segunda-feira, 29 de abril de 2024

Situação militar nas linhas da frente ucranianas - 28 de Abril 2024 (atualização do mapa)

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Os ataques russos destruíram hangares militares ucranianos no campo de aviação de Kamenka;

Os ataques russos destruíram depósitos de munições no campo de aviação Priluki;

Os ataques russos atingiram o campo de aviação Starokonstantinov;

Explosões trovejaram na região de Kiev;

Explosões trovejaram na região de Kharkiv;

Os ataques russos teriam atingido a infra-estrutura portuária, uma fábrica de construção naval e um hotel usado pela AFU e por mercenários estrangeiros em Mykolaiv;

As forças russas destruíram cinco mísseis ATACMS que tinham como alvo a Crimeia;

O Ministério da Defesa russo confirmou oficialmente o controle total de Novobakhmutovka;

Num feriado religioso, a AFU bombardeou um templo em Aleksandrovka com munições cluster. Uma mulher civil foi morta;

Dois civis foram mortos em consequência do bombardeamento ucraniano em Dnepriany;

Dois civis foram mortos e vários outros ficaram feridos em consequência do bombardeio ucraniano perto de Pology;

As forças russas hastearam a sua bandeira em Kyslivka;

As forças russas avançaram ao norte de Berdichy;

Os confrontos continuaram em Krasnogorivka;

Os confrontos continuam em Krynki;

Os confrontos continuam em Rabotino;

As forças russas eliminaram 270 militares, um veículo blindado, oito veículos motorizados, um M198, um obuseiro Msta-B na área de Kupyansk;

As forças russas eliminaram 360 militares, dois veículos blindados de combate e 17 veículos motorizados, dois D-20 e dois obuseiros D-30 na área de Donetsk;

As forças russas eliminaram 380 militares, um tanque, um veículo blindado de combate e cinco veículos motorizados na área de Avdeevka;

As forças russas eliminaram 85 militares, quatro picapes, um sistema de artilharia, um sistema de artilharia Gvozdika na área sul de Donetsk;

As forças russas eliminaram 50 militares, dois veículos motorizados, um obus M777 de 155 mm fabricado nos EUA na região de Kherson;

As forças de defesa aérea russas interceptaram 46 drones ucranianos no último dia.

Londres revelou suprimentos secretos de mísseis italianos Storm Shadow para a Ucrânia

South Front | # Traduzido em português do Brasil

A Itália juntou-se à lista de países que fornecem à Ucrânia mísseis Storm Shadow. Na sua entrevista ao The Times, o Secretário de Estado da Defesa britânico, Grant Shapps, confirmou que, juntamente com Paris e Londres, Roma está a preparar os seus mísseis de cruzeiro SCALP EG/Storm Shadow para fornecer à Ucrânia para os ataques na retaguarda russa, em particular na Crimeia.

“Acho que Storm Shadow é uma arma extraordinária. A Grã-Bretanha, a França e a Itália estão a preparar estas armas para uso, em particular, na Crimeia ocupada”, disse o responsável britânico.

Shapps também observou que o Reino Unido pretende acelerar a produção de mísseis Storm Shadow, não só para satisfazer as suas próprias necessidades, mas também para fornecer mais mísseis à Ucrânia.

Anteriormente, a transferência do Storm Shadow da Itália para a Ucrânia não foi anunciada oficialmente. No entanto, não há informações de que Roma tenha fornecido secretamente suprimentos militares ao exército ucraniano há muito tempo.

O Storm Shadow é um míssil de cruzeiro desenvolvido pelo Reino Unido em conjunto com a França com alcance de mais de 250 quilômetros. Lançado de aeronaves de combate, o míssil disparado desce próximo ao terreno, o que dificulta sua detecção pelas forças de defesa aérea inimigas.

Os mísseis SCALP EG/Storm Shadow estão em serviço nas forças armadas italianas há décadas. Segundo dados oficiais, a Itália adquiriu cerca de 200 desses mísseis em 1999. Não é informado quantos deles podem ser fornecidos à AFU. É pouco provável que a Itália consiga atribuir mais de 10-15% destas armas à Ucrânia.

Ler/Ver em South Front:

Ucrânia atacou Luhansk com mísseis Storm Shadow

Versão naval do sistema de defesa aérea Pantsir acionou com sucesso o míssil Storm Shadow

Imagens de satélite confirmaram que mísseis Storm Shadow erraram alvos em Sebastopol, Crimeia

Ocidente liderado pelos EUA está prestes a causar uma guerra nuclear – Lavrov

As três potências nucleares ocidentais estão entre os principais patrocinadores do regime de Kiev e os principais organizadores das provocações contra a Rússia, disse o ministro das Relações Exteriores.

O Ocidente colectivo liderado pelos EUA pode causar uma guerra potencialmente catastrófica entre potências nucleares globais devido à sua posição abertamente hostil em relação à Rússia e aos esforços para minar os acordos de controlo de armas existentes, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, na segunda-feira.

Assista: https://on.rt.com/cs6c

Publicado em Oval Circle | # Traduzido em português do Brasil

O CUSTO DA GUERRA -- Manlio Dinucci

Manlio Dinucci*

As guerras têm um custo considerável. A que é levada a cabo contra as populações russófonas da Ucrânia é suportada sobretudo pelos Europeus, enquanto a que é levada a cabo contra os árabes da Palestina é pelos Norte-Americanos. Estes gastos servem a mesma estratégia, a do domínio global dos Anglo-Saxões.

A guerra da OTAN (NATO) contra a Rússia na Ucrânia implica uma crescente despesa militar. Segundo os dados oficiais, a despesa militar italiana aumentou de 21 mil milhões (bilhões-br) de euros, em 2019, para mais de 30 mil milhões em 2023, equivalente a uma média diária anual de mais de 80 milhões de euros, em dinheiro público subtraído das despesas sociais. Segundo o compromisso assumido na OTAN, a Itália terá de aumentar esta despesa para cerca de 100 milhões de euros por dia. Desde 2014, a despesa militar na Europa pertencente à OTAN cresceu vertiginosamente superando o nível da última fase da Guerra Fria.

O Secretário-Geral da OTAN, Stoltenberg, sublinha : « Os Aliados estão a fornecer à Ucrânia ajuda militar e financeira sem precedentes. A França enviará em breve mais obuses César e vários Aliados juntaram-se à iniciativa da República Checa para adquirir 800. 000 projécteis de artilharia adicionais ». A Itália, que também forneceu já a Kiev peças de artilharia pesada, participa na aquisição destes outros 800. 000 projécteis. Mais um gasto de dinheiro público pago por nós, cidadãos.

