quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

PADRES E JORNALISTAS COM LICENÇA DE PORTE DE ARMA NAS FILIPINAS

 

16 de Janeiro de 2014, 22:22
 
Nova lei nas Filipinas entra em vigor este mês, permitindo a profissionais com atividades consideradas de risco o uso de armas para se protegerem.
 
Médicos, padres, jornalistas e contabilistas filipinos vão poder, a partir deste mês, ter licença de uso e porte de arma, numa lei que promete ser controversa.
 
Com a nova lei, aprovada em 2013, profissionais de sectores muito diferenciados (enfermeiros, engenheiros, banqueiros e advogados também estão incluídos) e considerados em "risco iminente" vão poder carregar consigo pequenas armas de fogo enquanto estiverem fora de casa e em trabalho.
 
Para que esta licença especial de uso e porte de arma seja aprovada, os profissionais terão de realizar testes psíquicos e de despite de drogas e provar que não têm qualquer condenação penal superior a dois anos de prisão.
 
Para os jornalistas, a introdução desta lei pode trazer boas notícias. De acordo com o índice (de 2002 a 2011) do Comité de Proteção de Jornalistas, as Filipinas surgem no 3.º lugar do ranking de países em que pelo menos cinco jornalistas foram mortos e o Governo falhou na captura e acusação dos assassinos.
 
As autoridades filipinas consideram que a nova lei pode ajudar na regulação das armas, num país que conta com milhares não registadas. A nova lei prevê 30 anos de cadeia para indivíduos que sejam apanhados com armas sem registo.
 
Mas nem todos estão satisfeitos com a nova lei. Padres católicos são dos maiores críticos, considerando que a sociedade precisa de paz e não de mais violência.
 
"Os padres devem ser homens de paz, não de guerra", disse o bispo Jose Oliveros ao jornal da "União Católica Asiática" (UCA).
 
Sapo TL com Expresso
 

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