quinta-feira, 7 de março de 2024

As massas esquecidas do Sudão morrem todos os dias de fome

Pelo menos 25 milhões de sudaneses sofrem de fome ou desnutrição, enquanto crianças morrem de fome e a guerra continua a dizimar o país

Mohammed Amin | Global ResearchMiddle East Eye | # Traduzido em português do Brasil

Mais de dez meses após o início da guerra no Sudão , fontes locais em todo o país disseram ao Middle East Eye que pessoas morrem de fome todos os dias.

A situação humanitária é terrível, com as Forças Armadas Sudanesas (SAF) e o seu inimigo, os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF), acusando-se mutuamente de obstruir a entrega de ajuda e de cortar o acesso à Internet.

No final de Janeiro, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou que 10,7 milhões de pessoas foram deslocadas por conflitos no Sudão, nove milhões delas dentro do país. Isto deixaria o Sudão com a taxa mais elevada de deslocamento interno do mundo, ultrapassando até os 7,2 milhões da Síria .

As necessidades da população superam o financiamento disponível. Agências das Nações Unidas dizem que o Sudão necessita de assistência no valor de 2,7 mil milhões de dólares este ano. Até agora, menos de quatro por cento desse montante foi fornecido pelos doadores.

Apenas 43 por cento do plano do ano passado foi financiado e múltiplas fontes disseram ao MEE que o Sudão tem dificuldade em ganhar a atenção internacional em comparação com os conflitos na Ucrânia e em Gaza.

No terreno, a subnutrição está a matar crianças. Uma série de doenças, incluindo a cólera – existem actualmente  mais de 10.000 casos suspeitos no Sudão – surgiram. Médicos, hospitais e activistas dos serviços de urgência que prestam ajuda nos bairros locais foram atacados. A época da colheita falhou.

O governo alinhado com o exército está à beira da falência e não conseguiu fornecer apoio humanitário adequado, enquanto a RSF foi acusada de impedir que a ajuda chegasse às áreas que controla.

O Programa Alimentar Mundial da ONU afirma que “pelo menos 25 milhões de pessoas enfrentam taxas crescentes de fome e subnutrição” e que 3,8 milhões de crianças com menos de cinco anos estão subnutridas.

Angola | A Maldição do Café – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Nito Alves fez um discurso estrondosamente aplaudido pelos seus seguidores. Disse que Angola só seria independente de verdade, quando os mestiços e brancos andassem a limpar as ruas e a recolher lixo. Numa reunião magna do Departamento de Reconstrução Nacional usei da palavra e disse que Angola só seria livre e independente quando acabasse a cultura do café nas matas, só possível com a força humana. Na Angola Independente não podemos manter os escravos “bailundos”. Fui xingado desalmadamente. Até bêbado me chamaram.

Por razões existenciais sei o que significa trabalhar nas plantações de café. A canseira começa na preparação da mata. É preciso derrubar árvores gigantescas. Deixar árvores de folha caduca. Abrir as covas para plantar os cafezeiros bebés. E depois capinar, capinar, capinar até o arbusto entrar em plena produção. O perfume da flor branca é inebriante. O vermelho das cerejas dá às plantações verdejantes uma dimensão plástica inigualável. Maravilha das maravilhas. Mas depois vem a colheita. Ripar os ramos, encher os cestos pendurados ao pescoço. Carregá-los às costas até à picada onde está estacionado o camião. Às vezes quilómetros. Maldito café!

As populações locais recusavam trabalhar nas fazendas de café com salário de fuba podre e carapau seco. Oz roceiros importavam escravos do Bailundo e do Andulo. Existia uma mafia de “angariadores” que vendia os “bailundos”. Eram pagos ao ano desta maneira. Metade, 50 escudos, ficava com a família no início do “contrato”. A outra metade era paga no fim. 

Os contratados eram transportados nas carroçarias dos camiões sem as mínimas condições (Monangambé! Monangambé!). Alguns morriam nas viagens. Outros nas tongas. Até a cobra do café e a surukuku os matavam. Meu Pai nunca aceitou negociar cm os “angariadores”. Mas aceitava os escravos fugitivos das outras roças. Contratava os trabalhadores no Bindo. E pagava o salário justo. Aos livres e aos escravos. Estes eram levados a casa quando meu Pai fazia incursões ao Huambo na candonga do peixe seco. O Velho era um subversivo!

