quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Jornalista norte-americano opina que Ucrânia deve ter medo do FMI, não da Rússia




As relações econômicas entre a Ucrânia, o FMI e várias organizações intergovernamentais podem levar à catástrofe neste país, opina o jornalista norte-americano James Carden.

A política do FMI à relação da Ucrânia pode levar à ruína da economia no país, opinou James Carden no seu artigo publicada na segunda-feira, 2 de fevereiro, na revista The National Interest.

Carden cita a posição de outro jornalista norte-americano, Tom Friedman, e do bilionário George Soros, que são de opinião que a Rússia é responsável pela situação na Ucrânia. Mas o jornalista escreve que é o FMI que representa a maior ameaça.

James Carden cita também a opinião de economista da Universidade de Missouri-Kansas City, Michael Hudson, de que a política do FMI e de outras organizações intergovernamentais leva à recessão na economia.

“O novo pensamento econômico do neoliberalismo pressupõe que a privatização da infraestrutura pública pode tornar os investidores ricos. Os credores irão fornecer empréstimos e receber garantias seguras [que significa garantias do empréstimo, ou seja, a propriedade que é transferida para o credor como garantia de reembolso – Ed.], e os titulares das ações obterão rendas financeiras, sendo limitados apenas pela sua própria incapacidade de eliminar a regulação estatal, dirigida contra rendimentos inesperados”, pensa Hudson.

O jornalista norte-americano continua a citar o economista:

“Quando é a renda financeira que empobrece a economia, a solução financeira para o FMI e outras organizações intergovernamentais é emprestar aos governos a quantidade suficiente de moeda estrangeira para pagar a seus credores estrangeiros – e forçar os contribuintes a pagar a transferência da carga fiscal do sistema financeiro, imobiliário e monopólios para o trabalho. O resultado será a recessão na economia”.

Segundo Carden escreveu no seu artigo, a política adotada por FMI levará a uma catástrofe semelhante à que ocorreu na Rússia nos anos 1990 e na Argentina entre anos 1998 e 2002.

Sputnik News

Sem comentários:

Mais lidas da semana