quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Eles podem esperar à vontade, enquanto Netanyahu trabalha – e erra

Alastair Crooke* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Netanyahu está no meio de “uma campanha”. Não é uma campanha eleitoral, porque ele não tem nenhuma chance real de sobreviver a uma eleição.

Numa pequena sala mal iluminada em Gaza, foi possível discernir primeiro a cadeira de rodas peça de museu, e depois a figura encolhida e amarrotada da figura paraplégica que a ocupava. De repente, um guincho estridente pareceu ser emitido da cadeira de rodas; o aparelho auditivo do ocupante enlouqueceu e continuou a gritar em intervalos regulares durante minha visita . Perguntei-me o quanto o ocupante da cadeira poderia ouvir, com um fone de ouvido tão mal ajustado.

Instalado na discussão, percebi que, deficiente ou não, seu estado mental era mais afiado que uma faca. Ele era duro como pregos; tinha um humor seco e seus olhos brilhavam perpetuamente. Ele estava claramente se divertindo – exceto quando lutava com os assobios e gritos do seu aparelho auditivo. Como foi que tal carisma estava contido em uma figura tão pequena?

Este homem numa cadeira de rodas e com um fone de ouvido frágil – Sheikh Ahmad Yasin – foi o fundador do Hamas.

E o que ele me disse naquela manhã veio derrubar o mundo islâmico hoje.

O que ele disse foi: “O Hamas não é um movimento islâmico. É um movimento de libertação, e qualquer pessoa, seja cristã ou budista – ou mesmo eu – poderia aderir a ele. Todos fomos bem-vindos”.

Por que esta fórmula simples foi de alguma forma tão significativa e ligada aos acontecimentos de hoje?

Bem, o ethos de Gaza, naquela época (2000-2002), era predominantemente o do islamismo ideológico . A Irmandade Muçulmana Egípcia estava profundamente enraizada. Não era então um movimento de resistência em si – era capaz de violência, mas o seu foco principal era o trabalho social e a governação não corrompida. Queria mostrar quão bem poderia governar.

‘A FOME ESTÁ EM TODA A PARTE’ – Vozes de Gaza

Abdallah Aljamal– Gaza | Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

“Não há farinha nem água nos campos do centro da Faixa de Gaza. Mesmo que a farinha esteja disponível, o seu preço excede cerca de 15 vezes o seu preço real. Não há dinheiro para o povo e a chuva agrava o sofrimento de todos.” 

Pouco depois de um cessar-fogo humanitário de curta duração, as forças de ocupação israelitas invadiram a cidade de Khan Yunis, no sul de Gaza, isolando a rua Salah al-Din e separando o centro e o sul da Faixa de Gaza. 

Os refugiados estão por toda parte 

Mohammed Al-Khatib, um jovem residente em Gaza, descreveu o sofrimento vivido pelos residentes da área:

“Durante mais de 70 dias, fomos sujeitos a bombardeamentos intensos e brutais na Faixa de Gaza. Dezenas de milhares de pessoas deslocadas procuraram refúgio em campos no centro da Faixa de Gaza. Os deslocados estão por toda parte e não há comida nem água. O perigo de epidemias e doenças ameaça a todos.”

Morrendo de fome 

Musa Al-Dalasah, outro jovem residente de Gaza disse: 

“A ocupação cortou a rota da ajuda humanitária. Cada casa que foi poupada ao bombardeamento israelita no centro da Faixa de Gaza acolhe agora dezenas de pessoas deslocadas. Sofremos com a escassez de água e alimentos, com a ausência de segurança e com um número crescente de animais vadios que foram separados das suas famílias.

“Aqueles que não morreram devido aos bombardeamentos israelitas acabam por morrer de fome e sede. As doenças estão se espalhando devido aos milhares de corpos em decomposição que ficam presos sob os escombros de casas destruídas. As equipes da Defesa Civil não conseguem recuperar os corpos por falta de combustível para operar as máquinas necessárias para movimentar o concreto. O esgoto cobre as ruas dos campos no centro da Faixa de Gaza.”