O café com elevado valor comercial só se dá em mata. Em Angola temos o Amboim, Ambriz, Cazengo, Robusta e Katurra também chamado café dos morcegos. É muito valioso! Os morcegos comem as cerejas e depois dejectam as sementes pelas matas. Grandes plantadores! Um pau de Katurra é tratado como uma criança. Um dia de capina esgota o trabalhador. E todos os dias de todos os anos são de capinar. Maldito café!

Moçambique | Filipe Nyusi otimista na vitória contra grupos insurgentes

Presidente moçambicano manifesta otimismo na derrota dos grupos de insurgentes que protagonizam ataques em Cabo Delgado, enfatizando que as forças governamentais estão empenhadas ao "máximo" na luta contra o terrorismo.

“Estamos otimistas de que as coisas podem mudar”, a favor das Forças de Defesa e Segurança (FDS), disse esta quinta-feira (07.03) Filipe Nyusi, falando num encontro com os recém-eleitos dirigentes autárquicos da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), na Matola.

As FDS e as tropas estrangeiras envolvidas no combate aos insurgentes “estão a fazer o máximo”, acrescentou.

As autoridades provinciais de Cabo Delgado estão no terreno a dirigir ações de combate aos grupos armados, avançou o chefe de Estado moçambicano e líder da FRELIMO.

Nyusi admitiu que as incursões terroristas estão a criar um clima de insegurança, retraem investimentos e atrasam as iniciativas de desenvolvimento económico e social.

Na abertura do referido encontro, o secretário-geral da FRELIMO, Roque Silva, declarou que a violência armada em Cabo Delgado, província rica em gás natural, foi uma das “adversidades” da atual governação de Filipe Nyusi, tendo exortado as FDS a manterem o empenho na luta contra a insurgência.

Depois de vários meses de relativa normalidade nos distritos afetados pela violência armada em Cabo Delgado, a província tem registado, há algumas semanas, novas movimentações e ataques de grupos rebeldes, que têm limitado a circulação para alguns pontos nas poucas estradas asfaltadas que dão acesso a vários distritos.

A nova vaga de ataques terroristas em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, provocou 99.313 deslocados em fevereiro, incluindo 61.492 crianças (62%), indicou uma estimativa divulgada esta semana pela Organização Internacional das Migrações (OIM).

Deutsche Welle | Lusa

Ler/Ver em DW:

Moçambique: Pelo menos um morto e estudantes raptados em ataque em Metuge

Cabo Delgado: "Nenhuma guerra atrai investimento" - bispo de Pemba

Moçambique: Estado Islâmico reivindica ataque e morte de sete paramilitares Nampharamas

A Europa corre o risco de adormecer em paz e acordar em guerra

Somos governados por uma aristocracia eleita por poderes supranacionais, que utiliza os Estados como territórios expandidos dos interesses centrais aos quais respondem.

Hugo Dionísio* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Europeus, não se surpreendam se um dia acordarmos ao som de notícias como “a guerra começou”. Este prenúncio é tudo menos fantasioso e deve ser levado muito a sério. Na minha ignorância, penso mesmo que na história da humanidade, depois da Segunda Guerra Mundial e tendo em conta a experiência da Guerra Fria, estamos talvez no momento em que o risco de confronto militar é maior. Na ausência de uma arquitectura mundial unificadora, de democracias sólidas e de canais de comunicação estáveis ​​e credíveis… tudo se torna possível.

No âmbito de mais uma adaptação da centenária doutrina estratégica “espada e escudo”, enunciada em 1917 pelo General Pershing, quando explicou às suas tropas que não estavam na Europa para defender os europeus, mas para defender os americanos, uma vez que os países europeus são um escudo e os EUA são uma espada, ao longo dos últimos 30 anos, a Casa Branca tem vindo a construir uma elite administrativa aristocrática, que responde antes de mais nada aos interesses da “espada” americana.

Em qualquer grupo fechado, a sua coesão interna baseia-se em sentimentos de pertença, que, neste caso, residem nos valores de exclusividade, individualidade (não é para quem quer) e inacessibilidade (é só para quem pode) ao comum. mortais. O grande objectivo e sucesso da estratégia americana reside em criar um sentimento de que cada membro do grupo faz parte de uma estrutura escolhida, à qual apenas pessoas muito especiais podem aderir. Este sentimento é trabalhado através de diversas estratégias de comunicação, sugestão e persuasão que visam a criação de uma identidade grupal, mesmo quando os respetivos membros são oriundos de países, realidades e níveis de escolaridade diferentes.

