Tinha
46 anos
Sofia
Morais, jornalista da TSF, morreu esta segunda-feira, aos 46 anos, vítima de
cancro. Foi repórter, editora e produtora, tendo trabalhado de forma mais
próxima temas de Saúde e Justiça.
A
jornalista começou a trabalhar na TSF em 1996, depois de ter passado pelo
semanário Expresso.
As
cerimónias fúnebres decorrem na terça-feira, pelas 16:00, em Tomar, de onde era
natural.
Numa
crónica publicada no site da TSF, o jornalista Fernando Alves
recorda a "figura frágil, não obstante a solidez", de Sofia Morais,
que, "mais do que uma menina que cresceu na rádio", descreve como
"uma menina que crescia na rádio".
"Lembramo-nos
dela muito menina, nesta rádio, desde quando esta rádio era, também, ainda,
tantas vezes menina. Ela era, mais do que uma menina que cresceu na rádio, uma
menina que crescia na rádio. A voz dela acendia na rádio palavras crescidas,
palavras que acrescentavam. Quase só nos lembramos dela na rádio, porque a
rádio era a nossa casa", escreve Fernando Alves.
Diário
de Notícias | Imagem Facebook
A
voz límpida e robusta (saudosa) numa peça de título sujestivo sobre ex-sem-abrigo, por Sofia Morais, na TSF, em 2016
Adeus,
chão de pedra
Sofia Morais
António
tem 58 anos e vive há duas semanas num apartamento em Lisboa. Depois de ter
estado os últimos 12 anos a viver na rua, António fala num mundo novo, que
começa agora.
O
projeto para retirar sem-abrigo das ruas da cidade de Lisboa é uma parceria
entre a Câmara de Lisboa, a Junta de Frequesia de Arroios e o Centro Paroquial.
Para
já, três homens, o mais novo com 58 anos, estão a viver num apartamento na rua
Morais Soares. Têm apenas de pagar algumas despesas como a água, luz, telefone,
televisão ou limpeza.
António
está nesta casa há duas semanas e sublinha que todo o seu mundo mudou: agora
tem uma cama, pode tomar banho e comer quando quiser.
António
fala numa primeira chave para a autonomia e garante que o que lhe aconteceu dá
esperança a muitos dos seus amigos que ficaram na rua.
Adeus, Sofia Morais
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