sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

‘Cães de Guerra em Gaza’ – ‘Cães Grandes’ do Hamas Vencendo a Unidade Canina

Pela equipe do Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

No meio de críticas generalizadas à crueldade militar israelita para com os animais na Faixa de Gaza, o jornal israelita Yedioth Ahronoth publicou um relatório sobre os “cães grandes” da Resistência Palestiniana. 

O jornal hebreu israelita Yedioth Ahronoth revelou o fracasso dos cães treinados na unidade ‘Oketz’ do exército israelita face aos enormes cães utilizados pela Resistência Palestiniana na Faixa de Gaza.

As alegações israelenses não foram verificadas, uma vez que não se sabe que os palestinos usam cães na guerra contra as forças invasoras israelenses.

Mais cães

O jornal israelita afirmou no seu relatório publicado na passada quarta-feira que o Ministério da Defesa israelita iniciou agora o processo de aquisição de cães treinados da Europa para uso na guerra de Gaza, depois de os cães da unidade Oketz não terem conseguido cumprir as suas tarefas com sucesso. 

A razão por detrás do seu fracasso, segundo os militares israelitas, é a alegação de que estão a ser atacados pelos enormes cães alegadamente usados ​​pelo Hamas na guerra.

Segundo o jornal, o diretor de compras do Ministério da Defesa israelita já iniciou o processo, que começará pela obtenção de cães treinados, maioritariamente da raça Malino, provenientes da Holanda e da Alemanha. 

Os novos cães devem chegar nos próximos meses.

Cobertura ocidental de Gaza: um caso clássico de jornalismo colonizador

A guerra de Israel contra Gaza expôs a verdadeira natureza e propósito dos meios de comunicação ocidentais.

Vidya Krishnan* | Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil

Se tem acompanhado os meios de comunicação ocidentais para tentar compreender as imagens e histórias comoventes provenientes de Gaza durante a invasão de Israel, ficará certamente desapontado.

Desde o início do último ataque israelita ao enclave palestiniano sitiado – que está a revelar-se um dos esforços de limpeza étnica mais rápidos da história – as organizações noticiosas ocidentais publicaram repetidamente alegações infundadas, contaram um lado da história e encobriram a violência selectivamente para justificar as violações do direito internacional por parte de Israel e protegê-lo do escrutínio.

Ao fazê-lo, os jornalistas ocidentais abandonaram os padrões básicos na sua cobertura da conduta de Israel para com os palestinianos. Nada disso é novo. Os fracassos do jornalismo ocidental ajudaram Israel a justificar a sua ocupação e violência contra os palestinianos durante mais de 75 anos.

Em 6 de agosto de 2022, mais de um ano antes do ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, numa ruptura particularmente flagrante com o bom jornalismo, o The New York Times enterrou o lede sobre a morte de seis crianças palestinianas no seu relatório sobre um “flare” em Israel. “Combate Israel-Gaza”.

No relatório, os jornalistas esperaram até ao segundo parágrafo para mencionar que seis crianças estavam entre as vítimas dos ataques israelitas no campo de refugiados de Jabalia, em Gaza, e sem sequer quebrarem a frase acrescentaram que “Israel disse que algumas mortes de civis foram o resultado de militantes esconderem armas em áreas residenciais” e “em pelo menos um caso, um foguete palestino que falhou matou civis, incluindo crianças, no norte de Gaza”.

Nas escolas de jornalismo isto é identificado como reportagem “de tirar o fôlego”. E acabou sendo um relatório errado também. Dez dias depois, os militares israelitas admitiram finalmente que estavam por detrás dos ataques que mataram aquelas crianças em Jabalia.

O New York Times não noticiou isso de forma tão ofegante.

Angola | Nuvem de Loucura Sobre Angola – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

A Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia tem um financiamento de 270 mil milhões de euros para o período de 2023-2027. Dá 54 mil milhões por ano. Portugal recebeu em 2023, “ano de grande produtividade agrícola e piscatória” 1,4 mil milhões. 

Em dois anos de guerra, a União Europeia despachou para os nazis de Kiev 85 mil milhões de euros, 42,5 mil milhões por ano. Somando uns trocos extra (12 mil milhões em armas e munições), dá mais do que recebem os agricultores dos 27 Estados membros do cartel racista, xenófobo, neonazi e genocida. Produtores de leite, carne, ovos, hortícolas, frutas e peixe valem menos do que os corruptos que ganham fortunas vendendo o seu povo até ao último ucraniano. 