Um fardo posterior vem também do facto da Itália comparticipar todas as despesas das bases EUA-OTAN que, a partir do território italiano, desempenham papéis fundamentais de apoio às operações bélicas, da Ucrânia ao Médio-Oriente. De particular importância é o papel de Camp Darby, o maior arsenal dos EUA fora do território norte-americano. Nos últimos dias, estão a chegar dos Estados Unidos a esta base, localizada entre Pisa e Livorno, novos e mais potentes meios blindados, os quais através do porto de Livorno serão enviados de Camp Darby para a Ucrânia.

As bases dos EUA em Camp Darby, Sigonella e outras partes do território italiano apoiam também a operação de guerra no Médio-Oriente. Ali, os Estados Unidos continuam a armar Israel no âmbito de um acordo, feito pelo Presidente Obama e pelo seu Vice, Biden. Esse prevê fornecer a Israel armas no valor de 38 mil milhões de dólares, incluindo as bombas com as quais Israel está a exterminar os Palestinianos em Gaza.

Breve resumo da revista de imprensa internacional Grandangolo de 12 de Abril de 2024, Sexta-Feira, no canal da TV italiana Byoblu.

Manlio Dinucci* | Voltairenet.org | Tradução Alva

* Geógrafo e geopolítico. Últimas publicações : Laboratorio di geografia, Zanichelli 2014 ; Diario di viaggio, Zanichelli 2017 ; L’arte della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016; Guerra nucleare. Il giorno prima. Da Hiroshima a oggi: chi e come ci porta alla catastrofe, Zambon 2017; Diario di guerra. Escalation verso la catastrofe (2016 - 2018), Asterios Editores 2018.

Portugal | A PERGUNTA QUE FALTOU


Henrique Monteiro | HenriCartoon

Portugal | 25 de Abril. Ex-FP-25 veem "forças que existiam antes" a regressar

Três ex-membros das FP-25 dividem-se hoje sobre as conquistas do 25 de Abril, com alguns a considerarem que ficou por cumprir, mas convergem na ideia de que estão a regressar "forças que existiam" antes da revolução.

Em entrevista à agência Lusa, uma das poucas mulheres que pertenceu às Forças Populares 25 de Abril (FP-25) assume que as apreensões que estiveram na origem da organização - designadamente a ideia de que "os velhos senhores" do Estado Novo estavam a regressar seis anos após a revolução e de que iam a ser travados avanços para os trabalhadores - se verificam hoje, 50 anos após o 25 de Abril.

"É tão evidente, é tão evidente: temos o Chega quase no poder. Nós tínhamos razão", defende, salientando que o 25 de Abril se "cumpriu até ao 25 de Novembro [movimento militar em que se enfrentaram a esquerda radical e os moderados e que pôs fim ao período revolucionário] e, a partir daí, foi a descambar".

"O povo trabalhador está como? A saúde está como? A educação está como? Os reformados estão como? O que é que se cumpriu? Nada", critica, considerando que, nos últimos anos, se regrediu "de uma maneira assustadora" e que a juventude tem hoje muito menos consciência política.

Esta ideia é também veiculada por outro ex-membro das FP-25, julgado como dirigente da organização, que considera que o capitalismo conseguiu "anestesiar e adormecer" os trabalhadores, que têm hoje medo "de arriscar, até de fazerem greves", para não perderem as "pequenas conquistas" que alcançaram.

Passados 50 anos desde o 25 de Abril, este antigo operacional das FP-25 concorda que "falta cumprir tudo" dos ideais da Revolução, admitindo uma "dor de alma" quando olha para o estado a que chegou a sociedade portuguesa.

"Onde é que está o direito à habitação? À educação? Eles vão acabar com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que foi uma das conquistas tão nobres da nossa sociedade. A questão das reformas... Isto hoje está muito tremido", afirma.

Portugal | "ERRO GROSSEIRO" OU GOLPE DE ESTADO VIA JUSTICIALISMO?*

"Erro grosseiro". Provedora da justiça "perplexa" com Operação Influencer

A provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, manifestou-se hoje preocupada e perplexa com os casos judiciais recentes e alertou que não há poderes ilimitados e sem escrutínio, numa entrevista à Rádio Renascença hoje divulgada.

Na entrevista, quando questionada sobre a operação Influencer, a provedora ressalva que fala enquanto cidadã, jurista e professora universitária de Direito para dizer que ficou "perplexa" com o que se passou.

"Tudo indica, segundo o Tribunal da Relação, que houve erro grosseiro do Ministério Público com consequências que estão à vista de todos e que são de uma magnitude que é impossível não reparar", afirma, sublinhando que "não há em Portugal poderes não escrutináveis e sem prestação de contas".

"Não há em Portugal poderes ilimitados, não pode haver e todos estaremos de acordo com isso", disse.

Sobre o mesmo assunto, acrescentou: "Se há suspeitas sobre o primeiro-ministro de Portugal eu penso que é de senso comum que todos desejam que essas suspeitas sejam resolvidas, ou confirmadas, ou negadas! Porque a suspeita sobre o primeiro, o ex-primeiro-ministro de Portugal, é uma mancha para nós todos e é uma mancha exterior para o Estado português".

Portugal | VIVA O FUTEBOL CLUBE DO PORTO! OMESSA!

Bom dia. Este que vem a seguir é o Curto do Expresso. Vitor Matos assina no jornal de referência que é propriedade do Grupo Impresa Bilderberg Balsemista. Um mundo de informação que ainda sobrevive e que se perspectiva assim continuar, com saúde. Haja Expresso que os deuses estão de férias!

O Curto trata da revolução desportiva no FC Porto. De ninho e gerador de criminosos passou a Boas que é Vilas e André. Pinto foi reduzido à sua origem natural, o 'sim senhor' da galinha, já não porá mais ovos. Os bons filhos a casa tornam. É justo.

A abordagem do jornalista do Expresso é esfusiante e abusadora. Até pinta os cravos de azul inundados de positivismo. Deve ser milagre da Fátima que fatura aos milhões em nome da santa e do bem. É justo.

Pinto da Costa, a que chamaram Papa em tempos, passou agora a ser apelidado de Rei, talvez monarca das falcatruas e inimigo dos mouros que ele sempre amaldiçoou referindo-se aos portugueses do sul do país conquistado por D. Afonso Henriques (ainda meu familiar). Esse sim, um rei indiscutível. Um valentão de espada em riste que contrariou a mãe e os reacionários do norte, enveredando por aí abaixo à espadeirada com um exercito de homens destemidos com 'eles' (os tomates) negros, grandes e rijos. Pois, isso já lá vai. Foi quase há mil anos.

Na atualidade a guerra é outra. Os chutos nas bolas pouco contam para a felicidade devida ao povo português. Um grande amigão também do norte de Portugal sabe bem isso. Sem dúvida fez da sua lição um guia que está por cumprir pelos políticos fajutos e concentrados nos seus umbigos e/ou em interesses dos mais endinheirados: a paz, o pão, saúde, educação. Um guia para a liberdade a sério que está por cumprir após a manhã dos cravos vermelhos. Esses sim, importantes e autênticos. Sem folclores perniciosos, ausentes de reacionarismos tão alojados em muitos coios do norte de Portugal, da Europa e do Mundo. Adiante que se faz tarde e vai chover daqui a nada.

