terça-feira, 28 de abril de 2015

Portugal. PASSOS COELHO QUER MAIORIA ABSOLUTA




O primeiro-ministro e presidente do PSD afirmou que o objetivo da coligação pré-eleitoral com o CDS-PP é conseguir maioria absoluta para governar com estabilidade, tendo em conta que o sistema eleitoral favorece as coligações.

"Como é sabido, o nosso sistema eleitoral privilegia a soma de votos em coligações pré-eleitorais e, portanto, isso torna mais fácil atingir uma maioria absoluta. É esse o objetivo que nós temos. O nosso objetivo não é unir fraquezas, é o de unir forças", declarou Pedro Passos Coelho aos jornalistas, no Museu da Eletricidade, em Lisboa, durante uma iniciativa da Fundação EDP, tendo por trás um cenário com o logotipo desta instituição.

Considerando que "o que é natural" é PSD e CDS-PP concorrerem separados, Passos Coelho acrescentou: "O nosso objetivo é o de conseguir que, juntos, o eleitorado perceba, não só que nos propomos governar a seguir às eleições com um determinado projeto que o eleitorado conhece, mas também que tornamos mais fácil que esse projeto tenha uma maioria no parlamento. É esse o objetivo, justamente".

O presidente do PSD frisou que acordou com Paulo Portas proporem uma coligação pré-eleitoral aos respetivos órgãos partidários e disse não entender que se considere um insulto ao 25 de Abril a escolha dessa data para a celebração desse compromisso.

Segundo o líder dos sociais-democratas, essa data é, aliás, "uma oportunidade muito feliz", porque permite associar a "vontade para futuro" da coligação PSD/CDS-PP "a um dia tão carregado de simbolismo". Isto porque, argumentou, o projeto de PSD e CDS-PP é de "libertação de Portugal daquilo que é o fardo dos erros passados, da dívida herdada, do resgate financeiro que teve de realizar e de consolidar as políticas de crescimento e de recuperação".

Quanto à opção por uma aliança com o CDS-PP, Passos Coelho defendeu que "nenhum dos partidos tem nenhuma razão para temer o julgamento do eleitorado" e que "é natural que concorram, em circunstâncias normais, separados - foi assim no passado e há-de ser assim no futuro".

Contudo, sustentou que Portugal vive "circunstâncias especiais" e que, tendo como objetivo formar "um Governo estável, com maioria", faz sentido que PSD e CDS-PP "tenham essa maturidade de pôr os egoísmos partidários de lado" e se apresentem juntos para "renovar o trabalho que fizeram".

Questionado sobre se em anteriores declarações apontou como cenário ideal o PSD apresentar-se sozinho, Passos Coelho respondeu: "O que eu disse é que todos os partidos, podendo aspirar a ter uma maioria absoluta sozinhos, não deixam de ter essa aspiração. Mas eu vivi sempre com os pés assentes na terra e não com falsas ilusões".

"Numa altura em que nós queremos oferecer aos cidadãos a possibilidade de ter um Governo de maioria, ela parecerá muito mais plausível aos cidadãos se nós podermos unir as nossas forças para as eleições, e não as dividir", considerou, descrevendo esta atitude como "muito racional, muito lógica".

TSF

Sem comentários:

Mais lidas da semana