quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Portugal: Funcionários do município de Lisboa reclamaram de transferências

 


O presidente da Câmara de Lisboa revelou hoje que cerca de 300 funcionários apresentaram reclamações quanto ao processo de transferência dos trabalhadores do município para as juntas de freguesia, no âmbito da reorganização administrativa da cidade.
 
"Tendo-se concluído na passada semana o primeiro período de audição prévia, recebemos 300 reclamações. Metade das quais relacionadas com a junta de freguesia a que estavam destinados", disse António Costa.
 
O autarca falava na reunião da Assembleia Municipal, onde esteve hoje a dar contas da atividade municipal.
 
O processo da transferência de competências da Câmara para as freguesias prevê a passagem de 1.800 funcionários para as juntas.
 
Afirmando que o processo deve ficar concluído este mês, o presidente da Câmara considerou aquele número "relativamente limitado".
 
"Significa que este processo de transferência vai ter um quadro de resolução mais fácil do que eu entendia que ia acontecer", disse.
 
António Costa felicitou-se ainda por a "esmagadora maioria das juntas de freguesia se terem associado à Câmara num acordo com diferentes forças sindicais e com todas ter sido possível acordar a manutenção das 25 horas semanais".
 
Questionado sobre a ponte ciclo-pedonal que está a ser construída por cima da 2ª Circular, o autarca disse que é uma tentativa de "juntar as duas partes da cidade".
 
"A 2ª Circular é uma cicatriz que quebra a cidade quase ao meio. É uma via indigna de uma cidade do futuro. É uma barreira, uma fronteira entre um lado da cidade e o outro. Um dos grandes desafios urbanísticos nas próximas décadas é absorver essa ferida e conseguir juntar os dois lados da cidade e esta obra é o primeiro desafio", defendeu.
 
António Costa assumiu que, devido a pormenores técnicos, a ponte vai ter custos extraordinários e que a Câmara assumiu o compromisso de pagar parte do montante que excede o valor estipulado.
 
Ao concluir, o autarca classificou aquela ponte como uma "obra de arte".
 
"Mais do que uma ponte, é uma escultura que espero sobretudo que marque o arranque de um trabalho de absorver a cicatriz que a 2ª Circular hoje constitui na cidade", afirmou.
 
Lusa, em Notícias ao Minuto
 

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