Vejamos alguns casos exemplares, mas também paradigmáticos. Emanuel Macron passou pelo Institute d'Etudes Politiques de Paris – IEP, que é o selo de confiança, a premissa, segundo a qual o sistema neoliberal vê em Macron alguém preparado para gerir os seus interesses. Além do caráter seletivo com que esta exclusiva instituição privada se apresenta, as convenções que mantém com a Columbia University em Nova York e com a sempre conceituada London School of Economics, ou o curso de mestrado em inglês para jovens promessas do mundo, representam uma poderosa contribuição deste instituto para a causa do monopólio neoliberal. É aí que se criam os fundamentos ideológicos e os ensinamentos propagandísticos, que mais tarde se enraízam no discurso político.

É oficial: Suécia é o 32.º membro da Aliança. "Toma o seu legítimo lugar"

A oficialização aconteceu após o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, entregar em Washington o instrumento de adesão ao Tratado do Atlântico Norte.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou, esta quinta-feira, que a Suécia já é um membro oficial da aliança transatlântica, após meses de negociações.

"É oficial - a Suécia é agora o 32.º membro da NATO, tomando o seu legítimo lugar na nossa mesa", anunciou o responsável na rede social X.

"A adesão da Suécia torna a NATO mais forte, a Suécia mais segura e toda a Aliança mais segura. Estou ansioso por hastear a sua bandeira na sede da NATO na segunda-feira", acrescentou.

A oficialização aconteceu após o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, entregar em Washington, nos Estados Unidos, o instrumento de adesão ao Tratado do Atlântico Norte.

Antes, o embaixador da Hungria nos Estados Unidos entregou ao Departamento de Estado em Washington os documentos oficiais de ratificação da adesão da Suécia à NATO, recentemente aprovada pelo parlamento húngaro, permitindo ao governo sueco apresentar ao chefe da diplomacia norte-americana o instrumento de acesso.

"Hoje dei instruções ao embaixador da nossa pátria em Washington para entregar o documento de ratificação, tendo a Hungria cumprido todas as suas tarefas para a adesão da Suécia à NATO", anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó.

A ratificação pelo parlamento húngaro, onde o Fidesz do primeiro-ministro, Viktor Orbán, tem uma maioria de dois terços, foi adiada várias vezes, tendo os deputados deste partido justificado o atraso, por exemplo, com as críticas "injustas" da Suécia sobre a política e a deriva democrática na Hungria, também denunciada pela União Europeia.

Termina assim o que deveria ser um processo "expresso", mas que acabou por demorar 22 meses devido às reticências da Turquia e da Hungria sobre a adesão da Suécia.

Notícias ao Minuto com Lusa | Imagem: © Getty Images/Omar Havana 

QUEM ESTÁ NO COMANDO DA ALEMANHA? -- Scott Ritter

Scott Ritter: Planos de ataque vazados na Crimeia levantam a questão 'Quem está no comando na Alemanha'?

Ilya Tsukanov | Sputnik Globe | # Traduzido em português do Brasil

O editor-chefe do grupo de mídia controlador do Sputnik divulgou um áudio bombástico na última sexta-feira de uma conversa entre oficiais seniores do Bundeswehr discutindo planos para atacar a ponte da Crimeia usando mísseis Taurus de fabricação alemã. O vazamento, cuja autenticidade foi posteriormente confirmada pela mídia alemã, desencadeou uma investigação formal.

conversa vazada entre altos oficiais do Bundeswehr que planejam agressão contra a Rússia usando armas alemãs levanta sérias questões sobre quem está realmente no comando na Alemanha – o governo militar ou civil, e sinaliza um deslizamento verdadeiramente preocupante em direção ao regime militar, ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e independente o analista militar Scott Ritter disse ao Sputnik.

“Há hoje uma crise nos assuntos civis-militares na Alemanha, e o mundo inteiro parece estar a ignorar isso”, disse Ritter, salientando que embora tenha sido dada atenção aos detalhes da discussão que vazou em 19 de fevereiro , na qual os oficiais efetivamente conspiraram “ um acto de guerra” contra a Rússia - “sem se e/ou mas” sobre isso, a questão mais importante sobre quem está hoje no comando da Alemanha ficou sem resposta.

