Oscar
Henrique Cardoso, correspondente de Afropress no RGS
Sarandi/RS -
O publicitário e produtor cultural, Nilo Feijó, foi vítima de racismo e ameaça
por parte de policiais da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. O caso
aconteceu por volta das 3h40min da madrugada deste sábado (03/01) no interior
do pub Café do Vale, localizado na cidade de Sarandi, na região noroeste do
Estado, a 333 Km de Porto Alegre.
Segundo
o produtor cultural, também militante do Movimento Social Negro gaúcho, ele
estava acompanhado de um cunhado quando, a certa altura, pediu para ir embora.
Enquanto aguardava, um amigo que os acompanhava recomendou que aguardassem em
um camarote do pub.
Violência
Ao
entrar no camarote, Nilo ouviu de uma jovem que ele não poderia entrar naquele
espaço porque era negro. Houve uma discussão e Nilo foi chamado pela jovem de
“negro sujo”. A esta altura os seguranças da casa se aproximaram e o retiraram
aos empurrões e com violência.
A
Polícia Militar foi chamada e, de acordo com o publicitário, a confusão
continuou na parte externa da boate. Nilo contou ter sido ofendido pelos
brigadianos. “Ameaçaram me jogar gás de pimenta e também me intimidaram a não
registrar ocorrência pelo episódio. Precisei sair da cidade e me esconder na
casa de familiares porque fui ameaçado pelos policiais”, denunciou.
Em
sua página pessoal na rede social Facebook, o publicitário disse que procurou a
Policia para registrar ocorrência, porém, a Delegacia estava fechada e ele teve
de fazê-lo na Brigada Militar, que se recusou a fazer o registro da ocorrência
como racismo.
O
caso foi registrado como ameaça. “Necessito da ajuda de todos os amigos da
imprensa e também peço a mobilização da sociedade. Que este tipo de incidente
nunca mais aconteça com pobre, negro, branco ou qualquer pessoa”, concluiu o
produtor cultural.
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