segunda-feira, 22 de agosto de 2011

São Tomé e Príncipe: “ONDA DA VITÓRIA” NÃO FICOU COMPLETA




ABEL VEIGA - TÉLA NÓN

Constatação da bancada parlamentar do MLSTP/PSD. O maior partido da oposição questionou a inoperância da Assembleia Nacional nos últimos 4 meses. Uma inoperância que segundo o líder parlamentar José Viegas(na foto), teve a ver com a apetência “para completar uma Onda da Vitória”.

No fecho de mais uma sessão da Assembleia Nacional, após 4 meses de paralisia do órgão de poder legislativo, a bancada parlamentar do MLSTP/PSD, aproveitou para saudar a eleição de Manuel Pinto da Costa ao cargo de Presidente da República.

Uma vitória eleitoral que terá travado a Onda da Vitória. «Foi eleito um candidato, cidadão fundador da nação são-tomense, lutador incansável para o bem-estar da nossa população, promotor da paz, da unidade e solidariedade, e que merece toda nossa confiança na chefia do estado. É o ponto marcante da nossa história contemporânea», referiu o líder parlamentar.

O parlamento fechou a segunda sessão legislativa esta segunda feira, sem no entanto ter produzido qualquer legislação nos últimos 4 meses. José Viegas, diz que o órgão de poder legislativo conheceu uma paralisia singular. «Após alguns meses de inactividade sem sessões plenárias, com a ausência das comissões especializadas, esta casa parlamentar por razões de envolvência dos seus membros na campanha eleitoral, originou uma paralisia singular deste órgão, devido a apetência para completar uma onda da vitória», frisou.

A bancada parlamentar do MLSTP/PSD, acrescentou que a Onda da Vitória, não teve hipóteses de atingir o seu ponto máximo, porque o eleitorado não permitiu. «O eleitorado devidamente maduro pôde travar esta fúria glutónica apesar da enxurrada de dinheiro dispendido nunca visto. A compra de consciência não ajuda os cidadãos a ter uma atitude cívica, coerente e responsável perante o país», precisou.

O Governo foi considerado como principal actor da campanha para as eleições presidenciais. «Embora o governo cegamente até o último dia, esteve numa campanha débil, sem ideais, maquiavélica, forjadora de ódio, incompetente, e surdo contra os sinais que a população anunciava, continuava contudo empolgantemente desperdiçando meios financeiros, adulterando a ordem cívica e educadora, alicerçando valores de baixeza, promovendo ódio e vingança entre os cidadãos», sublinhou o líder da bancada parlamentar do MLSTP/PSD.

Segundo a bancada parlamentar do MLSTP, nas eleições de 7 de Agosto, o país conheceu momentos só equiparados ao período medieval. «Nunca em eleição alguma se viu tanta violência verbal contra um candidato como se viu nesta segunda fase das eleições presidenciais. Linguagem medieval, fora do quadro urbano», assegurou.

O maior partido da oposição avisou que doravante vai assumir de forma mis activa, as suas responsabilidades a nível parlamentar como fiscalizador da acção governativa. «Do lado do Governo não se nota sinais claros e inequívocos, no sentido de melhoria das condições de vida dos cidadãos. As ilegalidades e atropelos a lei continuam a galopar sobre a nação são-tomense. Sobre isso assumiremos o papel que nos cabe, esperamos a intervenção dos diferentes organismos da nossa nação. E gostaria de deixar aqui registado que o MLSTP/PDSD através da sua bancada fará o seu papel. É uma questão de tempo», concluiu.

Abel Veiga

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