Sobre o FC Porto acabamos por agora. O "rei morreu. Viva o rei!" Daqui por uns tempos falaremos e logo veremos o que mudou para melhor e positivo graças à vitória do André Vilas Boas para presidente do FC Porto... Pinto da Costa saiu pela porta pequena, foi teimoso. Decerto estúpido, absoluto. Esses condimentos foram a razão da sua queda e da sua 'morte' enquanto dirigente. Ámen. Deixemos-lhe uns mimos de consideração pelos laivos positivos que representou. Poucos, mas o certo é que não há quem seja completamente perfeito. Azar, o Pinto foi imensamente imperfeito e construtor de "guerras" com tudo e com todos. Lucrou algumas vezes mas deixou a marca de rastos, até internacionalmente. O FC Porto não merecia isso.

Pronto. Vamos embora. Aqui deixamos uma "conversa" sobre desporto-rei, essa coisa dos chutos nas bolas. Protejam-se nas partes.

O Curto a seguir. Bom dia e umas tripas à moda do Porto, na Mamuda (ainda existe?) Se calhar agora é um McDonald's dos envenenadores globais made in EUA. Pois.

Obrigado, se chegaram até aqui. Prova de que são mesmo pacientes. Essa é uma muito boa qualidade que têm. 

Viva o FC Porto, omessa!

Leia o Curto. Vão lá. Já!

MM | Redação PG

REPRESSÃO NOS EUA

Antonio Rodríguez, México | Cartoon Movement

As universidades americanas estão a reprimir os protestos estudantis contra o bombardeamento de Gaza por Israel. Confira nossa coleção para mais desenhos animados.

Pressionar para apagar os palestinos: canadenses promovendo genocídio

Yves Engler* | Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

Para aqueles de nós que acreditam nos direitos humanos para todos, é necessário desmantelar as instituições que procuram eliminar os palestinianos. Em nome da protecção dos judeus canadianos, muitos estão a promover o apagamento cultural e físico de um povo distante.

Recentemente tem havido uma pressão para suprimir uma vestimenta tradicional palestina. Para alegria de muitos, o presidente da legislatura de Ontário proibiu os kaffiyehs da assembleia provincial.

Num sinal de apoio a esta política racista, o proeminente médico “progressista” e administrador do Conselho Escolar do Distrito de Ottawa-Carleton, Nili Kaplan-Myrth, lamentou recentemente um colega administrador que “colocou um keffiyeh”, tornando-o “não seguro para os judeus”. .

Da mesma forma, a autora Dahlia Kurtz postou sobre uma amiga que entrou em pânico quando uma funcionária da creche de seu filho usava um kaffiyeh e algo semelhante aconteceu quando o presidente de um Sindicato Canadense de Funcionários Públicos local usou a vestimenta enquanto se dirigia aos membros.

Em uma expressão particularmente odiosa desse pensamento, a citação 'Love My 7 Wood' da conta X de direita tuitou uma foto de um membro da legislatura de Alberta usando um kaffiyeh, observando: “Ela e seus colegas do NDP usam isso por um motivo e um motivo apenas. Para intimidar os judeus.” (Ao que respondi: “Toda a cultura palestina existe por uma razão e apenas uma razão. Para intimidar os judeus.”)

É responsabilidade de todos ajudar a salvar Gaza

Caitlin Johnstone* | CaitlinJohnstone.com.au | # Traduzido em português do Brasil

Penso que uma das razões pelas quais os protestos estudantis contra o genocídio de Gaza demoraram tanto tempo a ganhar força nos EUA pode ser porque demorou algum tempo até que se percebesse colectivamente que ninguém no comando está interessado em acabar com este pesadelo.

Se Trump tivesse vencido em 2020, talvez não demorasse tanto para que isso ocorresse. Os estudantes de mentalidade progressista teriam compreendido desde o início que o presidente é um imperialista imoral que mima Israel, e podemos ter assistido muito antes a estes protestos nos campi, que hoje estão a assustar os gestores do império.

Mas como era Biden e não Trump, havia a suposição de que certamente os adultos responsáveis ​​cuidariam disso. Certamente eles não vão deixar isso durar muito tempo. Certamente estão apenas a seguir uma linha diplomática cuidadosa enquanto negociam um cessar-fogo a curto prazo, como estaria a fazer qualquer governo que se preocupasse minimamente com os direitos humanos.

Demorou meio ano para que essa ilusão fosse dissipada. Meio ano para as pessoas realmente começarem a pensar: “Oh merda. Eles realmente vão continuar com essas atrocidades. Ninguém no comando se preocupa em impedir isso.” 

Meio ano para ver que ninguém na Casa Branca vai salvar Gaza, nenhum dos seus legisladores eleitos no Capitólio vai salvar Gaza, ninguém em qualquer lugar do seu governo vai salvar Gaza - nem mesmo os membros comuns do público nas gerações mais velhas vão salvar Gaza. 

Meio ano para ver que a responsabilidade de acabar com um genocídio ativo foi passada para um bando de universitários de olhos arregalados.

O que seria, obviamente, algo horrível de se perceber, e seria na verdade uma acusação profundamente chocante de toda a nossa civilização. Mas foi isso que aconteceu. E você pode ver como levaria algum tempo para que os jovens entendessem e processassem tal coisa.

E para ser claro, nenhuma parte disto deve ser aceite por ninguém. O facto de ninguém no governo mais poderoso do mundo assumir qualquer responsabilidade pelo fim da contínua atrocidade em massa em Gaza prova que o governo não merece existir e que precisa de ser completamente desmantelado de cima a baixo - incluindo e especialmente os aspectos não eleitos daquele governo que não são oficialmente reconhecidos. O facto de ter cabido a um grupo de estudantes universitários começar a causar problemas significativos a este regime genocida é obsceno e nunca deveria ter acontecido.

Esses estudantes universitários não deveriam ser responsáveis ​​por se oporem a este genocídio e, na verdade, a responsabilidade NÃO é toda deles – é nossa também. Cada um de nós é responsável por fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para acabar com este horror.

Nenhum de nós pode acabar com isso sozinho, mas todos podemos fazer algo todos os dias para ajudar a acabar com isso coletivamente. A máquina é grande e poderosa demais para que qualquer pessoa possa desferir-lhe um golpe fatal, mas todos nós podemos jogar areia em suas engrenagens para tornar cada vez mais difícil sua continuidade.

