domingo, 15 de janeiro de 2012

Guiné-Bissau: CORPO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA SEPULTADO ÀS 15 HORAS




O corpo do Presidente da República da Guiné-Bissau foi sepultado às 15:30 de hoje na capital do país, pondo termo a dois dias de cerimónias fúnebres que mobilizaram milhares de guineenses.

Malam Bacai Sanhá morreu na passada segunda-feira em França mas só no sábado chegou à capital do país, ficando em câmara ardente na Assembleia Nacional até ao início da tarde de hoje.

Sem grandes manifestações de dor, de acordo com a lei islâmica, o funeral da tarde de hoje voltou a juntar milhares de pessoas pelas ruas de Bissau, da Assembleia Nacional até à fortaleza d`Amura, onde o Presidente foi sepultado.

O corpo saiu da Assembleia Nacional Popular ao início da tarde e o caixão foi depois colocado no chão, no pátio do Parlamento, onde se fez uma pequena cerimónia religiosa muçulmana, no meio de muita confusão e gritos a apelar à ordem.

Depois percorreu as ruas até Amura num carro militar em marcha lenta, ladeado de quatro polícias militares e de muitos populares ao lado e atrás, com militares e polícias, espaçados, a tentar controlar a multidão.

Na fortaleza esperavam-no já os convidados, as delegações estrangeiras, incluindo os Presidentes de Cabo Verde e do Senegal, as entidades do país de todos os quadrantes, diplomatas e representantes de organizações internacionais.

Em Amura o corpo do Presidente, agora com a população mantida fora dos portões da fortaleza atualmente Estado-Maior General das Forças Armadas, desfilou perante os três ramos das forças armadas e foi depois colocado num palanque, para receber uma última homenagem.

Deixaram-lhe flores o Presidente interino (pela lei o presidente da Assembleia Nacional Popular), a presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o primeiro-ministro, o chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, o Presidente de Cabo Verde, os antigos combatentes, partidos e sindicatos.

E só então a urna foi transportada para o jazigo, ao som de 21 salvas de canhão e no meio de grande confusão, pior do que a protagonizada por populares ao longo do percurso até à morada final de Malam Bacai Sanhá.

Para trás já tinham ficado as autoridades, os Presidentes, as delegações e os diplomatas. Para trás ficavam dois dias de tristeza, os milhares de pessoas entre o aeroporto e o centro da cidade no sábado e o velório na Assembleia Nacional. E ficavam também pouco mais de dois anos de mandato do Presidente Malam Bacai Sanhá.

Enquanto ao túmulo de Malam continuavam a chegar, a custo, flores, do lado de fora dos muros da fortaleza o povo começava a dispersar às primeiras salvas de canhão, o sinal de que tinha cumprido o seu dever e que o Presidente "descansava" agora.

*Foto em Lusa

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