Os agricultores ucranianos que ainda produzem têm protecções especiais no espaço da União Europeia. Isso prejudica gravemente, em primeira linha, os colegas da Roménia e Polónia. Mas também da Alemanha, Bélgica e França. Em rigor, prejudica todos os 27 Estados membros. As reacções estão aí. A França parou e já está a arder. Bruxelas é um campo de batalha entre polícias e manifestantes. Os agricultores portugueses entraram na luta. 

Os dirigentes políticos europeus e os chefes militares já mandam comprar lanternas e rádios a pilhas. Acumular água em casa! Porque vem aí a guerra contra os russos! Os nazis foram derrotados pelo Exército Vermelho na II Guerra Mundial. Agora querem vingança. Mas como, se estão crivados de dívidas e desarmados? Olaf Scholz o chefe dos nazis de Berlim, deu a resposta:   "O futuro da Europa está de África”. A Comissão Europeia deu o mote: “ A Europa investe quatro vezes mais no continente africano do que a China!”

Os europeus ocupam África há séculos. Destruíram culturas, organizações económicas, sociais e religiosas. Os europeus venderam os africanos como escravos durante séculos. Os europeus saqueiam as riquezas de África há séculos. Os europeus mantêm o domínio político, económico e financeiro em quase todos os países africanos. E a Comissão Europeia diz que “investe” quatro vezes mais do que a China! Mesmo que investisse 50 vezes mais era pouco. São Ladrões, saqueadores, assassinos, vendilhões de seres humanos e aldrabões. Vigaristas vulgares. Foram gerados em ventres podres.

Angola | Livro de Estilo e o Campeão da Paz -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

A festa do Nico Fidenco (Casa de Irene) mal começou acabou imediatamente. A minha durou de ontem à noitinha até ao fim da tarde de hoje. Estou mais feliz do que um beduíno em cima do seu camelo. Mas quando cheguei ao cubico foi uma desilusão. Makas mundiais me esperavam de emboscada. Estou a cair da tripeça e não me dão descanso. Antes de ir ao coração dos quês e quês, deixo um agradecimento às amigas e amigos que me proporcionaram a farra de arromba. Que deus vos pague e fiquem com o troco.

O presidente da Federação Angolana de Futebol, Artur Almeida e Silva, vociferou e bem grosso. Sacanas! Deixaram-nos vir para o Campeonato Africano das Nações (CAN) sem orçamento. Isso faz-se? E o dirigente federativo desabafou: “Alguma coisa vai mal no nosso país. Nós estamos aqui em representação da Nação. Estamos em missão de Estado e somente ontem recebemos um terço do que devíamos receber.” 

A Dona Vera Daves cativou a massa da Selecção Nacional! As ordens vieram do chefe supremo sem barrete de onça. Porque a senhora só obedece a ordens. Nas horas vagas trança o cabeço, compra roupas de marca caríssimas e óculos a condizer. Mas também ordena, olhando para baixo. Mandou o seu valete na UNITEL oferecer telefones aos vitoriosos futebolistas que conquistaram um lugar nos quartos-de-final. No fim ele apresenta a conta à madama. E de que maneira!

Em rigor, o doutor, doutor, doutor, PCA, PCA, PCA só oferece os telefones. Porque as chamadas grátis, como são da rede UNITEL para a rede UNITEL não contam. Todos os subscritores têm essa “oferta”. Mas o Aguinaldo vai colar nas mãos muitos milhões à custa dos nossos Palancas Negras! Aguinaldo, eu cativei o orçamento da Selecção Nacional. Como os bichos ganharam tudo, estou em maus lençóis. Eu e o chefe. Liga para eles, diz-lhes que são os maiores e vão receber um telefone!

Madama, às ordens. E quer uma camisola do Gilberto? Eu peço com todo o gosto. Sou o doutor, o doutor, o doutor! A patroa hesitou mas depois deixou um pedido pesado: Pede-lhe as cuecas. Mas que estejam a cheirar a calor (os brancos falam katinga). O Aguinaldo não pediu. Vai ser despedido.

Portugal | Alguém ainda vota em partidos?

Pedro Tadeu* | Diário de Notícias | opinião

O Partido Socialista que propôs ao Presidente da República substituir o primeiro-ministro demissionário, António Costa, pelo governador do banco de Portugal, Mário Centeno, para assim se manter no poder. É o mesmo PS que agora exige novas eleições na Madeira e recusa que o demissionário Miguel Albuquerque seja substituído por outra pessoa da coligação que venceu as eleições regionais em setembro?

