sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Moçambique: PARCERIAS, ELITES VESTEM “FÁTIMA LOPES” MAS MAIORIA VESTE “FARRAPO”

 


Associação Empresarial de Portugal defende parcerias com empresários moçambicanos
 
13 de Dezembro de 2012, 14:41
 
Maputo, 13 dez (Lusa) - A Associação Empresarial de Portugal (AEP) desafiou hoje em Maputo os empresários portugueses a apostarem em parcerias com os colegas moçambicanos como "uma forma estratégica de aproveitar as elevadas oportunidades de negócio" existentes no país africano.
 
A ideia de juntar sinergias entre os empresários portugueses e moçambicanos foi defendida no final de uma missão de duas semanas a Moçambique por representantes de 10 empresas filiadas na AEP.
 
"Estamos recetivos ao desafio lançado pelas autoridades moçambicanas no sentido de os investidores estrangeiros firmarem parcerias com os empresários moçambicanos", disse à Lusa a diretora de Internacionalização e Promoção Externa da AEP, Maria Helena Ramos.
 
No caso das empresas portuguesas, assinalou Maria Helena Ramos, trabalhar em consórcio com os empresários locais pode conferir maior capacidade de instalação e o aproveitamento do potencial existente Moçambique.
 
"É uma complementaridade da maior utilidade, porque ao conhecimento trazido pelas empresas portuguesas, junta-se o conhecimento local detido pelos empresários moçambicanos", enfatizou a diretora de Internacionalização e Promoção Externa da AEP.
 
Maria Helena Ramos afirmou que o sucesso das empresas portuguesas em Moçambique passa por um maior conhecimento e informação do mercado local, nomeadamente dos seus pontos fortes e fracos.
 
"É preciso ter paciência, tendo em conta as dificuldades que o país tem, ao nível de logística, do fraco desenvolvimento das infraestruturas e dos recursos humanos", sublinhou a diretora de Internacionalização e Promoção Externa.
 
PMA //JMR.
 
Clima positivo da economia moçambicana leva Fátima Lopes à semana da moda de Moçambique
 
13 de Dezembro de 2012, 14:35
 
Maputo, 13 dez (Lusa) - A estilista portuguesa Fátima Lopes prometeu hoje um "desfile completamente diferente" na semana da moda de Moçambique, esperando que a sua marca chegue "brevemente" a este mercado, que tem "um potencial de crescimento muito grande".
 
Fátima Lopes vai estrear-se na sexta-feira na passerelle da oitava edição da Mozambique Fashion Week (MFW), que arrancou a 07 de dezembro, em conjunto com outros criadores internacionais, como as italianas Giulia Tesoriere e Paola Frani.
 
O ano de 2012 assinalou os primeiros 20 anos de carreira da estilista que, por isso, vai apresentar "um desfile completamente diferente de tudo aquilo" que fez "até hoje", numa "última oportunidade de mostrar um espólio que faz parte da história da marca Fátima Lopes".
 
"É um desfile de carreira. Vou apresentar o melhor dos últimos 20 anos, ou seja, um bocadinho do meu historial, do meu museu particular, aqui numa escolha de peças mais de verão", disse a estilista à agência Lusa.
 
Atenta ao clima positivo da economia moçambicana, Fátima Lopes disse ter "muito interesse" em trazer a sua marca de roupa e acessórios para Moçambique, o que também explica a sua participação no MFW.
 
"Neste momento, há já uma presença muito reduzida em termos de coleções de óculos Fátima Lopes. Acho, e gostava muito, que toda a roupa e acessórios, brevemente, estivessem também disponíveis no mercado moçambicano", avançou a criadora.
 
A semana da moda de Moçambique, na qual irão passar mais de duas dezenas de estilistas, entre moçambicanos e internacionais, prolonga-se até 16 de dezembro.
 
ENYP //JMR.
 
Governo financia comunidades moçambicanas onde se exploram recursos minerais
 
13 de Dezembro de 2012, 12:53
 
Maputo, 13 dez (Lusa) - O Governo moçambicano vai transferir 766 mil euros, no próximo ano, para as comunidades das regiões onde se exploram recursos minerais em Moçambique, anunciou o primeiro-ministro, Alberto Vaquina.
 
Falando no parlamento, o primeiro-ministro disse que o executivo inscreveu este valor no Plano Económico e Social e no Orçamento do Estado para o ano 2013 e o dinheiro visa assegurar que a população e o Estado moçambicano tirem maiores benefícios da atividade mineira.
 
As autoridades moçambicanas pretendem promover ligações empresariais entre as pequenas e médias empresas locais, para criar mais oportunidades de negócios com as multinacionais.
 
"Desta forma, a indústria extrativa poderá constituir uma oportunidade para a consolidação e fortalecimento das pequenas e médias empresas locais e do empresariado moçambicano. A este respeito, importa referir que o Governo vai transferir, no próximo ano, 30 milhões de meticais (774 mil euros) para as comunidades onde se exploram recursos minerais", disse Alberto Vaquina.
 
Em Moçambique, cerca de 50 empresas estão envolvidas na pesquisa e exploração de recursos minerais como carvão, gás natural, ferro, ouro, pedras precisas e semipreciosas, areias pesadas.
 
Contudo, os ganhos destes projetos pela população têm sido questionados por alegadamente beneficiarem mais as multinacionais.
 
Recentemente, os bispos católicos de Moçambique apelaram para uma "reflexão séria" sobre a implantação dos megaprojetos no país "para saber quem é que na verdade ganha" com estes empreendimentos, cujo impacto, afirmam, é "superficial" na vida da população moçambicana.
 
A crítica da Igreja Católica em Moçambique vem expressa em comunicado enviado à Lusa onde se denuncia a eventual violação dos direitos humanos pelos proprietários de megaprojetos que "expropriam terras dos pobres".
 
"É necessário que reflitamos seriamente para saber quem é que na verdade ganha com os megaprojetos e o que é que realmente ganha. O que ganha e quanto ganha a população. O que ganha e quanto ganha o país" e "o que ganha e quanto ganham os donos dos projetos", questionam.
 
Na carta pastoral, os bispos católicos moçambicanos dizem ter apenas uma certeza do impacto dos megaprojetos em Moçambique.
 
"Uma coisa é certa: quem mais perde até ao presente momento são a população e o país e quem mais ganha, e muitíssimo, são os donos dos projetos. Estes tinham sempre que ganhar, mas, atualmente, estão a ganhar muito acima do normal, faltando até ao cumprimento das suas promessas iniciais que, regra geral, não há ninguém que as faça cumprir", referem os bispos.
 
MMT // HB
 

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