“O que é interessante nesta conversa é que, alguns dias antes, o chanceler alemão, a principal autoridade executiva civil na Alemanha hoje, tinha dito especificamente que a Alemanha não forneceria o míssil Taurus à Ucrânia. Além disso, o parlamento da Alemanha, não uma mas duas vezes, votou esmagadoramente contra o fornecimento do míssil de cruzeiro Taurus à Ucrânia. Quem está no comando na Alemanha? A liderança civil ou os militares? Porque, de acordo com a conversa mantida por estes quatro altos oficiais militares alemães, eles estavam a falar sobre um projecto que tinha recebido luz verde do ministro da defesa da Alemanha”, sublinhou Ritter.

Situação militar nas linhas da frente ucranianas em 6 de março (atualização)

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Dois civis foram feridos por ataques ucranianos na aglomeração urbana de Donetsk;

Dois UAVs ucranianos foram abatidos na região de Voronezh;

Dois UAVs ucranianos foram abatidos na região de Belgorod;

UAVs ucranianos foram abatidos na região de Kursk, mais dois atingiram o depósito de petróleo local;

Em 6 de março, a explosão de um carro-bomba em Berdyansk matou um membro da comissão eleitoral local;

O ataque russo com mísseis de precisão destruiu hangares com barcos não tripulados no porto de Odessa;

O Su-30 russo interceptou a aeronave de reconhecimento RC-135 e dois caças Typhoon da Força Aérea Real Britânica perto da fronteira russa sobre o Mar Negro;

Foram relatados ataques russos na região de Ternopil;

Ataques russos foram relatados no aeródromo de Starokonstantinov;

À noite, foram relatados ataques de drones russos na região de Odessa;

Foram relatados ataques russos na área de Chuguev;

Foram relatados ataques russos na região de Kiev;

Foram relatados ataques russos na região de Kherson;

Foram relatados ataques russos na região de Sumy;

Foram relatados ataques russos na região de Dnepropetrovsk;

Foram relatados ataques russos na região de Lviv;

Foram relatados ataques russos na região de Rivne;

O exército russo repeliu os ataques da 32ª Brigada Mecanizada, 57ª Brigada de Infantaria Motorizada perto de Terny;

O exército russo repeliu os ataques da 32ª Brigada Mecanizada, 57ª Brigada de Infantaria Motorizada perto de Sinkovka;

Os confrontos continuaram perto de Bogdanovka, Kleshcheyevka, Andreyevka;

Os confrontos continuaram em Novomikhailovka;

As forças russas eliminaram 165 militares ucranianos, um tanque de guerra e três veículos motorizados, três sistemas de artilharia Krab e um obuseiro M198 na área de Kupyansk;

As forças russas eliminaram 260 militares ucranianos, dois tanques de batalha, dois veículos blindados, 14 veículos motorizados, um obuseiro Msta-B, dois sistemas de artilharia autopropulsada Gvozdika na área de Donetsk;

As forças russas eliminaram 460 militares, dois tanques de batalha, quatro veículos de infantaria, dois veículos blindados e cinco veículos motorizados na área de Avdiivka;

As forças russas eliminaram 210 militares ucranianos, dois tanques de batalha, três veículos motorizados, um sistema antiaéreo Stela-10 na área sul de Donetsk;

As forças russas eliminaram 30 militares ucranianos e dois veículos motorizados na região de Kherson;

Os sistemas de defesa aérea russos abateram 135 drones ucranianos no último dia;

Os sistemas de defesa aérea russos derrubaram nove projéteis HIMARS, uma bomba aérea guiada por AASM Hammer no último dia.

Demissões em massa entre altos funcionários da Unidade Spox da IOF: mídia israelita

Al Mayadeen | Fonte: mídia israelita | # Traduzido em português do Brasil

O Canal 14 israelense sugere que as demissões refletem um estado de perturbação dentro da Unidade do Porta-Voz.

O Canal 14 israelense informou que altos funcionários da Unidade do Porta-voz militar da ocupação israelense apresentaram suas demissões, incluindo o segundo homem da equipe do porta-voz militar Daniel Hagari.

O Canal 14 observou que muitos funcionários da equipe de Hagari renunciaram e sugeriram que as demissões refletem um estado de perturbação dentro da Unidade, decorrente dos protestos dos oficiais israelenses em relação a questões operacionais e pessoais.

De acordo com o canal israelense, entre os renunciados estão o segundo homem da equipe de Hagari, o coronel Butbul, o coronel Moran Katz, e o porta-voz internacional do tenente militar de ocupação israelense, Richard Hecht.