O PSD de Luís Montenegro, que recusou a continuação do Governo de maioria absoluta do PS, após a demissão de António Costa, exigindo eleições antecipadas, é o mesmo Partido Social Democrata que agora implora a Marcelo Rebelo de Sousa a aceitação da nomeação de um substituto para Miguel Albuquerque, sem antecipação de eleições, para o partido se manter a governar a Madeira?

E o CDS de Nuno Melo, é o mesmo CDS que agora na Madeira defende o contrário do que o seu líder nacional defendeu em dezembro, após a renúncia de António Costa?

E o Presidente da República, que anunciou publicamente ir dissolver a Assembleia da República quase dois meses antes da concretização formal dessa intenção, é o mesmo Marcelo Rebelo de Sousa que não revela o que vai fazer sobre o futuro político madeirense, por estar impedido de dissolver a Assembleia Regional da Madeira durante os próximos dois meses?

Estas contradições evidentes na prática política recente são uma consequência de uma distorção do regime que já vem de longe: em teoria, nas eleições, os portugueses votam em partidos que apresentam candidatos “amarrados” a um programa político com projetos e medidas que pretendem aplicar. Em tese, portanto, o voto não é nas pessoas que lideram esses partidos, mas sim nas ideias que esses partidos defendem. Se essa “tese” fosse levada à prática, a saída de um líder de um Governo recentemente eleito quase nunca implicaria a convocação de novas eleições, pois poderia credivelmente ser substituído por outro político do mesmo partido ou coligação que tivesse subscrito o programa votado pelos portugueses.

O problema é que a batalha política das ideias foi, desde muito cedo na nossa democracia, substituída pela luta entre pessoas da política, e, apesar de o voto ser em partidos, a verdade é que o peso político individual dos candidatos “esmaga” o volume dos programas eleitorais, que até parecem não ter qualquer importância para o resultado do sufrágio.

Assim, aquilo que os líderes partidários prometem em campanha fica associado à sua pessoa e não ao seu partido - nós, nos media, até falamos muitas vezes em “candidatos a primeiro-ministro”, que é algo que nem existe - e é por isso que, quando o líder de um Governo tem de se demitir, ocorre um desabamento no suporte ao seu partido que favorece a realização de eleições antecipadas, mesmo quando o anterior ato eleitoral foi há muito pouco tempo.

O culto generalizado da personalidade política, em vez do culto das ideias políticas, é, portanto, amigo da instabilidade, coisa que, contraditoriamente, tanto assusta os mais poderosos deste país que implementaram este comportamento político - mas os seus efeitos perniciosos são, infelizmente, muito maiores.

Um deles é este: uma população treinada durante décadas, como é o caso, a preocupar-se mais com a aparência política dos líderes partidários do que com a substância política das propostas dos partidos é mais facilmente enganada por fenómenos de demagogia, mentira e manipulação; compreende mal o combate político, os debates parlamentares e não compara soluções alternativas para os mesmos problemas; é menos participativa na vida cívica, mais crente em soluções “simples” e alinha facilmente em discursos de medo, de segregação ou de ilusória radicalidade.

O culto da personalidade, em vez do culto do partido, corrompe a democracia.

André Ventura, neste momento, é em Portugal um beneficiário dessa degradação, comum no ocidente, mas antes dele muitos outros souberam usar em seu proveito este intencional esvaziamento social das ideias políticas - por isso, agora, não deviam queixar-se, pois estão a colher o que semearam durante 50 anos.

* Jornalista

PORTUGAL VAI PARAR

Marco Grieco, diretor de arte | Expresso (curto)

Bom dia, caro leitor/utilizador/amigo/espectador.

Numa semana cheia de manifestações, bloqueios, confrontos e protestos em todos os quadrantes europeus, Portugal não podia ficar de fora.

Mesmo sem Governo – ou seria em desgoverno? – contra quem protestar, os agricultores levaram os seus tratores, faixas e cartazes para as ruas, rotundas, estradas e praças, unindo-se a um movimento que pode nos deixar sem comida no prato.

Se outros trabalhadores, quase invisíveis, também resolvessem cruzar os braços, poderíamos ter um país estagnado, à beira de um colapso social e económico: já há áreas da economia onde mais de 40% da mão-de-obra é estrangeira.

Os empregadores já os vão recrutar nos seus países de origem e admitem que, sem eles, muitas atividades não sobrevivem. Lares, restaurantes, limpezas, pesca, agricultura, construção civil, entregas ou transportes são só alguns exemplos.