BLOG DE GAZA: Lutas ferozes em Jabaliya | Apagão de comunicação em Gaza

Massacres no Norte e no Sul | Oficiais israelitas mortos – DIA 76

Pela equipe do Palestine Chronicle  | # Traduzido em português do Brasil

Muitos palestinos teriam sido mortos no campo de refugiados de Jabaliya em bombardeios e ataques israelenses. Os militares israelitas, no entanto, estão a impedir que médicos e trabalhadores da defesa civil cheguem aos feridos.

O bombardeio israelense em várias partes da Faixa sitiada também continuou, com centenas de mortos e feridos.

O exército israelita anunciou o assassinato de vários dos seus oficiais e soldados em combates ferozes em Khan Yunis.

ULTIMAS ATUALIZAÇÕES:

Quinta-feira, 21 de dezembro, 17h25 (GMT+3)

CORRESPONDENTE DA CRÔNICA DA PALESTINA:

As forças de ocupação israelenses explodiram várias casas na cidade de Bani Suhaila, a leste da província de Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza.

O exército israelita explodiu toda a área da Mesquita Palestina, no bairro de Al-Rimal, depois de ter estado ali estacionado durante um mês inteiro.

FM RUSSA: O Ocidente não está pronto para implementar a solução de dois Estados.

WASHINGTON POST: Não há evidências de que o Hamas tenha usado o Hospital Al-Shifa como centro de comando e controle.

AL-JAZEERA: Sirenes soaram no assentamento de Margaliot, na fronteira com o Líbano, e em várias áreas da Galiléia Ocidental.

Quinta-feira, 21 de dezembro, 16h (GMT+3)

WASHINGTON POST (citando autoridade dos EUA): Os Estados Unidos não concordarão em excluir Israel da inspeção da ajuda a Gaza.

CNN (citando análises da inteligência dos EUA): A credibilidade e a influência do Hamas cresceram significativamente desde a operação militar de 7 de Outubro.

HAARETZ: Cinco israelenses ficaram feridos como resultado da queda de mísseis antitanque na fronteira norte.

BRIGADAS DE AL-QASSAM: Alvejamos soldados de ocupação perto de um tanque israelense na área de Al-Mughraqa, no centro da Faixa de Gaza, com um míssil antipessoal.

Angola | O Discurso da Desgraça e as Forças Ocultas -- Artur Queiroz


Artur Queiroz*, Luanda

O discurso de João Lourenço na reunião ordinária do comité central do MPLA tem um ponto fraco que merece especial atenção, porque se confunde com as atoardas das redes sociais e dos “portais”. A insinuação e a manipulação não podem suportar uma mensagem política à direcção do partido. E estavam presentes 640 dirigentes. Não sei se a questão foi discutida à porta fechada mas sei que merece uma reflexão pública.

O líder do MPLA afirmou: “Há forças que financiam pessoas, organizações e partidos políticos visando derrubar o MPLA”. E existem “conhecidas forças retrógradas da nossa sociedade que, ao invés de aplaudir e encorajar as instituições engajadas nesta luta sem tréguas preferem dizer que não se está a fazer nada”. Este comportamento “visa distorcer a realidade dos factos enquanto ao mesmo tempo essas pessoas, organizações ou partidos políticos fizeram uma clara aliança com aqueles que durante anos utilizaram em grande escala o erário e bens públicos em benefício próprio”.

Ponto de ordem. Ninguém diz que nada se faz no combate à corrupção. Faz sim. Mas o “combate” é contra alguns. Acontece que são todas e todos conotados com o Presidente José Eduardo dos Santos. Ou pobres funcionários públicos que se deixam corromper por 150 mil Kwanzas. Há uma “casta real” corrupta que escapa ao combate e beneficia de total impunidade. É isso que se diz e escreve. E não vejo que essas opiniões venham de “forças retrógradas”. Se o líder do MPLA quiser, posso fornecer-lhe uma lista de corruptos impunes.

Este é o estilo da turma de Fernando Garcia Miala. Os dirigentes do MPLA precisam de saber quais são as forças que financiam pessoas para derrubar o MPLA. E quem são as pessoas financiadas. Quais são as organizações financiadas por essas forças. Quanto aos partidos, é apenas um, a UNITA. Os pataratas do Bloco Democrático venderam a alma ao diabo savimbista, já não contam como partido autónomo. O PRA-JA (Servir Angola) não existe por falta de clientelas. Os restantes partidos com representação na Assembleia Nacional não querem derrubar nada. Lutam abnegadamente pela existência.

