sábado, 12 de novembro de 2011

Portugal: TRABALHADORES DE TODO O PAÍS MANIFESTAM-SE EM LISBOA



TSF

Funcionários públicos de todo o país vão descer, este sábado, a Av. da Liberdade, em Lisboa, em desfile de protesto contra os cortes salariais e dos subsídios de férias e de Natal.

As três estruturas sindicais da administração Pública que convocaram a manifestação nacional esperam ter muitos milhares de trabalhadores na rua, apesar da previsão de chuva, tendo em conta a indignação que dizem tem sido demonstrada pelos trabalhadores nos locais de trabalho.

A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (CGTP), a Frente Sindical da Administração Pública (UGT) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado decidiram unir-se no protesto e sair para a rua em conjunto, como não acontecia há vários anos.

O congelamento salarial de 2010, o corte salarial médio de cinco por cento deste ano, a colocação de trabalhadores em mobilidade especial, um sistema de avaliação deficiente e a alteração das regras de aposentação semearam o descontentamento entre os funcionários públicos, argumentam os sindicatos.

No entanto,foi o anúncio da manutenção do corte salarial e da retirada dos subsídios de férias e de Natal nos próximos dois anos que levou os sindicatos da CGTP e da UGT a esquecerem as diferenças de postura e a marcarem uma manifestação nacional para hoje numa tentativa de travar as intenções do Governo.

Ouvida pela TSF, Ana Avoila, da Frente Comum, disse esperar uma «grande manifestação» por parte dos funcionários públicos, sublinhando que este é um ensaio para a greve geral.

Por seu turno, Bettencourt Picanço, do STE, revelou que esta é a manifestação da «ndignação que atravessa a sociedade portuguesa».

De igual modo, está prevista para hoje uma manifestação de militares. Descontentes com a situação nas Forças Armadas, os militares vão juntar-se no Rossio e seguir até ao Ministério das Finanças.

À TSF, o coronel Pereira Cracel, da Associação de Oficiais das Forças Armadas, mostrou-se convicto de que esta manifestação «pode ser ainda maior» do que a de 22 de Outubro.

Uma ideia igualmente partilhada por Lima Coelho, da Associação Nacional de Sargentos.

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