sábado, 12 de novembro de 2011

Lisboa: PROTESTO DE MILITARES ENCHE ROSSIO




Nuno Sá Lourenço - Público

A manifestação dos militares contra a degradação das condições de trabalho começou pouco depois das 15 horas. Na Praça do Rossio em Lisboa estão milhares de militares, assim como generais e almirantes na reforma. A organização aponta para “mais de dez mil garantidamente”.

Em Lisboa, não estão a ser gritadas palavras de ordem mas podem-se ler cartazes como “Já não vamos dar boleias aos chulos” e “o nosso comandante supremo é por nós ou contra nós?”, numa clara referência a ao Presidente da República, Cavaco Silva.

Os militares manifestam o seu descontentamento com o que consideram ser a sua perda de direitos. Em causa está o cancelamento de promoções e os cortes na saúde. Mas a marcação deste protesto fica ainda marcado pelas reacções que provocou entre dois dos capitães de Abril.

No próprio dia em que os militares se decidiram pela manifestação, Vasco Lourenço, também presente no Rossio, acusou o Governo de ser um “bando de mentirosos” e apelou aos militares para defenderem a população em caso de “repressão” por parte das forças de segurança nas manifestações agendadas “como se passou no Egipto”.

Poucos dias depois, foi a vez de Otelo Saraiva de Carvalho, dizer que seria mais fácil fazer uma revolução em 2011 do que em 1975. "Bastam 800 homens", contabilizou antes de acrescentar que os militares tinham outras formas de fazer ouvir as suas reivindicações: “Para mim, a manifestação dos militares deve ser, ultrapassados os limites, fazer uma operação militar e derrubar o Governo. Não gosto de militares fardados a manifestarem-se na rua. Os militares têm um poder e uma força e não é em manifestações colectivas que devem pedir e exigir coisas", disse.

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