segunda-feira, 19 de março de 2012

Militares dizem que morte ex-chefe da 'secreta' não afeta o processo eleitoral



MB - Lusa

Bissau, 19 mar (Lusa) - Um porta-voz das Forças Armadas da Guiné-Bissau afirmou hoje que o assassínio do coronel Samba Djaló, ex-chefe da 'secreta' militar, não vai afetar o normal andamento do processo eleitoral.

Segundo o major Dabana Walna, porta-voz do comando conjunto das forças de defesa e segurança, criado para garantir a segurança nas eleições presidenciais realizadas no domingo na Guiné-Bissau, a morte do coronel Samba Djaló "deve ser lamentada, mas não poderá afetar o andamento do processo eleitoral".

"Uma coisa não tem nada ver com outra. O que aconteceu ontem (domingo) foi um incidente grave que temos que lamentar, pois trata-se de uma vida humana que se perdeu, mas esse facto em si não tem nada a ver com a segurança do processo eleitoral que, correu de forma correta como se testemunhou ontem", disse Dabana Walna, chefe do gabinete do general António Indjai, chefe das Forças Armadas guineenses.

"Não estou aqui em representação do Estado-Maior, falo em nome do comando conjunto que foi criado e, nesta perspetiva, devo dizer que o comando conjunto não sabe o que aconteceu e para mais a missão do comando conjunto não tem nada a ver com a segurança das pessoas, quem tem essa competência é o Ministério do Interior", precisou.

Dabana Walna respondia aos jornalistas no final de uma reunião, de cerca de meia hora, no Estado-Maior General das Forças Armadas, entre o general António Indjai e o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Desejado Lima da Costa.

De acordo com o presidente da CNE, o general António Indjai deu "total garantia de segurança" para que o processo de contagem dos votos possa continuar.

"Estivemos nesta reunião aqui no Estado-Maior. Foi um debate muito animado. Nós recebemos todas as garantias das Forças Armadas na pessoa do general (António) Indjai de que existem as condições de segurança necessárias e redobradas para que possamos continuar com o processo", referiu Lima da Costa.

O responsável da CNE sublinhou mesmo que "houve uma colaboração total da defesa dos princípios da República" por parte do chefe das Forças Armadas guineense que, disse, encoraja a sua instituição a prosseguir com a recolha dos dados referentes às eleições presidenciais de domingo.

Depois da reunião com António Indjai, reuniu-se hoje com o Presidente interino, Raimundo Pereira, e não em reunião conjunta, como a Lusa noticiou de manhã.

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