O chefe do governo
do estado australiano de Nova Gales do Sul, Barry O'Farrell, disse hoje que vai
procurar obter indemnizações pelo incêndio causado pelo Exército, após o uso de
explosivos num campo de treino.
O chefe em
exercício das Forças Armadas da Austrália, Mark Binskin, pediu, esta
quinta-feira, desculpa pelo incêndio de State Mine, que continua ativo na
região das Montanhas Azuis, e que, até ao momento, consumiu 47.000 hectares de
terreno.
Mark Binskin disse
que o exercício no campo de treino militar em Marrangaroo foi realizado num dia
em que não tinha sido emitido um alerta de incêndios e em que a temperatura era
de 23 graus, com ventos ligeiros, de acordo com a agência local AAP.
"Pelo menos
sete casas perderam-se como resultado deste incêndio", disse o presidente
do governo do estado de Nova Gales do Sul, ao apontar que se deve "fixar o
assunto da indemnização".
Apesar de nem o
Ministério da Defesa nem o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, se terem
pronunciado ainda sobre possíveis indemnizações, Barry O'Farrell disse aos
jornalistas que prevê falar com o chefe do Executivo de Camberra sobre o
incêndio de State Mine e eventuais compensações.
A polémica em torno
do incêndio de State Mine foi reavivada hoje com a difusão de versões de fontes
militares que asseguram que o pessoal que participou nas manobras militares que
provocaram a catástrofe "excederam massivamente" a quantidade de
explosivos permitida no campo militar de Marrangaroo.
"Fixou-se um
limite ao tamanho da explosão e o que se fez superou esse limite", disse
fonte militar, não identificada, ao diário Sydney Morning Herald.
Os bombeiros
continuam hoje, pelo nono dia consecutivo, a combater os incêndios em Nova
Gales do Sul, concentrando esforços nos de State Mine, perto da localidade de
Lithgow, no de Mount Victoria e Springwood, todos nas Montanhas Azuis, a zona
mais afetada pelas chamas.
Os cerca de 60
fogos ativos em Nova Gales do Sul, dos quais 23 estão fora de controlo, já
consumiram mais de 120.000 hectares de terreno e causaram a morte de pelo menos
duas pessoas.
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