Quanto às forças que querem derrubar o MPLA, são bem conhecidas desde o dia 4 de Fevereiro de 1961 e sobretudo depois de 11 de Novembro de 1975. Em 1974, constituíram a mais reacionária e agressiva coligação que alguma vez se formou à superfície da Terra. O Povo Angolano, sob a direcção do MPLA, derrotou essas forças nos campos de batalha. E depois nas eleições multipartidárias ao esmagar a UNITA.

Angola | Economia de Mercado a Sério -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Hoje fui penetrado pelo espírito de Natal. Transpiro felicidade e sou concórdia. Ouvi o líder do MPLA na reunião ordinária do comité central e fiquei deslumbrado. Afinal estava certo. Os quase 700 dirigentes foram chamados à direcção para reforçarem as ligações do partido às bases. João Lourenço hoje lançou essa palavra de ordem: Todos para as bases. Todos para as comunidades! Que seja ouvido, depressa e bem. Para bem do Povo Angolano.

O líder do partido fez uma declaração solene: Estamos a construir uma verdadeira economia de mercado! Fiquei desvanecido. Mas fui assaltado por muitas dúvidas e saltaram-me à boca várias interrogações. O MPLA decidiu liquidar a democracia popular e aderir à democracia representativa. Excomungou o socialismo e aderiu à economia de mercado. Mas não foi conversa afiada. Foi a sério. Verdade verdadeira!

O Estado era dono de tudo e mais alguma coisa. Privatizou tudo o que tinha e o que estava para ter. Unidades industriais entregues a quem quis. Espaços comerciais, desde lojas de bairro a grandes armazéns foram entregues a quem se apresentou. Pequenas, médias e grandes empresas, todos os serviços, passaram para as mãos dos privados. 

O Presidente José Eduardo dos Santos e a direcção do MPLA decidiram e muito bem (aplausos!) que no novo regime era preciso criar uma burguesia nacional detentora dos meios de produção e com nervo financeiro. 

Os cofres públicos foram escancarados a todos os que se apresentaram para iniciar uma carreira de empresários nos sectores industrial, mineiro, comercial, agrícola, pescas e financeiro. Milhares de hectares foram distribuídos pela burguesia nascente, estimulada e apoiada pelo MPLA. Nasceram grandes fazendas mas infelizmente a maioria dos proprietários é absentista. Está quase tudo abandonado!

Ditador Sissoco da Guiné-Bissau dá hoje posse ao seu governo de "paus mandados"

Novo Governo de iniciativa presidencial toma posse em Bissau

Deutsche Welle | Lusa

O novo Governo de iniciativa do Presidente Umaro Sissoco Embaló toma posse esta quinta-feira, em Bissau. Carlos Pinto Pereira foi reconduzido como MNE na liderança executiva do primeiro-ministro Rui Duarte de Barros.

O novo executivo de iniciativa do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló , é composto por 24 ministros e nove secretários de Estado, entre os quais vários dirigentes do PAIGC.

O economista Rui Duarte Barros foi nomeado novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau na quarta-feira (20.12), dia em que Sissoco Embaló exonerou do cargo Geraldo Martins, eleito pela coligação eleitoral PAI-TerraRanka, vencedor das eleições legislativas de junho com maioria absoluta.

Geraldo Martins, dirigente do PAIGC, tinha sido reconduzido no cargo a 13 de dezembro, depois do Presidente Umaro Sissoco Embaló anunciar a dissolução do Parlamento.

Também ontem, Carlos Pinto Pereira, dirigente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), foi reconduzido no cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros.

Carlos Pinto Pereira foi o advogado que defendeu o PAIGC nas lutas judiciais dos últimos anos, travadas com o ex-Presidente José Mário Vaz. Mais recentemente assistiu nos tribunais Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC e líder do parlamento.

Nomeado chefe da diplomacia guineense no Governo da Plataforma Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka), formado pelo PAIGC e outros partidos, Pinto Pereira acabou por se manter no atual executivo.

