Arão Ndipa, Luanda - VOA
Jovens manifestantes foram brutalmente agredidos, perante a passividade policial
O comando provincial de Luanda da Policia Nacional indicou estar a proceder a uma investigação com vista a apurar responsabilidades pelos incidentes ocorridos no passado sábado quando os manifestantes contra a manutenção de Suzana Inglês, no cargo de presidente da Comissão Nacional Eleitoral, foram agredidos.
Os jovens do Movimento Revolucionário que tentaram manifestar-se contra a manutenção de Suzana Inglês, acusam os órgãos de defesa e segurança do país, de estarem por trás da criação de um grupo de civis armados, que protagonizaram os actos de agressão física e disparos com armas de fogo.
Para além de agressões aos joivens, os referidos indivíduos espancaram o secretário-geral do Bloco Democrático, Filomeno Vieira Lopes, que requereu internamento hospitalar.
Num panfleto que circulou em Luanda, e em declarações à TPA, um auto-denominado "Movimento dos Jovens Organizados para Defesa da Paz" ameaçou o que descreve como "jovens manipulados pelos estrangeiros para criar desordem".
O panfleto promete que "serão fortemente barradas por nós as tentativas de desordem, vandalismo, bandidagemn e arruaça", referindo-se às manifestações, que atribui ao rapper "Mata Frakuz da CIA" que acusa de enganar a juventude.
"Ele e os seus patrões como Rafael Marques estão debaixo dos nossos olhos", escreve-se no panfleto.
Para nos falar sobre o assunto, Arão Ndipa ouviu dois membros do movimento, Mário Domingos e Adolfo Almeida, bem como Lopes Trigo, do Conselho Nacional da Juventude.
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