ANA LORO METAN
Podemos ler num parágrafo de um despacho da Agência Lusa sobre Timor-Leste e a elevada corrupção denunciada pela Transparência Internacional: "Penso que não é muito justo colocar Timor junto de Singapura ou de Hong Kong porque nós ainda estamos num processo de construir, de formar as instituições para a implementação desse conceito", afirmou à agência Lusa Fernando La Sama de Araújo.”
Já passaram 24 horas desde que a Lusa possibilitou sabermos destas palavras do presidente do Parlamento Nacional e ainda não cheguei a conclusão alguma sobre se o declarante é um grande mentiroso, é ingénuo ou estúpido que nem uma porta. Pelo menos uma destas três particularidades há-de ter.
Se é mentiroso também é hipócrita e escuda-se num pretexto descabido, pretendendo ignorar que a honestidade dos que governam não se mede por anos mas sim por caráter. Ou são ladrões ou não são. Desse modo, ao abordar o assunto como o abordou, sendo mentiroso também é desonesto.
Porém, se é mentiroso também é estúpido quando se alapa em argumento descabido julgando que convence alguém. Ingénuo é que ele não é. Ponto assente.
Se por acaso olharmos o Facebook, por exemplo, deparamos que sobre aquelas declarações do presidente do Parlamento Nacional há uma clara insistência em que o sujeito devia estar embriagado, porque esse era o estado em que ele anteriormente andava por via de problemas que tinha de alcoolismo. Ignoram, os que naquela rede social continuam a pretextar “as bebedeiras” de Lasama Araújo, que ele já fez tratamento de desintoxicação e que presentemente, desde há uns tempos razoáveis, não toca numa gota de água que seja, perdão, de álcool. Acreditem. Por essa razão, pela força de vontade de Lasama em se tratar de tão destruidora dependência, não deixa de ser deprimente e desumano estarem sempre a referir o assunto. Aliás, considerando o cargo que desempenha, são que nem um pêro ou alcoolizado não tem desculpa quando faz ou diz disparates de monta.
No presente e em relação ao que declarou à Lusa, acerca da corrupção no país ser enorme, por também ele fazer parte da elite que convive com aquilo que causa tanto prejuízo aos timorenses, ficámos a saber que Lasama é um dos interessados em não enfrentar o que é um verdadeiro cancro que definha a economia e a sociedade timorense, levando a que existam muitos timorenses com fome e sem nada de seu, a não ser a miséria para que são levados pelos que roubam o país. Assim, não estaremos longe de poder concluir que Lasama é um conivente, um cúmplice, um elemento da elite que pretendeu justificar o injustificável com argumento estúpido que julgou servir de capa à desonestidade - que parece aceitar como cousa natural num estado de direito, em que ele desempenha um cargo de topo e de grande responsabilidade. A falta de vontade de encarar e combater a corrupção, visível nas palavras de Lasama à Lusa, só pode ter um significado: Ele vive bem na promiscuidade com a corrupção porque o país é de existência recente. Apesar de os corruptos e corruptores serem de muito mais idade, alguns até já mais para o velho que outra coisa. Será que devemos concluir que para não existir corrupção o país tem de atingir muito mais idade? E que para serem corruptos não existe limite de idade? Não será razão de sobra que se a corrupção existe em grau tão avançado em Timor-Leste é porque a elite a que Lasama pertence é extremamente desonesta? Evidentemente que é. E Ele sabe isso muito bem. É inútil procurar tapar o sol e as razões da corrupção com uma peneira porque essa é uma atitude bastante estúpida e de características muito desonestas.
Lasama disse também à Lusa que "Não podemos fazer milagres, estamos a fazer tudo o que é possível e como presidente do parlamento tenho de dizer isto: Estamos a fazer coisas que os países mais antigos ainda não conseguiram fazer", sublinhou. Países mais antigos? Quais? Moçambique, Angola, na área da lusofonia? Mas todos sabemos que Angola é um oásis de corrupção e que Eduardo dos Santos, o MPLA e todos que bebem e comem daquela malga são corruptos por “religião”, existam ou não existam as leis. O que esses têm é de não poder exercer poderes que lhes permitam roubar tão escandalosamente. Afinal, também com leis ou sem leis Timor-Leste está a ir pelo mesmo caminho e existe uma clique que se não privarem de ser poder continuará com a corrupção, para mal dos timorenses duramente martirizados pelos roubos de milhões. Quererá Lasama explicar à Lusa - ou a quem aprovar para o efeito -como é possível tantos da sua condição fazerem vida de centenas de milhares de dólares apesar de só auferirem vencimentos modestos? Provavelmente ele próprio é um desses, não sabemos, só fazendo as contas… O certo é que a corrupção em Timor-Leste bate recordes, como muitas vezes aqui tem sido apontado e em muitos mais sites e publicações. Vergonha é coisa que nem Lasama nem os outros da sua igualha têm. Aprenderam com Xanana Gusmão? Talvez, não nos admiremos.
1 comentário:
O que dizem a AMP ea Fretilin?
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