Crise dos sem-abrigo em Portugal afeta imigrantes africanos

João Carlos (Lisboa)* | Deutsche Welle

A situação dos sem-abrigo em Portugal atinge ponto e há receitas que se agravam com o inverno. Apesar dos esforços, as crises internacionais levaram cidadãos, incluindo os PALOP, a viver nas ruas.

A Estratégia Nacional para a Integração dos Sem-Abrigo, em vigor desde 2017 e que encerra no final deste ano, revelou-se insuficiente para dar uma resposta eficaz a essa realidade. Estimativas oficiais indicam que mais de 10 mil pessoas vivem nas ruas de Portugal, apresentando motivações diversas para a falta de abrigo.

Na movimentada Estação Oriente, em Lisboa, a capital portuguesa, a ala norte do piso interior abriga um número específico de pessoas sem casa, entre os cidadãos originários dos países africanos de língua portuguesa (PALOP). Um dos poucos que chegaram em falar connosco foi Luís, um jovem guineense de 20 anos que está na rua há cerca de quatro meses.

Luís prefere não revelar os motivos pessoais que o levaram a essa condição, mas é com reserva que explica as razões de estar agora na condição de sem-abrigo.

"Isso já é mais pessoal, mas foi [devido] a situações complicadas de família. É uma situação que eu não quero estar a explicar. Peço desculpas", diz.

Luís abrevia a conversa porque ia de seguida, com os outros companheiros de rua, recebendo o cabaz alimentar de uma instituição de cariz social. Um apoio que lhes é dado todos os dias.

"De comida só. Deviam ajudar-nos mais a nós do que as pessoas que vêm. Porque há muitos mais estrangeiros que têm mais ajuda do que nós", critica.

Portugal | A VER PASSAR AVIÕES

Alcochete

Na balança temos uma escolha inviável e uma escolha com futuro. Porque é que ainda há dúvidas? A resposta é simples. 

Nuno Cavaco | AbrilAbril | opinião

Segundo muitos especialistas é mais fácil acreditar numa mentira, ou numa imprecisão, do que numa verdade complexa. Dizem-nos que andamos há décadas para escolher o local do novo aeroporto e que mais vale escolher mal do que não escolher. Nada mais falso. Já escolhemos e escolhemos bem pelo menos duas vezes. Com estudos, com rigor, com profissionalismo. E escolhemos mal, uma vez.

Quando escolhemos mal, escolhemos sem estudo e sem discussão pública. Foi-nos dito que não havia alternativa, que era assim ou não era. Só depois da escolha é que se fez um estudo, não de forma independente, como deveria ser, mas um estudo condicionado para que à partida permitisse que a escolha fosse justificada. Um estudo que apresentou mais de 150 medidas mitigadoras que agora não são contabilizadas nos custos do aeroporto que ainda hoje é apresentado como mais barato. 

A solução Montijo em todos os trabalhos sérios foi considerada inviável. Em qualquer estudo de impacte ambiental sério, a existência de mais de 150 medidas mitigadoras é motivo para mandar a localização para o «lixo».

Alcochete foi a melhor escolha por duas vezes. Uma melhor escolha em aspectos que deveriam ser óbvios: capacidade de expansão, impacto económico, menos impactos ambientais e integração com o transporte ferroviário.

Na balança temos uma escolha inviável e uma escolha com futuro. A questão que se coloca é porque é que ainda há dúvidas? A resposta é simples.

Portugal | PASSOS COELHO FEZ UMA BOA E DECENTE FIGURA?

Pedro Tadeu* | Diário de Notícias | opinião

Passos Coelho apareceu ontem a dizer que António Costa se demitiu "por indecente e má figura". Fiquei a tentar lembrar-me se essa mesma pessoa, primeiro-ministro de Portugal de 2011 a 2015, fez na altura uma boa e decente figura.

Passos Coelho, que acusa Costa pela degradação social do país, foi o primeiro-ministro que, a braços com a exigência de austeridade imposta pela troika (FMI, BCE e Comissão Europeia) decorrentes de um empréstimo ao Estado português, decidiu que se deveria "ir além da troika". Ele obrigou os portugueses a passarem por dificuldades ainda maiores.