Podemos fazer isso dando a conhecer a nossa oposição de todas as maneiras possíveis e chamando a consciência pública para a selvageria sádica que está a ser perpetrada em Israel com a ajuda dos seus aliados ocidentais sob os quais vivemos. Usando qualquer meio e plataforma que possamos utilizar, podemos ajudar as pessoas a compreender as formas como os meios de comunicação imperiais têm manipulado a compreensão pública deste genocídio e minimizado a responsabilidade do seu próprio governo por isso, para que possam realmente compreender a gravidade e a urgência desta questão. . 

O império centralizado nos EUA é fortemente dependente do poder brando, o que significa que precisa de manter uma boa imagem pública para continuar a funcionar – é isso que toda a propaganda dos meios de comunicação de massa, o controlo de informação do Vale do Silício e a produção cultural dominante em Nova Iorque e Hollywood. é tudo sobre. Se um número suficiente de pessoas começar a trabalhar para destruir a imagem pública do império, espalhando a consciência da sua depravação em Gaza, este será forçado a recuar ou correrá o risco de perder a credibilidade dos sistemas de manipulação de poder brando que tanto esforço dedicou a manter ao longo dos anos.

Todas as mudanças positivas no comportamento humano, em qualquer escala, são sempre precedidas por uma expansão da consciência. Ao espalhar a consciência por toda a nossa sociedade sobre o que está a acontecer em Gaza, atiramos areia nas engrenagens da máquina assassina imperial e tornamos cada vez mais difícil que ela continue a avançar. E é nossa responsabilidade fazer exatamente isso, de todas as maneiras que pudermos.

Este mundo está tão doente porque ninguém assume a responsabilidade pelas coisas que acontecem nele. Os ricos e poderosos acumulam cada vez mais riqueza e poder, ao mesmo tempo que transferem a responsabilidade por isso para outros. Eles destroem a biosfera ao mesmo tempo que transferem as consequências para as pessoas comuns, ao mesmo tempo que nos dizem que só precisamos de andar mais de bicicleta e consumir menos para resolver o problema. Eles iniciam guerras e apoiam genocídios no estrangeiro, ao mesmo tempo que se recusam a prover os necessitados em casa, e se você reclamar, eles dizem que você só precisa votar mais forte nas próximas eleições. Eles assumem todo o poder e nenhuma responsabilidade.

Não poderemos ter um mundo saudável até invertermos esta dinâmica e, como todas as questões relativas à responsabilidade, isso significa que ela começa com o rosto no espelho. Todos precisamos de assumir a responsabilidade de dar a volta a esta catástrofe e, em 2024, isso significa começar com o genocídio que os nossos próprios governos estão a facilitar ativamente.

* O trabalho de Caitlin Johnstone é totalmente compatível com o leitor, então se você gostou deste artigo, considere compartilhá-lo, seguindo-a no FacebookTwitterSoundcloudYouTube, ou jogar algum dinheiro em seu pote de gorjetas KofiPatreon or Paypal. Se você quiser ler mais você pode compre os livros dela. A melhor maneira de garantir que você verá o que ela publica é se inscrever na lista de discussão em seu site or na subpilha, que receberá uma notificação por e-mail sobre tudo o que ela publicar. Para obter mais informações sobre quem ela é, sua posição e o que está tentando fazer com sua plataforma, clique aqui. Todos os trabalhos são de coautoria com seu marido americano Tim Foley.

* Este artigo é de CaitlinJohnstone.com.au e republicado com permissão.

EUA supostamente trabalha para impedir que o TPI emita mandado de prisão para Netanyahu

“Não há absolutamente nenhuma razão para Biden estar envolvido nisso”, disse um analista. “Mas, mais uma vez, Biden intervém para proteger Netanyahu das consequências dos crimes de guerra que comete.”

Jake Johnson* | Common Dreams | # Traduzido em português do Brasil

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está cada vez mais preocupado com o facto de o Tribunal Penal Internacional estar a preparar-se para emitir mandados de prisão contra ele e outros altos funcionários do governo por cometerem crimes de guerra na Faixa de Gaza .

O Times of Israel informou no domingo que o governo israelense, em parceria com os EUA , está “fazendo um esforço concertado para evitar” possíveis mandados de prisão do TPI, que lançou pela primeira vez a sua investigação de crimes de guerra nos territórios palestinianos ocupados em 2021.

Israel não reconhece a jurisdição do TPI e recusou-se a cooperar com a investigação. O TPI afirma ter jurisdição sobre Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Citando uma fonte não identificada do governo israelense, o The Times of Israel informou que "um dos principais focos das alegações do TPI será que Israel 'deliberadamente deixou os palestinos famintos em Gaza'". Outras autoridades que podem enfrentar mandados de prisão são o Ministro da Defesa Yoav Gallant e as Forças de Defesa de Israel. (IDF) Chefe de Gabinete Herzi Halevi.

A reportagem do Times of Israel surgiu pouco depois do jornalista israelita Ben Caspit ter escrito que Netanyahu está "sob uma tensão invulgar" sobre a possibilidade de mandados de detenção e está a liderar um "empurrão ininterrupto por telefone" para impedir a acção do TPI.

Tal como Israel, os EUA não são parte no Estatuto de Roma, que criou o TPI em 2002. O órgão jurídico tem a tarefa de investigar indivíduos e não governos.

Os EUA, o principal fornecedor de armas de Israel, opuseram-se à investigação do TPI sobre a Palestina desde o início, com o secretário de Estado Antony Blinken a dizer numa declaração de 2021 que o tribunal "não tem jurisdição sobre este assunto" porque "Israel não é parte no TPI". ."

Mas a administração Biden apoiou veementemente a decisão do TPI de emitir um mandado de prisão para o presidente russo, Vladimir Putin, por crimes de guerra cometidos na Ucrânia, embora nem a Rússia nem a Ucrânia sejam partes no Estatuto de Roma.

O governo israelita foi acusado de cometer numerosos crimes de guerra em Gaza desde o ataque liderado pelo Hamas em 7 de Outubro, incluindo genocídio , limpeza étnica e utilização da fome como arma de guerra . No final do ano passado, o grupo de direitos humanos Democracia para o Mundo Árabe apresentou agora ao TPI os nomes de dezenas de comandantes militares israelitas que se pensa terem estado directamente envolvidos em violações do direito internacional.

Relatos de uma acção potencialmente iminente do TPI provocaram alarme entre os conservadores nos Estados Unidos.

O presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson (R-La.), Escreveu nas redes sociais na sexta-feira que o tribunal deveria "deveria se retirar imediatamente".

Num editorial publicado no mesmo dia, o The Wall Street Journal sugeriu que os EUA e o Reino Unido poderiam "arriscar-se a encontrar americanos e britânicos sob a mira de armas" se não alertarem o promotor do TPI, Karim Khan, contra a emissão de mandados de prisão para autoridades israelenses. Organizações de direitos humanos e especialistas jurídicos disseram que Biden e outras autoridades dos EUA poderiam ser responsabilizados perante o direito internacional se continuarem a apoiar a guerra de Israel em Gaza.

