quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

AS MENSAGENS HISTÓRICAS DE CUBA



 Martinho Júnior, Luanda

1 – Com a dignidade, o fervor e o patriotismo de sempre o povo cubano festejou o 120º aniversário do início da terceira campanha de luta contra o colonialismo espanhol (24 de fevereiro de 1895).

Já naquela altura os patriotas cubanos não se iludiam quer em relação à colonização espanhola, quer em relação aos apetites do seu já então poderoso vizinho do norte, os Estados Unidos da América!

Um dos seus mais clarividentes Generais dessa terceira campanha de Luta de Libertação, Antonio Maceo, avisava, conforme carta de 14 de julho de 1896, endereçada ao Coronel Francisco Perez Carbo: …“tampoco espero nada de los americanos, todo devemos fiarlo a nuestro esfuerzo: mejor es subir o caer sin su ayuda, que contraer deudas de gratitud com un veciño tan poderoso”!...
  
2 – As históricas lições de há 120 anos permanecem válidas até hoje, num momento de legítima exaltação patriótica em Cuba e num momento em que a unidade nacional se assume em toda a sua plenitude, ao se tornar numa capacidade energética e de resistência colectiva exemplar, que agora, perante os desafios correntes e os que se avizinham, é mais decisiva que nunca.

O Povo Cubano e a sua Revolução, outorgaram por isso, precisamente hoje, o Título de Herói da República de Cuba e a Ordem Praia Girón, aos cinco heróicos combatentes anti-terroristas, (Gerardo Hernández Nordelo, Ramón Labañino Salazar, Antonio Guerrero Rodríguez,  Fernando González Llort e René Gonzalez Sehwerert), regressados finalmente livres à sua pátria!

Num momento em que se vão desenvolver as conversações já iniciadas com os Estados Unidos, Cuba honra sua história, seus heróis e seus mártires, como uma só e exemplarmente.

O Povo Cubano e a sua Revolução, têm sido alvo de todo o tipo de factores de desestabilização, de ingerência e de manipulação, de todo o tipo de “experiências de laboratório” que visam subverter os mais profundos anseios de liberdade, de independência e de soberania, visando a sua subjugação, como aliás há 120 anos!

Resistiram a tudo e com a resistência socialista, demonstram sua superioridade ética e moral, a sua enorme dignidade e o seu exemplo de clarividência, inteligência, indómita vontade, solidariedade, internacionalismo e um amor rigoroso capaz de ser sujeito a todo o tipo de provas!
  
3 – A embaixada de Cuba em Angola, tendo a companheira Embaixadora Gizela Garcia Rivera como anfitriã, sinalizou o momento em estreita comunhão com muitas personalidades convidadas, desde a embaixadora da Venezuela em Angola, até muitos cubanos e angolanos que se destacaram na gesta da longa Luta de Libertação em África contra o colonialismo, o “apartheid”, assim como na Luta em relação a muitas sequelas que advêm do passado, entre elas o subdesenvolvimento crónico de que ainda hoje enfermam os Povos Africanos e o próprio Povo Angolano!

Em Luanda viveu-se a exaltação patriótica exemplar de Cuba e teve-se a oportunidade de melhor entender as mensagens de liberdade que emergem de Cuba de há mais de 150 anos a esta parte e das profundas razões que unem Cuba a África e a Angola!  

Foto de Martinho Júnior: momento da leitura duma mensagem evocativa que sintetizou o 120º aniversário do início da terceira campanha de Luta de Libertação Nacional em Cuba e o exemplo dos cinco heróicos combatentes anti-terroristas cubanos, recentemente regressados, finalmente livres, à sua pátria.

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