PSD, CDS-PP e PPM assinaram, este
domingo, o acordo de coligação Aliança Democrática, numa cerimónia que decorre
na Alfândega do Porto. Após a oficialização deste acordo, seguiram-se os
discursos.
Miguel Guimarães, antigo
bastonário da Ordem dos Médicos, foi o primeiro a discursar em representação
dos independentes. "Senti que não posso continuar calado naquilo que diz
respeito ao que está a acontecer no nosso país", disse, destacando que
esta nova Aliança tem "todas as condições para governar Portugal".
No seu discurso, houve, claro,
destaque para o estado da Saúde no país. Miguel Guimarães acusou o PS de estar
a "destruir" o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"O Governo está a destruir o
Serviço Nacional de Saúde. Estamos a falar da falência daquilo que são os
responsáveis pela Saúde em
Portugal. Falta estratégia, planeamento e orientação",
disse.
"O acesso a cuidados de
Saúde é incerto e tardio", apontou, defendo um acordo de regime para a
promoção de Saúde e um novo modelo de reorganização do SNS.
Momento "importante e
simbólico para o nosso país"
Depois de Miguel Guimarães, tomou
a palavra Gonçalo da Câmara Pereira, líder do PPM, que falou num momento
"importante e simbólico para o nosso país".
Depois de notar que "o
perigo da eternização da esquerda" é "um risco e um problema dos
nossos dias", tal como era em 1979, Gonçalo da Câmara Pereira
defendeu que a Aliança Democrática "representa a única esperança de
derrotar o PS e os seus aliados da 'geringonça'", atirou.
"Se assim não for, o PS
instalar-se-á no poder durante anos", alertou.
"Poucas vezes, como agora,
tivemos tantos pilares fundamentais do regime democrático controlados e
colonizados"
Nuno Melo subiu depois ao palco.
Numa referência às comparações que têm sido feitas ao longo das últimas semanas
com aqueles que levaram a cabo a AD de 1979, Nuno Melo disse aqueles que agora
se juntam têm a "mesma determinação no combate ao socialismo, no amor a
Portugal" de Francisco Sá Carneiro, Freitas do Amaral, Adelino Amaro da
Costa e Gonçalo Ribeiro Telles.
"Poucas vezes, como agora,
tivemos tantos pilares fundamentais do regime democrático controlados e
colonizados por todos os tipo de socialismo em Portugal", disse, referindo
que as eleições de 10 de março serão a primeira um "referendo" para
os portugueses dizerem "se aceitam ou não o estado a que Portugal
chegou" e se "sim ou não estão disponíveis mudar o que temos",
nomeadamente "filas intermináveis" nos centros de saúde.
Aproveitando a crise na Habitação,
o líder centrista focou-se nas críticas a Pedro Nuno Santos: "É o rosto
personificado do desastre". Mas António Costa não escapou e foi
considerado o grande 'culpado' do atual estado do país. "A culpa não é de
Pedro Passos Coelho, nem de Paulo Portas. É de António Costa. E, já agora,
tenho muito orgulho de ter feito parte desse Governo", notou.
Para Nuno Melo, a Aliança
Democrática é a "única alternativa credível, experimentada e com quadros
extraordinários capazes de dar um novo rumo a Portugal". "Não temos
tempo para experimentalismos em Portugal", apontou.
Fala agora, em último, mas com
mais tempo, Luís Montenegro, presidente do PSD.
"Estamos no caminho correto
para recuperar a governação do país e, por via dela, dar esperança e bem-estar
aos portugueses", disse.
Imagem em TSF: O líder do CDS, Nuno Melo, o presidente do PSD, Luís Montenegro, e pelo líder do PPM, Gonçalo Ribeiro Teles na assinatura do acordo da Aliança Democrática © Fernando Veludo/Lusa
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