooperação que possibilite a troca de informações sobre dados das águas jurisdicionais de todos os países da comunidade lusófona.

"Confio que apresentem uma proposta consensual e cooperativa, com a garantia das soberanias nacionais, mas contribuindo também para uma forma segura de uma cooperação mais ampla [nos sistemas marítimos de controlo]", pediu o ministro.

Amorim frisou que os oceanos são um elemento de "integração entre as nações" e que o comércio marítimo vai continuar a ser "até onde se pode olhar em direção ao futuro", a grande "artéria da economia mundial", pelo que se faz necessário grande atenção à segurança nos oceanos.

Uma das medidas que pode facilitar a integração entre sistemas será o uso de tecnologia compatível.

"Um ponto importante para que o país possa cuidar é saber o que está a acontecer através do sistema de vigilância, e esses sistemas têm de falar entre si", disse Moura Neto.

Os chefes das Marinhas e Guarda Costeiras da CPLP estarão reunidos até quinta-feira, quando deverão apresentar propostas para a integração de sistemas de monitorização e controlo.

1 comentário:

Anónimo disse...

PELO NAVPOL

1 ) Em muitas intervenções tenho defendido que os países CPLP poderiam, mediante acordo, gerir conjuntamene um navio multi funções com capacidades que servissem a intervenções polivalentes.

2 ) Esse navio deveria funcionar em benefício dos países CPLP e a outros, sempre que houvessem acções que justificassem, como por exemplo catástrofes naturais, desde que houvesse decisão comum para tal.

3 ) Esse navio poderia operar com rotinas comerciais, sempre que houvesse justificação, de forma a rentabilizá-lo, tirando partido das possibilidades de sua operação.

4 ) É lógico que o navio não poderia servir a interesses dum quadro como o da NATO.

5 ) Uma plataforma desse género teria em conta que todos os países CPLP têm acesso oceânico e que há insularidades a considerar em quase todos eles (três deles são mesmo arquipélagos).

6 ) Uma experiência comum do género seria mesmo inovadora, creio que não há precedntes em nenhuma outra Organização similar.

7 ) Na assistência a catástrofes seria uma plataforma que poderia ser humanamente reforçada com contingentes médicos e sanitários de outros países, mesmo que não pertencessem à CPLP, mas fora do âmbito NATO, como por exemplo Cuba, que tem mantido acções solidárias importantes um pouco por todo o mundo.

8 ) Este assunto não fica esgotado.

Martinho Júnior.

Luanda.

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