"A candidatura do Sr. Khan foi defendida pelo seu país natal, a Grã-Bretanha, e apoiada pelos EUA", continua o editorial do Journal , "portanto, ambos os países podem ter influência se avisarem o Sr. Khan sobre o que acontecerá se ele prosseguir".

O Times of Israel observou no domingo que, de acordo com relatos de vários meios de comunicação israelenses, os EUA são “parte de um último esforço diplomático para impedir que o Tribunal Penal Internacional emita mandados de prisão contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outras autoridades israelenses”.

Trita Parsi, vice-presidente executiva do Quincy Institute for Responsible Statecraft, argumentou no domingo que “não há absolutamente nenhuma razão para Biden estar envolvido nisso”.

“Mas, mais uma vez”, acrescentou Parsi, “Biden intervém para proteger Netanyahu das consequências dos crimes de guerra que comete, com os quais Biden afirma estar pessoalmente frustrado”.

* Jake Johnson é editor sênior e redator da Common Dreams.

Ler/Ver em Common Dreams:

Memorando vazado do Departamento de Estado: Garantias israelenses 'nem credíveis nem confiáveis'

Repulsa saúda jantar de correspondentes na Casa Branca enquanto Israel mata jornalistas em Gaza

Ex-alunos da Columbia Climate School criticam a 'repressão violenta' dos protestos de solidariedade em Gaza

domingo, 28 de abril de 2024

Angola | Ingerência Fatal no Combate à Corrupção – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O Presidente João Lourenço, num gesto inaudito que só tem paralelo com os nazis de Telavive, qualificou como ingerência o parecer da ONU sobre a prisão e julgamento do empresário Carlos São Vicente. Netanyahu repete, vezes sem conta, que a ONU apoia o terrorismo. A ONU é conivente com o HAMAS. A ONU é antissemita. A ONU é inimiga de Israel. Os seus ministros de extrema-direita, pelo menos um deles, condenado por terrorismo, fazem as mesmas acusações. Iguais, sem tirar nem pôr, às que faziam os fascistas e colonialistas de Lisboa durante os genocídios da Guerra Colonial, em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique. Exactamente os mesmos argumentos dos racistas de Pretória.

Um parecer do Conselho de Direitos Humanos da ONU não é uma ingerência. Pelo contrário. É uma ajuda. Um abanão para despertar consciências. Um contributo para a necessária mudança de rumo que está a ser seguido em Angola e vai dar ao abismo. 

O Presidente João Lourenço sabe, seguramente, que foi muito difícil colocar Angola no palco internacional. Foi necessário lutar muito para que a República Popular de Angola fosse admitida na ONU em Dezembro de 1976, mais de um ano após a Proclamação da Independência Nacional. Graças à excelência da Diplomacia Angolana e particularmente do ministro das Relações Exteriores da época, José Eduardo dos Santos. Foi na sua presença que a Bandeira Nacional subiu no mastro da sede da ONU em Nova Iorque. 

Em 2024, o Chefe de Estado acusa a ONU de ingerência, porque o Conselho de Direitos Humanos, apreciado o processo de Carlos São Vicente, considerou que a sua prisão é arbitrária e o seu julgamento está inquinado de graves ilegalidades. A mesma ONU cujo Conselho de Segurança, em Dezembro de 1976, recomendou à Assembleia Geral, através da Resolução 397/76, com votos favoráveis da maioria dos membros permanentes do Conselho de Segurança, a admissão da República Popular de Angola. EUA votaram contra. 

Angola foi eleita para o Conselho de Direitos Humanos da ONU no biénio 2018-2020. Em 2024, como emitiu um parecer que desagrada ao chefe, fez uma ingerência! Angola já esteve no Conselho de Segurança por duas vezes. A primeira, entre 2003-2004, presidiu ao órgão. Voltou em 2015-2016 como membro não permanente. Também foi ingerência, Presidente João Lourenço?

Angola | O Fácies Hipocrático ou Cadavérico -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

A turma do chefe Miala obriga-me a trabalho extra. O coronel na reforma e médico dos rins, Matadi Daniel, ontem pôs a circular um comunicado no qual me ofende gravemente. Atenta contra a minha honra pessoal e profissional. Atira-me aos bichos.

Hoje o Club K, território da Irmandade Africâner e de outros reformados do racismo, publica o texto ofensivo com uma introdução onde afirma que publiquei um artigo de opinião no Novo Jornal, em julho de 2022, com expressões ofensivas como estas: "Coronel Reformado da Honra", "Matadi Daniel, Exemplo Acabado do Triunfo dos Porcos/PORCALHÃO", "Matadi Daniel, um Carniceiro, Um Porco Sujo, Um Canalha”.

Nunca publiquei textos no Novo Jornal. Nunca publiquei nada sobre Matadi Daniel em qualquer órgão de comunicação social de Angola ou do mundo. Não insultei nem ofendi o senhor coronel reformado e médico dos rins. Nem o conheço. Só soube da sua existência quando no Tribunal de Gaia, em Novembro de 2023, me foi lida uma queixa sua contra mim.

Quem publicou um texto de opinião no Novo Jornal, em Julho de 2022, foi o senhor coronel na reforma e médico dos rins, Matadi Daniel. O Presidente José Eduardo dos Santos foi internado nos cuidados intensivos de uma clínica de Barcelona. A turma do chefe Miala na comunicação social recebeu ordens para especular sobre o estado de saúde do anterior Chefe de Restado. E foi um fartar vilanagem. A esse coro ignóbil juntou-se o autor do comunicado insultuoso e ofensivo para a minha pessoa, que ontem foi posto a circular. 

Nesse texto de Julho de 2022, o senhor coronel reformado escreve coisas inacreditáveis que até aos bêbados da valeta ficavam mal. O médico dos rins fala publicamente das doenças de José Eduardo dos Santos e garante que no doente “é notório o seu fácies hipocrático ou também designado fácies cadavérico”. Revela pormenores físicos do doente. Mas também escreve isto sobre a clínica onde o Presidente José Eduardo dos Santos foi internado de urgência: “No Centro Médico Teknon de Barcelona, uma consulta de clínica geral custa a módica quantia de 520 euros e um internamento diário na Unidade de Cuidados Intensivos, custa entre os 7.500 e os 8.000 euros”.

Angola | O 25 de Abril dos Dembos -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O País dos Dembos esteve em guerra entre 1872 e 1919. Os pombeiros e funantes de Luanda pagavam portagens para irem comercializar a terras de Ambaca e ao Reino do Congo. Lisboa decidiu submeter o território numa guerra sangrenta. Quem defende que a Revolução do 25 de Abril começou com os Movimentos de Libertação das antigas colónias portuguesas, esqueceu os heróicos guerreiros mubires e hungus.  E os Capitães de Abril Caculo Kahenda, N´Gombe Amukiama e Cazuangongo, que tinha a cidadela na Pedra Verde, o “Ninho da Águia”.

