segunda-feira, 14 de novembro de 2011

UNIÃO AFRICANA DESTACA PAPEL DE ANGOLA NA ESTABILIZAÇÃO DA GUINÉ-BISSAU




ÁFRICA 21, com Panapress

Angola aprovou recentemente uma linha de crédito de mais de 600 milhões de dólares americanos para apoiar o programa de reformas do setor de defesa e segurança na Guiné-Bissau.

Addis Abeba – O comissário da União Africana (UA) para a Paz e Segurança, o argelino Ramteane Lamamra, destacou o papel desempenhado por Angola no atual processo de consolidação da paz e da estabilidade na Guiné-Bissau.

De acordo com o comissário da UA para da Paz e Segurança, citado numa nota de imprensa divulgada na sede da União Africa em Addis Abeba, trata-se de “um contributo imenso” aos esforços de implementação da paz levados a cabo pela União Africana.

O diplomata argelino ao serviço da instituição pan-africana falava à margem da assinatura, no fim de semana, de um acordo para a organização em Angola da II sessão da Conferência dos Ministros Africanos dos Transportes.

Na ocasião, o embaixador angolano na Etiópia, Arcanjo Maria do Nascimento, defendeu, por seu turno, que o espírito de solidariedade “deve prevalecer” em África e assegurou que a UA pode contar com Angola nos esforços de desevolvimento do continente.

Arcanjo do Nascimento reafirmou o apoio de Angola aos esforços de paz levados a cabo pela União Africana para se pôr fim aos conflitos que ainda preocupam e assolam o continente africano.

Angola aprovou recentemente uma linha de crédito de mais de 600 milhões de dólares americanos para apoiar o programa de reformas do setor de defesa e segurança na Guiné-Bissau com vista à normalização institucional deste país que conheceu, nos últimos anos, ciclos de violência e instabilidade política e militar.

Para além deste apoio financeiro, Angola destacou em Bissau, desde março deste ano, uma missão técnica militar de cerca de 200 homens com o mandato de “assessorar os setores das forças armadas e a estrutura policial” da Guiné-Bissau.

Sob a designação de Missão Militar Angolana na Guiné-Bissau (MISSANG/GB), ela tem a função de "intervir na infraestrutura e na organização das Forças Armadas, incluindo reformas no espaço físico dos principais quartéis e a criação de um centro de formação dos militares guineenses".

Com uma duração de um ano, a Missão resultou de um projeto incentivado pelas Nações Unidas na sequência de um relatório apresentado em fevereiro passado pelo seu Secretário-Geral, Ban Ki-moon, sobre a situação na Guiné-Bissau.

No seu documento, Ban Ki-moon defendeu que Angola deveria assumir “um papel central” no processo de reestruturação das Forças Armadas da Guiné-Bissau em parceira com outros atores internacionais como a própria União Africana e as Nações Unidas.

Outros parceiros apontados como essenciais ao processo são a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da qual fazem parte Angola e a Guiné-Bissau juntamente com o Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

A Guiné-Bissau é também um dos 15 Estados-membros da CEDEAO, um bloco de integração regional que engloba ainda Cabo Verde, Côte d’Ivoire, Benin, Burkina Faso, Gâmbia, Gana, Guiné, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Togo e Senegal.

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