O relatório observou que Hagari foi nomeado porta-voz dos militares de ocupação israelenses sem ter anteriormente desempenhado qualquer função na Unidade.

Anteriormente, a mídia israelense revelou que as ordens do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para se preparar para uma invasão terrestre na cidade de Rafah, em Gaza, causaram divergências significativas entre ele e os oficiais militares israelenses.

O analista político do Canal 12 israelense , Yaron Avraham, mencionou que Netanyahu discutiu recentemente a continuação da operação militar com o Chefe do Estado-Maior Herzi Halevi, revelando um desacordo sobre a ocupação de Rafah .

Avraham observou que enquanto Netanyahu pressiona os militares para encontrar soluções rápidas, Halevi insiste em garantir condições favoráveis, como a evacuação da área e a coordenação com o Egito.

Ler/Ver em Al Mayadeen

53% dos israelenses acreditam que Netanyahu está estendendo a guerra para permanecer no poder

A Europa está com medo e desesperada

Investigação da BBC revela imagens aéreas editadas pela IOF do Massacre da Farinha

BLOG DE GAZA: Comboio israelense é emboscado na cidade de Gaza

Massacres israelenses no centro de Gaza | Shin Bet abrirá investigação em 7 de outubro – dia 153

Pela equipe do Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

As forças israelitas levaram a cabo novos massacres em Nuseirat e Deir Al-Balah, no centro de Gaza, matando e ferindo dezenas de palestinianos. 

As Brigadas Al-Quds, o braço militar da Jihad Islâmica Palestina, disseram que seus combatentes emboscaram um comboio militar israelense na Cidade de Gaza.

O serviço de segurança interna de Israel, Shin Bet, anunciou uma investigação interna sobre os acontecimentos de 7 de outubro.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza,  30.800 palestinos foram mortos e 72.298 feridos no genocídio em curso de Israel em Gaza, iniciado em 7 de outubro.

Clique aqui para ver os blogs anteriores.

ULTIMAS ATUALIZAÇÕES

Quinta-feira, 7 de março, 12h30 (GMT+2)

AL-JAZEERA (citando fontes informadas): As negociações de cessar-fogo no Cairo terminaram sem acordo. Israel rejeitou o pedido do Hamas de um cessar-fogo permanente, a retirada do exército da Faixa de Gaza e o regresso dos deslocados sem condições.

HEZBOLLAH: Bombardeamos um novo quartel-general do comando do setor israelense em Liman, na Galiléia Ocidental, com projéteis de artilharia e conseguimos um ataque direto.

MINISTÉRIO DA SAÚDE DE GAZA: 30.800 palestinos foram mortos e 72.298 feridos no genocídio em curso de Israel em Gaza, iniciado em 7 de outubro.

CANAL 12: Um lote de foguetes foi disparado em direção a Ras al-Naqoura, ao norte da Galiléia Ocidental, na fronteira com o Líbano.

Quinta-feira, 7 de março, 11h (GMT+2)

KAN: O exército israelense examinou 400 corpos do Hospital Nasser em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, e descobriu que não pertenciam a nenhum dos prisioneiros israelenses.

BRIGADAS DE AL-QUDS: Nossos combatentes realizaram uma “emboscada de engenharia” contra um comboio de veículos militares israelenses que penetrava a sudeste do bairro de Al-Zaytoun, na Cidade de Gaza.

AL-JAZEERA: O exército israelense lançou bombardeios de artilharia na área de Juhr al-Dik, ao sul da cidade de Gaza. Entretanto, ocorrem confrontos com metralhadoras pesadas entre combatentes da resistência e o exército israelita na área.

MÍDIA PALESTINA: O número de mortos resultantes do bombardeio israelense contra casas em Nuseirat e Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, subiu para 35.

Quinta-feira, 7 de março, 10h (GMT+2)

AL-JAZEERA: As autoridades israelitas entregaram, através da passagem Kerem Shalom entre Israel e a Faixa de Gaza, os corpos de 47 mártires que detinham durante as suas operações militares.

YEDIOTH AHRONOTH: O chefe do Serviço de Segurança Interna de Israel (Shin Bet), Ronen Bar, disse que abriu uma investigação interna sobre os acontecimentos do último dia 7 de outubro.

