Detido
um chefe da prisão de macau por suspeita de corrupção
Macau,
China, 06 mar (Lusa) -- As autoridades detiveram um chefe da prisão de Macau
por suspeitas de ter recebido subornos de um recluso, anunciou hoje o
Comissariado Contra a Corrução (CCAC).
Em
comunicado, o CCAC refere que um chefe do Estabelecimento Prisional de Macau
terá recebido, durante um longo período de tempo, "vantagens oferecidas
por um recluso como contrapartida de favorecimento e tratamento
privilegiado" dentro da prisão, tendo feito "vista grossa" a
atos irregulares praticados pelo mesmo.
O
homem foi detido numa operação realizada há alguns dias mas ficará a aguardar
em liberdade o desenrolar do processo mas está suspenso do exercício de funções
públicas e proibido de sair do território.
Este
foi o primeiro caso detetado pelo CCAC de um crime envolvendo um funcionário
com a categoria de chefe do Estabelecimento Prisional desde o estabelecimento
da Região Administrativa Especial.
"O
CCAC considera o caso de grande relevância e continua a proceder a diligências,
admitindo mesmo o envolvimento eventual de outros indivíduos neste caso",
refere o órgão no mesmo comunicado.
O
Estabelecimento Prisional de Macau também já instaurou um processo de inquérito
interno e prometeu verificar a existência de lacunas nos sistemas de supervisão
e de gestão.
Segundo
o CCAC, o suspeito é responsável pela gestão do funcionamento quotidiano das
zonas prisionais, sendo que, durante um longo período de tempo, o referido
recluso "terá oferecido, por várias vezes, vantagens ao arguido através de
um visitante".
Estas
incluíam garrafas de bebidas alcoólicas de marcas prestigiadas -- algumas de
marcas estrangeiras, com preços unitários superiores a 20.000 patacas (2.300
euros) --, produtos alimentares valiosos tais como abalones, ginseng, produtos
cosméticos de marcas internacionais, bem como ofertas de viagens e estadias em
hotéis de luxo, entre outras.
O
suspeito, por sua vez, "terá prestado tratamento privilegiado a favor do
recluso em causa, proporcionando-lhe proteção especial dentro do
estabelecimento, e fazendo igualmente 'vista grossa' aos atos irregulares
praticados por aquele na prisão", refere o CCAC.
O
órgão diz ter descoberto na posse do suspeito alguns dos subornos, bem como
artigos proibidos na cela do recluso. Além disso, acrescenta, foram também
encontradas provas relevantes da prática do crime no domicílio do suspeito.
DM
// PJA
Escritor
angolano Ondjaki participa num festival literário em Pequim
Pequim,
06 mar (Lusa) - O escritor angolano Ondjaki, galardoado em 2013 com o Prémio
José Saramago pelo romance "Os Transparentes", participa este mês num
festival literário em Pequim que celebra anualmente "o poder da
literatura".
Ondjaki,
36 anos, é o segundo autor de língua portuguesa convidado pelos organizadores
do Bookworm Literary Festival, depois do brasileiro Cristóvão Tezza, em 2013.
A
edição deste ano, que decorrerá de 13 a 29 de março, reunirá mais de uma
centena de autores de vários continentes, da Austrália à América do Norte.
Ondjaki
é apresentado como "um dos cinco melhores escritores africanos".
Lançado
em 2007 por uma livraria estrangeira privada, o Bookworm Literary Festival
promove debates com escritores, mas também seminários sobre diversos temas, do
jornalismo à ecologia.
Entre
os escritores chineses que já participaram no certame destaca-se Mo Yan, o
único Nobel da Literatura residente na Republica Popular da China.
Mo
Yan foi um dos protagonistas do festival em 2009, três anos antes de ser
distinguido pela Academia Sueca.
AC
// APN
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