Artur Queiroz*, Luanda
Cabras, cabritas, bodes e outra
bicharada puseram a circular que durante o golpe de estado militar em 27 de
Maio de
A manipulação, aldrabice e
falsificação servem para denegrir a imagem do Presidente Agostinho Neto e seus
companheiros da direcção do MPLA nessa época. Foram vítimas mas Francisco
Queiroz e João Lourenço transformaram-nos
Francisco Queiroz e João Lourenço criaram a CIVICOP para perdoar e abraçar. Promover a unidade nacional. Para eles, os angolanos andavam de costas voltadas desde 1977. Era urgente repor a confiança, a paz e a concórdia. Entre 11 de Novembro de 1975 e Fevereiro de 2002, Angola enfrentou uma guerra de agressão estrangeira. Que se saiba, ninguém recusou combater devido a desavenças nascidas durante e depois do golpe de estado de 1977. Na mudança de regime, a direcção do MPLA fez uma declaração pública inequívoca: O 27 de Maio de 1977 foi um golpe de estado militar e os golpistas foram derrotados. Ponto final.
O tema foi explorado por sobreviventes do golpe e partidos políticos que nasceram na vigência do regime de democracia representativa. Os golpistas de 27 de Maio criaram o PRD, associados aos restos da Revolta Activa. Um dos golpistas do 27 de Maio, Luís dos Passos, concorreu à Presidência da República. Conseguiu 58.121 votos (1,47 por cento dos votos). O chefe da Revolta do Leste, Daniel Chipenda, também concorreu à Presidência da República e conseguiu 20.845 votos (0,53 por cento). O PRD elegeu um deputado!
O MPLA, acusado de genocídio, de ter morto milhares de angolanos, de ter executado quem pertencia à direcção política e militar do golpe, ganhou as eleições com maioria absoluta! Os Media do “ocidente alargado” e particularmente de Portugal davam uma vitória esmagadora à UNITA e a derrota humilhante do MPLA.