O
primeiro-ministro e presidente do PSD afirmou que o objetivo da coligação
pré-eleitoral com o CDS-PP é conseguir maioria absoluta para governar com
estabilidade, tendo em conta que o sistema eleitoral favorece as coligações.
"Como
é sabido, o nosso sistema eleitoral privilegia a soma de votos em coligações
pré-eleitorais e, portanto, isso torna mais fácil atingir uma maioria absoluta.
É esse o objetivo que nós temos. O nosso objetivo não é unir fraquezas, é o de
unir forças", declarou Pedro Passos Coelho aos jornalistas, no Museu da
Eletricidade, em Lisboa, durante uma iniciativa da Fundação EDP, tendo por trás
um cenário com o logotipo desta instituição.
Considerando
que "o que é natural" é PSD e CDS-PP concorrerem separados, Passos
Coelho acrescentou: "O nosso objetivo é o de conseguir que, juntos, o
eleitorado perceba, não só que nos propomos governar a seguir às eleições com
um determinado projeto que o eleitorado conhece, mas também que tornamos mais
fácil que esse projeto tenha uma maioria no parlamento. É esse o objetivo,
justamente".
O
presidente do PSD frisou que acordou com Paulo Portas proporem uma coligação
pré-eleitoral aos respetivos órgãos partidários e disse não entender que se
considere um insulto ao 25 de Abril a escolha dessa data para a celebração
desse compromisso.
Segundo
o líder dos sociais-democratas, essa data é, aliás, "uma oportunidade
muito feliz", porque permite associar a "vontade para futuro" da
coligação PSD/CDS-PP "a um dia tão carregado de simbolismo". Isto
porque, argumentou, o projeto de PSD e CDS-PP é de "libertação de Portugal
daquilo que é o fardo dos erros passados, da dívida herdada, do resgate
financeiro que teve de realizar e de consolidar as políticas de crescimento e
de recuperação".
Quanto
à opção por uma aliança com o CDS-PP, Passos Coelho defendeu que "nenhum
dos partidos tem nenhuma razão para temer o julgamento do eleitorado" e
que "é natural que concorram, em circunstâncias normais, separados - foi
assim no passado e há-de ser assim no futuro".
Contudo,
sustentou que Portugal vive "circunstâncias especiais" e que, tendo
como objetivo formar "um Governo estável, com maioria", faz sentido
que PSD e CDS-PP "tenham essa maturidade de pôr os egoísmos partidários de
lado" e se apresentem juntos para "renovar o trabalho que
fizeram".
Questionado
sobre se em anteriores declarações apontou como cenário ideal o PSD
apresentar-se sozinho, Passos Coelho respondeu: "O que eu disse é que todos
os partidos, podendo aspirar a ter uma maioria absoluta sozinhos, não deixam de
ter essa aspiração. Mas eu vivi sempre com os pés assentes na terra e não com
falsas ilusões".
"Numa
altura em que nós queremos oferecer aos cidadãos a possibilidade de ter um
Governo de maioria, ela parecerá muito mais plausível aos cidadãos se nós
podermos unir as nossas forças para as eleições, e não as dividir",
considerou, descrevendo esta atitude como "muito racional, muito
lógica".
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