Cazuangongo atacou, ocupou e saqueou o Porto do Sassa. Dizimou as tropas portuguesas. Confiscou os canhões de bronze que levou para a cidadela real, já de si inexpugnável. Sucessivas derrotas levaram o governo de Lisboa a criar uma força poderosa para submeter os Dembos. O comando dessas tropas foi Gomes da Costa (chegou a marechal), acabado de chegar das campanhas militares no Sul de Angola. Até levava metralhadoras! Foi derrotado. Regressou a Luanda, roto e descalço, com meia dúzia de sobreviventes. Um desastre. Só em 1919 as tropas portuguesas derrotaram o último Dembo em guerra, Cazuangongo.

Os Movimentos de Libertação das antigas colónias portuguesas deram um contributo inestimável à libertação do Povo Português. O Movimento das Forças Armadas (MFA) deu um contributo decisivo à libertação dos povos da Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique e Timor Leste. Cada povo no seu território conduziu a luta da sua libertação. Todos ajudaram todos. A História regista que o MPLA, desde 1956, ergueu a Bandeira da Liberdade e foi exemplo a seguir em Angola, nas restantes colónias e também em Portugal.

Em Portugal, uma organização política teve o mesmo papel do MPLA, o Partido Comunista Português. Sem o seu contributo, os povos libertados com o 25 de Abril de 1974 teriam mais dificuldades para derrotarem o fascismo e o colonialismo.

A História regista que na sequência do golpe militar de 28 de Maio de 1926, o Povo Português ergueu-se em armas contra a ditadura. Anarquistas e comunistas lutaram e morreram pela Liberdade. A luta armada em Portugal inspirou os fundadores do MPLA nos anos 50. Mas antes do nascimento do movimento libertador, em 10 Dezembro de 1956, há registo de revoltas armadas em Portugal. Adelino Tavares da Silva, jornalista do Jornal do Congo e que acabou a sua carreira profissional no Diário de Luanda, participou numa revolta armada em Portugal, antes da fundação do MPLA. Antes da existência dos movimentos de libertação das colónias.  

Nestes 50 anos do 25 de Abril perdoem-me se invoco a figura de meu Pai que foi julgado e condenado no Tribunal Militar do Porto porque em 1937 participou no atentado à bomba contra Salazar. Forneceu os explosivos, adquiridos clandestinamente em Espanha.

Ataques por terra, mar e ar mergulham Faixa de Gaza numa catástrofe

O exército israelita revelou hoje novos ataques e operações na Faixa de Gaza por terra, mar e ar contra alegados alvos do grupo Hamas, após 205 dias de ofensiva militar que criaram condições de vida "atrozes" para a população.

Os caças do exército israelita atacaram e "desmantelaram com precisão os locais de lançamento prontos a disparar contra o território israelita", refere um comunicado do exército, acrescentando que as forças armadas continuam a operar no centro de Gaza.

"Nas últimas horas, caças e outros aviões atacaram dezenas de alvos terroristas, incluindo infraestruturas terroristas, locais de lançamento, terroristas armados e postos de observação", refere o comunicado militar, sublinhando que a marinha israelita se juntou a estes ataques com "apoio de fogo" e assistência às forças terrestres.

Desde o início da guerra, em 07 de outubro, mais de 34.300 palestinianos foram mortos, na sua maioria crianças e mulheres, na ofensiva implacável de Israel, na qual morreram 260 soldados israelitas.

Sem desvendar mais pormenores ou locais, o exército diz que os aviões mataram "vários" combatentes suspeitos perto das tropas e que os aviões e a artilharia mataram outro grupo de combatentes que operavam no centro da Faixa de Gaza.

Para o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), estes contínuos "bombardeamentos israelitas a partir do ar, terra e do mar em vastas zonas da Faixa de Gaza" estão a resultar em "mais vítimas civis, deslocações e destruição de casas e outras infraestruturas civis".

O porta-voz do Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, descreveu esta semana as condições de vida em Gaza como "terríveis" e alertou para o facto de se agravarem com a subida das temperaturas e a crescente dificuldade de acesso a água potável, uma vez que os ataques israelitas provocaram o colapso do sistema de tratamento de água potável.

Estes ataques ocorrem no momento em que o Hamas analisa a última proposta de trégua em Gaza apresentada por Israel, que continua a insistir, apesar das pressões da comunidade internacional, na sua determinação de invadir Rafah, no extremo sul do enclave palestiniano, onde se aglomeram cerca de 200.000 habitantes e 1,2 milhões de pessoas deslocadas.

A coordenadora humanitária e de reconstrução das Nações Unidas para Gaza, Sigrid Kaag, advertiu em 24 de abril o Conselho de Segurança da ONU de que uma eventual incursão terrestre em Rafah "agravaria a catástrofe humanitária em curso, com consequências para as pessoas já deslocadas e que suportam graves dificuldades e sofrimentos".

Jorge Fonseca | Notícias ao Minuto | Imagem: © Lusa

Para libertar espaço nas prisões, Ben-Gvir sugere execução de detidos palestinos

Al Mayadeen | # Traduzido em português do Brasil

O Ministro da Polícia israelita afirma que impor a pena de morte aos detidos palestinianos é a “solução certa” para resolver o problema da sobrelotação nas prisões.

O ministro da Polícia israelense, Itamar Ben-Gvir, propôs quinta-feira a execução de detidos palestinos como forma de lidar com a superlotação nas prisões de ocupação israelense.

Numa publicação no X, Ben-Gvir afirmou que impor a pena de morte aos detidos palestinos é a “solução certa” para o que ele descreveu como “o problema do encarceramento”.

Os seus comentários foram feitos depois de as autoridades israelitas terem aprovado o seu plano para construir aproximadamente 936 espaços prisionais adicionais para detidos palestinianos. 

“A construção adicional permitirá que o serviço penitenciário receba mais palestinos e trará uma solução parcial para a crise penitenciária”, escreveu Ben-Gvir.

As autoridades de ocupação israelitas já tinham declarado estado de emergência em algumas prisões devido à sobrelotação significativa.

Anteriormente, o ministro israelita tinha apelado à execução diária dos detidos palestinianos mais antigos por cada dia que um prisioneiro israelita permanece detido pela Resistência Palestiniana na Faixa de Gaza.

De acordo com uma declaração emitida pelo Gabinete de Comunicação Social do Governo em Gaza, mais de 5.000 palestinianos foram raptados pelas forças de ocupação israelitas durante a invasão em curso da Faixa sitiada.

A declaração sublinhava que os detidos palestinianos estavam a ser submetidos “aos piores tipos de tortura” nas prisões de ocupação israelita.

Por sua vez, a organização de direitos palestinianos Addameer destacou, por ocasião do Dia dos Prisioneiros Palestinianos, que “Israel” está detendo 9.500 presos políticos palestinianos, incluindo 3.660 detidos administrativos, 56 jornalistas, pelo menos 80 mulheres, mais de 200 crianças e 17 membros. do Conselho Legislativo, excluindo os de Gaza.