Quinta-feira, 7 de março, 9h15 (GMT+2)

ANSARALLAH: O porta-voz das forças armadas iemenitas, ligadas ao grupo Ansarallah, disse que os americanos e os britânicos suportam as repercussões da militarização do Mar Vermelho. Num comunicado, Yahya Saree disse que o grupo enfatizou repetidamente que apenas “os navios israelenses ou com destino aos portos da Palestina ocupada são alvo”.

RÁDIO DO EXÉRCITO ISRAELITA: Quatro comandantes de brigada, 39 comandantes de pelotão, 13 comandantes de companhia e 6 tenentes-coronéis foram mortos desde 7 de outubro.

Imagem: Israel continua a realizar massacres em Gaza. (Foto: via WAFA)

GAZA | Fans do genocídio: Mercenários dos EUA, França e Índia combatem por Israel


 Jessica Buxbaum* | Mint Press News | # Traduzido em português do Brasil 

Os israelitas não são o único grupo demográfico entre as forças das FDI em Gaza. Combatentes estrangeiros de lugares tão distantes como os Estados Unidos, França, Espanha, Países Baixos e até mesmo a Índia participam activamente nas hostilidades. Embora o número exacto de combatentes internacionais em Gaza não seja conhecido, o que se sabe é que cidadãos de numerosos países parecem ser, pelo menos, cúmplices daquilo que foi chamado de genocídio.

De acordo com a Lei do Retorno de Israel, qualquer indivíduo com pelo menos um avô ou cônjuge judeu pode obter a cidadania israelense. A este respeito, muitos nascidos no estrangeiro podem servir nas forças armadas de Israel, mantendo a nacionalidade do seu local de nascimento. Muitas vezes emigram e depois servem no exército.

Actualmente, 45% dos “soldados solitários” do exército israelita, aqueles que servem mas não têm família em Israel, são novos imigrantes. O actual programa do “soldado solitário” conta com tropas de mais de 60 países, sendo aproximadamente 35% provenientes dos EUA . É importante notar, porém, que os indivíduos que fazem parte do programa de “soldados solitários” de Israel não são considerados mercenários, pois são profissionais contratados pelo governo de um país para lutar na sua guerra e não são cidadãos desse país.

Para alargar o leque de recrutamento, os militares israelitas aceitam agora a adesão de bisnetos de judeus. Embora não sejam elegíveis para se tornarem cidadãos israelenses sob a Lei do Retorno, eles podem servir no exército israelense.

Outra via é o voluntariado no programa Mahal de Israel, que permite que jovens judeus de outros países se juntem ao exército sem se tornarem cidadãos. Existem atualmente 500 voluntários Mahal nas forças armadas de Israel.

“A maioria dos mercenários que lutam por Israel agora são bem-vindos com base nas suas afiliações religiosas e dupla cidadania, tornando a sua responsabilização bastante complexa”, disse Mustafa Fetouri, jornalista e analista líbio, ao MintPress News. “Muitos países cujos cidadãos lutam por Israel, incluindo os EUA, têm leis que criminalizam tais ações, mas esta não é uma questão simples quando a dupla cidadania é tida em conta.”

Fetouri expandiu esta questão, escrevendo no Middle East Monitor que “A Lei de Neutralidade da América, que remonta aos dias da fundação dos EUA, torna ilegal a qualquer cidadão americano participar em qualquer guerra estrangeira, ou estabelecer uma milícia para esse propósito.” Ele observou, no entanto, que a legislação não tem sido reforçada ultimamente “já que centenas de americanos participaram em guerras na Ucrânia, na Líbia em 2011 e, agora, em Gaza”.

Os militares israelitas também recrutam abertamente cidadãos de outros países. Por exemplo, o consulado israelita em Toronto anunciou nomeações com o seu representante militar para aqueles que desejam juntar-se às forças armadas.

O site do consulado dizia: “Jovens que desejam se alistar nas FDI ou qualquer pessoa que não tenha cumprido suas obrigações de acordo com a Lei do Serviço de Defesa de Israel são convidados a se encontrar com ele”.

Organizações como a Nefesh B'Nefesh, que incentiva a imigração judaica da América do Norte para Israel, organizaram eventos sobre a adesão ao exército israelense. Sar-El (Projeto Nacional de Voluntários para Israel) recruta internacionais judeus e não judeus para ajudar os esforços militares israelenses em bases militares, como embalar alimentos e suprimentos médicos.

FOME OU BOMBAS?

Latuff | MintPress News

Mais lidas da semana