Passos Coelho, que acusa Costa de degradar as políticas públicas, quis implementar uma nova política pública na Segurança Social, propondo uma subida na Taxa Social Única para os 36%, mas obrigando os trabalhadores a pagar mais e fazendo um grande desconto aos patrões. Um milhão de pessoas foi para a rua protestar contra essa figura que Passos Coelho então fez.

Passos Coelho, que acusa Costa de não conseguir criar mais riqueza, encontrou o país, no final de 2011, com um PIB de 176 mil milhões de euros. Quando saiu, no final do ano de 2015, deixou um PIB de 179 mil milhões. Quando a geringonça deixou de funcionar, no final de 2021, o PIB foi de 216 mil milhões. Em 2022 foi de 242 mil milhões. Os números oficiais são muito piores para Passos do que para Costa.

Houve muitos casos, casinhos, coisas inenarráveis e muitas outras ocorrências bastante graves no Governo de maioria absoluta de António Costa. Mas Passos Coelho não fez melhor figura: Miguel Relvas demitiu-se por causa de uma licenciatura duvidosa, a ministra Assunção Cristas revelou que deu o seu acordo ao processo de resolução do BES na praia, por SMS, naquilo a que chamaram "conselho de ministros virtual"; o vice-primeiro-ministro Paulo Portas apresentou uma demissão "irrevogável" que cancelou pouco depois; a privatização da TAP, que permitiu um negócio suspeito a David Neeleman com os aviões Airbus, foi decidida com um Governo, na prática, demissionário; houve o escândalo das swaps, inventaram-se os "vistos gold", acabaram-se com vários feriados, etc., etc...

Passos Coelho queixa-se da degradação dos serviços públicos, mas foi ele que congelou carreiras e salários na Função Pública, que é a raiz do problema que hoje vivemos, por exemplo, na Saúde e na Educação - e sim, Costa tinha a obrigação de ter resolvido isso, não o fez por opção política e obediência ao cânone da União Europeia, mas isso não nos deve fazer esquecer o mal que vinha de trás.

E há algumas frases do primeiro-ministro Passos Coelho que é bom recordar sobre a forma como ele entende o funcionamento do Estado.

Portugal | PASSOS COELHO. O DIABO APARECEU, FALOU E DESANDOU (até quando?)


Passos Coelho era assim (e ainda é):

Tudo abaixo! Mata! Esfola! Emigrem! Seus piegas da treta! Vamos lá é a ficar pobrezinhos!

Dizia a Deolinda Ralada, no Mercado do Bolhão: "Piegas é a pata que o pôs" e "Emigra tu, ó careca da quarta" "Estamos fartos de ti e das misérias com que nos fizeste arcar" "Vai-te Satanás!" "Aldrabão, prometeste rosas e só nos deste e deixaste espinhos!"

TPI recebe nomes de 40 comandantes israelitas para investigar crimes de guerra

“Esses 40 comandantes das FDI que foram responsáveis ​​por planear, ordenar e executar o bombardeio indiscriminado, a destruição desenfreada e o assassinato em massa de civis em Gaza em Israel deveriam ser os principais suspeitos em qualquer investigação do TPI”.

Brett Wilkins* | Common Dreams | # Traduzido em português do Brasil

Enquanto o número de mortos palestinianos na destruição de Gaza por Israel ultrapassava os 20.000 – a maioria mulheres e crianças – um grupo de defesa baseado nos EUA publicou na terça-feira uma lista de 40 comandantes militares israelitas que diz serem “principais suspeitos” para investigação internacional de crimes de guerra.

A Democracia para o Mundo Árabe Agora (DAWN), fundada pelo jornalista saudita Jamal Khashoggi antes do seu assassinato em 2018, disse que apresentou um dossiê sobre "o oficiais e comandantes responsáveis ​​pela execução da guerra de Israel em Gaza" ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

“Esses 40 comandantes das FDI que foram responsáveis ​​por planejar, ordenar e executar o bombardeio indiscriminado, a destruição desenfreada e o assassinato em massa de civis em Gaza em Israel deveriam ser os principais suspeitos em qualquer investigação do TPI”, disse a diretora executiva da DAWN, Sarah Leah Whitson, em um comunicado. . “Embora Israel tenha feito o seu melhor para ocultar as identidades de muitos dos seus oficiais, eles deveriam ser avisados ​​de que enfrentam responsabilidade criminal individual pelos crimes em curso em Gaza.”