Ler/Ver em Al Mayadeen:

Dia dos Prisioneiros Palestinos: Palestinos violados e negados direitos básicos

Netanyahu teme mandado de prisão do TPI: mídia israelita

Al Mayadeen | # Traduzido em português do Brasil

De acordo com Maariv, Netanyahu está a contactar, de forma privada, os Estados Unidos da América para impedir a emissão de um mandado de detenção pelo Tribunal Penal Internacional.

Fontes indicaram que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está preocupado com a potencial emissão de um mandado de prisão contra ele pelo Tribunal Penal Internacional, noticiou o jornal israelita Maariv .

O jornal noticiou que Netanyahu manteve discussões privadas com os Estados Unidos para impedir que o Tribunal Penal Internacional emitisse um mandado de prisão. Também indicou a crença predominante de que “a emissão do mandado de prisão é inevitável e pode implicar não apenas Netanyahu, mas também o Ministro da Segurança e o Chefe do Estado-Maior”.

No início desta semana, o general da reserva israelense Itzhak Brik  disse num artigo de opinião publicado pelo jornal israelense Maariv que “ Israel deveria declarar o fim da guerra porque realmente perdeu”. Ele acrescentou que o verdadeiro circo que colocou em perigo a ocupação foi a coligação de Netanyahu, Gantz, Gallant e Halevi.

Ler/Ver em Al Mayadeen:

Hezbollah publica imagens de emboscada catastrófica contra forças israelenses

Hezbollah responde três vezes ao massacre israelense e deixa Merkava preso

BLOG DE GAZA: Soldado israelita ferido em Meron | Biden enfrenta protestos

Novos ataques aéreos em Gaza | Lapid: Retorno de Cativos – Dia 205

Pela equipe do Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

Um soldado israelense foi ferido em um lançamento de foguetes do Hezbollah na área de Meron, enquanto o norte esquentava. 

O presidente dos EUA, Joe Biden, supostamente usou a entrada dos fundos da Casa Branca em um esforço para evitar os manifestantes anti-guerra. 

Lapid disse que, se fosse primeiro-ministro israelense, rejeitaria a invasão de Rafah para devolver os cativos. 

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 34.454 palestinos foram mortos e 77.575 feridos no genocídio em curso de Israel em Gaza, iniciado em 7 de outubro.

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ULTIMAS ATUALIZAÇÕES

Domingo, 28 de abril, 13h15 (GMT+2)

HEZBOLLAH: Bombardeamos a posição de Al-Baghdadi na Alta Galiléia com projéteis de artilharia, e que ele conseguiu um ataque direto como resultado desse bombardeio.

MINISTÉRIO DA SAÚDE DE GAZA: 34.454 palestinos foram mortos e 77.575 feridos no genocídio em curso de Israel em Gaza, iniciado em 7 de outubro.

BRIGADAS DE AL-QUDS: Bombardeamos a instalação militar de Fajjah, a leste de Gaza, com uma salva de mísseis.

Domingo, 28 de abril, 12h (GMT+2)

AL-JAZEERA: As forças de ocupação israelenses realizaram um ataque à cidade de Aita al-Shaab, no sul do Líbano.

CANAL 12: Um foguete disparado do norte de Gaza explodiu em uma área aberta no Kibutz Olumim.

Domingo, 28 de abril, 11h30 (GMT+2)

CANAL 12: Um foguete foi disparado do norte de Gaza e explodiu em uma área aberta no Kibutz Olumim.

FM FRANCESA: Procuramos evitar a guerra entre o Hezbollah e Israel.

YEDIOTH AHRONOTH: Um soldado israelense foi ferido em um ataque a Meron, no norte de Israel.

Domingo, 28 de abril, 10h (GMT+2)

CANAL 12: Mandados de prisão de Haia são hipocrisia.

WAQF ISLÂMICO: Mais de 600 colonos e extremistas invadiram os pátios da mesquita de Al-Aqsa desde a manhã do sexto dia da Páscoa judaica.

MÍDIA PALESTINA: Houve um bombardeio de artilharia israelense nas áreas orientais das cidades de Rafah e Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.

LAPID (para a rádio israelense): “Se eu fosse primeiro-ministro, rejeitaria uma operação em Rafah em troca do retorno das pessoas sequestradas”.

AL-JAZEERA: Sirenes soaram na Alta Galiléia, perto da fronteira com o Líbano.

Domingo, 28 de abril, 07h00 (GMT+2)

MÍDIA DOS EUA: A polícia dos EUA prendeu dezenas de manifestantes que rejeitaram a guerra em Gaza depois de tentarem realizar uma manifestação no campus da Universidade de Washington em St. Louis, Missouri.

Domingo, 28 de abril, 03h00 (GMT+2)

MÍDIA DOS EUA: Ativistas que rejeitam a guerra israelense em Gaza manifestaram-se em frente ao hotel que hospeda a festa anual dos correspondentes da Casa Branca em Washington, gritando slogans denunciando o genocídio e o apoio americano à guerra.

MÍDIA PALESTINA: Aviões de guerra israelenses lançaram dois ataques às cidades de Al-Zawaida e Al-Mughraqa, no centro da Faixa de Gaza.

AL-JAZEERA: Aviões de guerra israelenses lançaram 6 ataques às cidades de Maroun al-Ras e Tayr Harfa, no sul do Líbano.

Domingo, 28 de abril, 02h00 (GMT+2)

REUTERS: Funcionários do Departamento de Estado dos EUA disseram ao secretário de Estado, Antony Blinken, em um memorando interno, que encontraram evidências confiáveis ​​de que Israel não está usando armas dos EUA de acordo com o direito humanitário internacional.

HEZBOLLAH: Bombardeamos o assentamento de Meron e os assentamentos vizinhos na Alta Galiléia com dezenas de foguetes Katyusha em resposta aos ataques inimigos.

Campanhas de recrutamento não funcionam na Ucrânia – maioria dos jovens fogem

Há cada vez menos jovens com vontade de fazer parte do exército

Na Ucrânia, as filas que se formaram à porta dos centros de recrutamento após o início da invasão russa desapareceram. As campanhas de recrutamento já não funcionam e o exército está a fazer um recrutamento forçado.

A contraofensiva falhada do verão passado, combinada com a estagnação da ajuda ocidental, colocou os militares ucranianos na defensiva. 

Agora, a necessidade de retirar as tropas exaustas dos combates depara-se com uma crescente escassez de mão de obra. As forças armadas da Ucrânia precisam de mais combatentes. O Estado-Maior do país solicitou a mobilização de 500.000 homens adicionais para se juntarem as 1,1 milhões de efetivos militares.

