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Díli, 02 dez (Lusa) - O chefe de Estado-Maior do Exército (CEME) português, general Pinto Ramalho, disse hoje, no final da visita de cinco dias que realizou a Timor-Leste, que as forças armadas timorenses estão cada vez mais capacitadas.
"Nós ao princípio estávamos no treino individual, ultrapassamos essa fase e estamos no treino de capacidades dessa mesma componente. Ao nível da estrutura superior das Forças Armadas temos vindo a participar e a ver que a capacidade estrutural, quer no aspeto documental, quer no aspeto legislativo, quer no aspeto das orientações tem vindo a ser desenvolvido no bom sentido", afirmou o general português.
Para o CEME de Portugal, as "Forças Armadas de Timor-Leste (...) têm sido um crescendo de capacidades".
"O efeito disso mesmo é a expetativa de novas capacidades. Sentirem que podem partir para outras capacidades, as comunicações, a engenharia, o embrião de manutenção que lhes dê alguma independência, como a capacidade mínima de reparar uma viatura ou outra, de fornecerem alimentação de forma isolada, quando estiverem fora da estrutura territorial", explicou o general Pinto Ramalho.
O general português considerou também que os timorenses "se podem sentir orgulhosos do desempenho dos seus militares", nomeadamente dos 12 que vão integrar a missão portuguesa que vai para o Líbano, no âmbito das Nações Unidas.
"Os 12 militares que estão em Santa Margarida junto da companhia de engenharia que está em aprontamento para o Líbano tem tido uma integração absolutamente total", disse, sublinhando que a avaliação do Exército português é extremamente positiva.
O general Pinto Ramalho chegou domingo a Díli para uma visita de cinco dias durante a qual manteve encontros com as autoridades locais.
Durante a sua estada, o CEME foi condecorado com a Medalha da Ordem de Timor-Leste.
Hoje, o general participou também na cerimónia de imposição da medalha de mérito a militares portugueses destacados em Díli.
O Exército português integrou a missão da ONU para Timor-Leste entre 2000 e 2004.
Em 2000, o Exército português começou também a formação de militares, projeto que deu depois início à cooperação técnico-militar entre os dois países.
O apoio do Exército ao desenvolvimento das FALINTIL - Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) tem sido assegurado no âmbito da Cooperação Militar nas diferentes vertentes da formação.
O Exército já formou em Timor-Leste 3.063 militares.
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