Embora Israel não seja signatário do Estatuto de Roma que estabeleceu o TPI, a jurisdição do tribunal inclui a Palestina, sujeitando a processo qualquer pessoa que cometa crimes de guerra no país.

A lista da DAWN inclui apenas oficiais israelenses “a partir do posto de tenente-general e superiores que comandam unidades não menores que forças de nível de batalhão”.

ONU investiga 'assassinato sumário' de homens de Gaza pelas FDI na frente de famílias

O ACNUDH observou que reportar os assassinatos “suscita o alarme sobre a possível prática de um crime de guerra”.

Jessica Corbett* | Common Dreams | # Traduzido em português do Brasil

Em meio a crescentes acusações de crimes de guerra contra as tropas israelenses, o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos revelou na quarta-feira que "recebeu informações perturbadoras alegando que as Forças de Defesa de Israel (IDF) mataram sumariamente pelo menos 11 homens palestinos desarmados na frente de suas famílias". membros" na Faixa de Gaza.

Citando relatos de testemunhas partilhados pelo Monitor Euro-Mediterrânico dos Direitos Humanos e por jornalistas, o ACNUDH disse que durante uma incursão num edifício da Cidade de Gaza onde várias famílias relacionadas estavam abrigadas na noite de terça-feira, "as FDI alegadamente separaram os homens das mulheres e crianças, e depois atiraram e matou pelo menos 11 dos homens, a maioria com idade entre 20 e 30 anos, na frente de seus familiares."

“As FDI então supostamente ordenaram que as mulheres e crianças fossem para uma sala e atiraram nelas ou jogaram uma granada na sala, supostamente ferindo gravemente algumas delas, incluindo um bebê e uma criança”, acrescentou o escritório, que confirmou o assassinatos no edifício Al Awda – também conhecido como edifício Annan – mas não os outros detalhes.

O ACNUDH observou que a reportagem sobre os assassinatos no bairro de Al Remal, na Cidade de Gaza, "suscita o alarme sobre a possível prática de um crime de guerra" e "surge na sequência de alegações anteriores relativas ao ataque e assassinato deliberado de civis às mãos das forças israelitas".

“As autoridades israelenses devem instituir imediatamente uma investigação independente, completa e eficaz sobre essas alegações e, se forem comprovadas, os responsáveis ​​devem ser levados à justiça e medidas implementadas para evitar a recorrência de tais violações graves”, declarou o escritório da ONU.

"A minha irmã informou-me que uma força israelita invadiu a casa e executou os jovens... Mais tarde, os soldados israelitas atiraram bombas contra as mulheres, que estavam detidas num dos quartos."

Guerra na Ucrânia está estagnada e sem fim à vista

Médicos e socorristas não chegam para os militares ucranianos mortos e feridos

Alexandre Schossler | Deutsche Welle | # Publicado em português do Brasil

Com contraofensiva ucraniana de 2023 estagnada, tensões internas surgem em Kiev e solidariedade ocidental apresenta fissuras. Russos vêm mantendo pressão militar enquanto guerra entra em mais um inverno.

Em 24 de fevereiro de 2023, no aniversário de um ano da guerra de agressão russa contra a Ucrânia , o presidente Volodimir Zelenski elogiou a resistência dos ucranianos e se mostrou confiante: "Sabemos que 2023 será o ano da nossa vitória!"

Por aqueles dias, as esperanças de uma vitória ucraniana eram de fato grandes, impulsionadas por reconquistas de território e pela quantidade de armas e equipamentos modernos pelo Ocidente, como o sistema de defesa de mísseis americano Patriot, os tanques alemães Leopard 2 e os britânicos Challenger 2. Falava-se muito no início da contraofensiva de primavera.

Mas, dez meses depois, o ano se encerra com uma perspectiva completamente diferente: a contraofensiva da Ucrânia estagnou, com progressos modestos. Essa realidade foi reconhecida em novembro pelo comandante-chefe das Forças Armadas de Kiev, general Valerii Zaluzhnyi. “Assim como na Primeira Guerra Mundial, atingimos o nível de tecnologia que nos coloca numa estagnação”, declarou à revista The Economist .

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