"Temos pela frente a tarefa de libertar toda a Ucrânia, incluindo o Donbass e a Crimeia, até chegar às fronteiras de 1991. A tarefa é ambiciosa e, infelizmente, sem uma mobilização adicional, sem novos irmãos, não seremos bem sucedidos", lamenta Yuri (apelido não indicado por razões de segurança), comandante do exército. 

Mas há cada vez menos jovens com vontade de fazer parte do exército.

"A mobilização é algo muito mau. As pessoas estão a perder os seus entes queridos, e isso é terrível. Não se pode fazer isso. A mobilização forçada não é aceitável", defende Seva, um jovem ucraniano com 17 anos.

Nos colégios internos militares para jovens a partir dos 15 anos a motivação é maior. Alguns deles, como Olesia, perderam os pais na guerra. A jovem de 16 anos diz que é "_preciso lutar juntos para ter liberdade e para destruir os inimigos, como a Rússia". _

As autoridades ucranianas estabeleceram o objetivo de reforçar a mobilização a partir do final de 2023. O Governo apresentou um projeto de lei sobre as novas regras de mobilização, incluindo a introdução de convocatórias eletrónicas e a atribuição à polícia do direito de deter e levar os infratores para os centros de alistamento militar. Mas o projeto causou polémica entre os deputados e foi enviado para revisão.

Euronews | Imagem AP

KIEV TRAZ O CAOS PARA A EUROPA

South Front | # Traduzido em português do Brasil - com vídeo

Enquanto os militares russos capturam um reduto ucraniano após outro nas linhas da frente, a NATO está a juntar dinheiro para manter vivo o regime de Kiev. Entretanto, a Ucrânia está a caçar os seus próprios cidadãos, numa tentativa de encontrar mais bucha de canhão para o moedor de carne da guerra.

Bandeiras russas são hasteadas em um assentamento recém-capturado após outro. Só nos últimos dias, o rápido avanço russo resultou no controlo de três aldeias estrategicamente importantes a norte de Avdeevka. Nenhuma implantação de reforços adicionais, incluindo unidades equipadas com tanques Abrams fabricados nos EUA, ajudou a manter a defesa a oeste de Avdeevka. Todas as principais fortalezas já caíram. Se o comando militar ucraniano não permitir a retirada das tropas restantes da periferia norte de Berdychi, este campo de batalha provavelmente se transformará em outra vala comum.

Os militares russos também venceram outra batalha pesada na direção sul de Donetsk. As forças russas ganharam posição na fábrica de refratários em Krasnogorovka. Esta grande instalação foi transformada no principal reduto do exército ucraniano na área, que para se fortalecer foram enviados grandes recursos. A bandeira russa sobre a usina pode se tornar um ponto de viragem na batalha pela cidade, que está localizada nas colinas e oferece controle de fogo sobre uma grande área circundante.

O ritmo do avanço russo em diferentes direcções marca fissuras em toda a defesa ucraniana no Donbass e o esgotamento das forças armadas ucranianas.

Nenhum apoio militar do Ocidente poderia ajudar o exército ucraniano a recuperar a iniciativa, mas apenas prolongar a sua agonia. Sofrendo pesadas perdas, Kiev enfrenta uma grave escassez de mão de obra. Enquanto os comissários militares procuram motoristas para os tanques Leopard e Abrams nas ruas, Kiev está a tomar medidas impopulares à procura de algumas formas legais de expandir a mobilização. Em Maio, uma nova lei entrará no poder e permitirá a Kiev levar mais jovens, idosos e pessoas com deficiência para a frente. Violando a Constituição, Kiev não permite que potenciais soldados se escondam na Ucrânia ou no estrangeiro. A Ucrânia suspendeu todos os serviços consulares a homens em idade militar que viviam no estrangeiro.

A política de Kiev pode ajudar a encontrar mais bucha de canhão, mas tem consequências mais importantes a longo prazo, principalmente para os Estados europeus que já sofrem com o mau controlo da migração. Expulsos do campo jurídico, centenas de milhares de ucranianos têm todas as hipóteses de fortalecer as prósperas estruturas criminosas na Europa.

Ler/Ver em South Front:

NATO paga para prolongar a agonia da Ucrânia

Israel contra-ataca contra o Irã

Prepare-se para a nova ofensiva russa

Locais dos grupos de ataque de transportadoras dos EUA – 23 de abril de 2024

O PAÍS DA "LIBERDADE"

Rucke Souza, Brasil | Cartoon Movement

O APOIO MILITAR DO REINO UNIDO AO GENOCÍDIO DE ISRAEL FOI PRÉ-PLANEADO


Ao ajudar os ataques em massa de Israel aos palestinianos em Gaza, a Grã-Bretanha está a implementar um acordo assinado abertamente com a coligação de extrema-direita de Netanyahu – que tem sido quase totalmente ignorado pelos meios de comunicação nacionais do Reino Unido.

Mark Curtis | Declassified UK | # Traduzido em português do Brasil

“A relação bilateral nunca foi tão forte”, começou um “ Roteiro ” histórico assinado pela Grã-Bretanha e Israel em Março do ano passado.

O acordo comprometeu os dois estados a “enfrentar ameaças partilhadas” como parte de uma “estreita parceria estratégica, com ampla cooperação em defesa e segurança”.

Londres e Tel Aviv também se comprometeram a “tomar ações decisivas e concertadas contra terroristas e entidades terroristas globalmente designadas”, um aceno ao Hamas e ao Hezbollah. 

Isto fez parte de “uma relação de defesa forte e em evolução” que “consagra a formação e exercícios conjuntos contínuos que continuarão a beneficiar ambos os países através do fortalecimento dos laços militares”.

Em apenas sete meses, o Roteiro estava a ser definitivamente posto em prática. O Declassified documentou uma série de apoio militar do Reino Unido a Israel durante a invasão de Gaza.

Desde o início do ataque, a Força Aérea Real realizou dezenas de missões de espionagem sobre Gaza e pelo menos seis militares israelitas receberam formação no Reino Unido.

Nove aviões militares israelenses visitaram o Reino Unido, com o governo britânico recusando-se a dizer o que havia a bordo. O Declassified também descobriu que os militares dos EUA têm fornecido armas a Israel usando a base do Reino Unido em Chipre. 

Nada disto perturbou a mídia nacional do Reino Unido. Mas tudo isto é consistente com os compromissos contidos no Roteiro.

Este mês, a RAF até voou em defesa de Israel, abatendo drones do Irão – que foram lançados em retaliação ao ataque ilegal de Israel ao consulado do Irão em Damasco, na Síria.

Numa secção separada sobre o Irão, o Roteiro afirma que “trabalhamos em estreita colaboração para combater a actual ameaça do Irão” e que “procuraremos combater a actividade regional desestabilizadora do Irão”. 

“Trabalharemos para garantir que o Irão nunca tenha capacidades nucleares”, acrescenta o acordo entre as duas potências nucleares.

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