terça-feira, 18 de novembro de 2014

Brasil: Construir a base de apoio a Dilma e retomar o crescimento do país



Vermelho, editorial

Reunida no último fim de semana (14 a 16) em São Paulo, a direção nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) emitiu uma clara mensagem sobre o quadro político nacional e adotou resoluções que contemplam tarefas que se propõe realizar no curto e médio prazos.

O PCdoB, que participou ativamente da vitoriosa jornada da campanha pela reeleição da presidenta Dilma Rousseff, reafirma o engajamento pelo êxito do novo governo.

A reeleição da presidenta Dilma foi uma grande vitória política do povo brasileiro. Venceu a coalizão progressista liderada pelo Partido dos Trabalhadores, com a destacada participação e protagonismo dos comunistas. Venceu o Brasil democrático e popular, que tem a partir do resultado eleitoral o caminho aberto para continuar acumulando forças com novas conquistas políticas e sociais. Venceu o Brasil independente e soberano, que reúne melhores condições para se afirmar como grande e forte nação progressista. Vencem as nações amigas, os povos irmãos, principalmente da região latino-americana e caribenha, que têm na vigência de um governo progressista no Brasil a garantia de uma aliança sólida na luta anti-imperialista, pela integração continental e a democratização das relações internacionais.

A vitória das forças progressistas foi alcançada num quadro de uma nítida demarcação de forças e programática, de renhida luta política e de ideias. A candidatura derrotada de Aécio Neves contava com uma coligação de partidos que se comportaram na campanha como adversários ruidosos da democracia e da soberania nacional (PSDB, DEM, PPS, PSB, SDD), com apoio externo do imperialismo e a mobilização de uma arma poderosa, os veículos de comunicação, que se encarregaram de realizar a guerra midiática.

O triunfo das forças progressistas foi possível – diante de uma imensa concentração de forças reacionárias, conservadoras e neoliberais no lado oposto – pela nitidez da mensagem, a mobilização da militância e dos movimentos sociais, a elevação do nível de consciência do povo e a afirmação das convicções democráticas e patrióticas.

O momento pós-eleitoral continua marcado por intensa e renhida luta política. Está em curso no país uma ofensiva golpista capitaneada pelos partidos derrotados e pela mídia, com a finalidade de criar um quadro de instabilidade política e econômica. Submetem o governo e a mandatária a pressões e acusações infundadas, instrumentalizam escândalos e chantageiam com a ameaça de deflagração de uma guerra econômica. Da maneira mais irresponsável, sem amparo na realidade e contrariando toda a lógica política e jurídica, levantam a esfarrapada bandeira do “crime de responsabilidade”, supostamente cometido pela mandatária, para criar o ambiente favorável ao pedido de impeachment.

Nesta conjuntura, a liderança comunista destaca que, mantendo na ordem do dia a luta pelas reformas estruturais democráticas, emergem duas tarefas imediatas, sem o que não haverá condições políticas nem base material para seguir adiante: a formação da base de sustentação política do novo governo, condição para assegurar a governabilidade e derrotar a ofensiva da oposição, e a retomada do crescimento econômico, o que implica unir o Brasil em torno da grande bandeira do desenvolvimento.

Com toda a razão, a presidenta Dilma Rousseff, com sua autoridade e liderança reforçadas com a reeleição, se movimenta em intenso diálogo com as forças políticas, sociais e econômicas, visando a compor seu novo governo e desencadear as ações necessárias ao cumprimento do programa com o qual foi eleita e que, sinteticamente, ela resume nas palavras mudança e reformas.

O momento político requer a união e a mobilização de todos os que tenham afinidade e compromisso com as bandeiras da esquerda, sejam partidos ou setores destes, os movimentos sociais, as centrais sindicais dos trabalhadores, personalidades, intelectuais e artistas progressistas para consolidar o governo e respaldá-lo no sentido de realizar as reformas estruturais democráticas de que o país necessita. 

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