Conheça o retrato da imensa horda de imigrantes que fazem Portugal andar, mesmo que a passo lento, para a frente.

Sondagem: empate técnico

Com o PS (29%) e a AD (27%) estagnados, o Chega supera os 20%, com Ventura a ganhar impulso entre os eleitores à direita. Com a maioria de direita reforçada, os cenários pós-eleitorais complicam-se: dois terços dos eleitores potenciais do PSD recusam um acordo com o Chega. Com os indecisos nos 16%, os debates que começam na segunda-feira poderão ser decisivos. Por seu lado, Marcelo Rebelo de Sousa só conta aceitar um Governo de quem for o vencedor das eleições legislativas.

“Madeiragate”

Empresas de Avelino Farinha ganharam 61% do valor dos contratos públicos atribuídos por Miguel Albuquerque desde 2015. Em consórcio ou a concorrerem sozinhas, as construtoras do Grupo AFA dominaram o mercado de obras públicas na Madeira. Um dos projetos suspeitos na investigação do Ministério Público é o novo hospital central da região autónoma.

Perigo em sala de aula

Em 2022, 243 menores entre os 12 e os 16 anos estavam obrigados pelos tribunais a cumprir medidas de acompanhamento ou internamento em centros educativos pela prática de crimes violentos, como homicídio, ofensas à integridade física, roubo, extorsão ou violação. De acordo com um levantamento feito pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, 30% dos crimes foram cometidos no interior da escola.

E ainda…

. Água no Algarve vai ficar até 50% mais cara

. Desvio das rotas do Suez e do Panamá tem custos ambientais e económicos

Nuno Borges. Entrevista à nova estrela do ténis português

Portugal | O Foguetão


Henrique Monteiro | HenriCartoon

SITUAÇÃO MILITAR NA UCRÂNIA EM 1 DE FEVEREIRO DE 2024 (atualização)

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Foram relatados ataques russos perto de Novomoskovsk e outras áreas da região de Dnepropetrovsk;

Os ataques russos atingiram militares ucranianos em Kharkiv, Kupyansk e outras áreas da região de Kharkiv;

12 UAVs ucranianos foram interceptados nas regiões de Belgorod, Kursk, Voronezh e Nizhny Novgorod;

Pelo menos um civil foi morto e outro foi ferido por explosivos lançados por UAVs ucranianos em Donetsk. Mais dois civis foram mortos e outros 9 ficaram feridos em 31 de janeiro;

UAV ucraniano matou civil em Novaya Kahovka;

Barcos não tripulados da AFU destruíram a corveta de mísseis russa Ivanovets no Mar Negro;

As forças russas repeliram 7 ataques das 30ª e 44ª Brigadas Mecanizadas da AFU perto de Sinkovka;

As forças russas avançaram ligeiramente na silvicultura de Serebryansky;

As forças russas repeliram 3 ataques das 60ª e 63ª Brigadas Mecanizadas da AFU perto de Yampolovka;

As forças russas repeliram 3 ataques das 60ª e 63ª Brigadas Mecanizadas da AFU perto de Dibrova;

Os confrontos continuaram perto de Belogorovka, Kleshcheyevka, Kurdyumovka;

As forças russas repeliram 4 ataques da 2ª Brigada Mecanizada, 46ª Aeromóvel, 79ª Brigada de Assalto Aéreo da AFU perto de Novomikhailovka;

As forças russas repeliram os ataques ucranianos perto de Priyutnoye;

As forças russas repeliram os ataques do 128º assalto à montanha, 33ª e 65ª Brigada Mecanizada da AFU perto de Rabotino, Zherebyanka, Malaya Tokmachka;

As forças russas eliminaram 125 militares, três veículos blindados, dois veículos motorizados, um Siriguejo e dois sistemas de artilharia Gvozdika na área de Kupyansk;

As forças russas eliminaram 290 militares, um tanque de guerra, dois veículos blindados, seis veículos motorizados, um sistema de artilharia Paladin na área de Krasny Liman;

Até 210 militares, três veículos blindados, seis veículos motorizados, um AS-90, três sistemas de artilharia M777, um Akatsiya, cinco sistemas de artilharia Gvozdika na região no último dia, de acordo com o MoD russo;

As forças russas eliminaram 80 militares, um tanque, dois porta-aviões blindados, dois veículos motorizados, dois obuseiros FH-70, um sistema de artilharia M777 na área sul de Donetsk;

As forças russas eliminaram 50 militares, três picapes, dois obuseiros D-20 e dois D-30 na região de Zaporozhye;

Confirmado: IL-76 com prisioneiros ucranianos foi abatido pelo Patriot dos EUA

Comité de Investigação Russo confirmou 

South Front | # Traduzido em português do Brasil – ver vídeo

O Comitê de Investigação Russo confirmou que a aeronave militar de carga IL-76 com dezenas de prisioneiros de guerra ucranianos a bordo foi abatida pelo sistema MIM-104A Patriot SAM dos EUA. Como resultado, 74 pessoas foram mortas, incluindo 65 prisioneiros de guerra ucranianos que estavam sendo transportados para troca.

Especialistas encontraram e identificaram 116 fragmentos de um míssil antiaéreo com inscrições em inglês no local do acidente. Foi estabelecido que eles pertencem ao sistema de defesa antimísseis MIM-104A do complexo Patriot, transferido dos EUA para a Ucrânia. Além disso, os especialistas encontraram vestígios de hexogênio com uma mistura de até 10% de octogênio nos destroços, o que é típico de explosivos usados ​​em mísseis ocidentais.

As caixas pretas da aeronave também confirmaram que ela foi destruída em decorrência de um impacto externo, mas não de mau funcionamento.

Assim, foi confirmado que o IL-76 foi abatido pelo sistema antiaéreo Patriot, de fabricação norte-americana.

Os mísseis foram lançados da área da vila de Liptsy, na região de Kharkiv.

Resta apenas uma questão: o ataque lançado pelos militares ucranianos ou pelos “instrutores militares” estrangeiros destacados na Ucrânia, que operam sistemas de defesa aérea estrangeiros e outros equipamentos, e que poderiam lançar o ataque a partir de alguma ordem direta do exterior. 

Kiev ainda não admite a sua culpa. Numa tentativa de distrair o público, Kiev está a lançar campanhas nos meios de comunicação. Por exemplo, Zelensky está inflando o escândalo sobre a renúncia do comandante-em-chefe Zaluzhny.

Ler/Ver em South Front:

Antecedentes (geo)políticos do abate do IL-76MD

EXCLUSIVO: Últimos vídeos de prisioneiros de guerra ucranianos mortos a bordo do IL-76 russo

Ucrânia reconheceu seus cidadãos no IL-76 abatido pelo sistema de defesa aérea da OTAN

Hiperimperialismo

O Ocidente é incapaz de aceitar o seu lento desaparecimento como bloco dominante no mundo, escreve Vijay Prashad. 

Vijay Prashad Tricontinental:Instituto de Pesquisa Social

“O Ocidente está em perigo”, alertou o novo presidente da Argentina, Javier Milei, na reunião deste ano do Fórum Económico Mundial (WEF) em Davos, na Suíça. 

No seu estilo perigosamente atraente , Milei culpou o “coletivismo” – isto é, o bem-estar social, os impostos e o Estado – como a “causa raiz” dos problemas do mundo, levando ao empobrecimento generalizado. 

O único caminho a seguir, declarou Milei, é através da “livre empresa, do capitalismo e da liberdade económica”. O discurso de Milei marcou um regresso à ortodoxia de Milton Friedman e dos Chicago Boys, que promoveram uma ideologia de canibalismo social como base para a sua agenda neoliberal. 

Desde a década de 1970, esta política de terra arrasada devastou grande parte do Sul Global através dos programas de ajustamento estrutural do Fundo Monetário Internacional. Também criou desertos fabris no Ocidente (o que Donald Trump, no seu discurso de posse em 2017, chamou de carnificina americana). 

É aí que reside a lógica confusa da extrema direita: por um lado, apelar à classe bilionária para dominar a sociedade no seu interesse (o que produz a carnificina social) e depois, por outro lado, inflamar as vítimas dessa carnificina para lutarem contra políticas que os beneficiariam.

Milei está certo na sua avaliação geral: o Ocidente está em perigo, mas não por causa de políticas social-democratas; está em perigo devido à sua incapacidade de aceitar o seu lento desaparecimento como bloco dominante no mundo.

Do Tricontinental: Institute for Social Research and Global South Insights (GSI) vêm dois textos importantes sobre o cenário global em mudança: um estudo marcante, “ Hyper-Imperialism:A Dangerous, Decadent New Stage ”, e nosso 72º dossiê, “ The Churning of a Ordem Mundial ” (o dossiê é um resumo do estudo, então estarei me referindo a eles como se fossem um só texto).

A Tricontinental acredita que esta é a afirmação teórica mais significativa que o nosso instituto fez nos seus oito anos de história.

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