sexta-feira, 6 de março de 2015

Macau. DA CORRUPÇÃO AO FESTIVAL LITERÁRIO COM PARTICIPAÇÃO DE ONDJAKI




Detido um chefe da prisão de macau por suspeita de corrupção

Macau, China, 06 mar (Lusa) -- As autoridades detiveram um chefe da prisão de Macau por suspeitas de ter recebido subornos de um recluso, anunciou hoje o Comissariado Contra a Corrução (CCAC).

Em comunicado, o CCAC refere que um chefe do Estabelecimento Prisional de Macau terá recebido, durante um longo período de tempo, "vantagens oferecidas por um recluso como contrapartida de favorecimento e tratamento privilegiado" dentro da prisão, tendo feito "vista grossa" a atos irregulares praticados pelo mesmo.

O homem foi detido numa operação realizada há alguns dias mas ficará a aguardar em liberdade o desenrolar do processo mas está suspenso do exercício de funções públicas e proibido de sair do território.

Este foi o primeiro caso detetado pelo CCAC de um crime envolvendo um funcionário com a categoria de chefe do Estabelecimento Prisional desde o estabelecimento da Região Administrativa Especial.

"O CCAC considera o caso de grande relevância e continua a proceder a diligências, admitindo mesmo o envolvimento eventual de outros indivíduos neste caso", refere o órgão no mesmo comunicado.

O Estabelecimento Prisional de Macau também já instaurou um processo de inquérito interno e prometeu verificar a existência de lacunas nos sistemas de supervisão e de gestão.

Segundo o CCAC, o suspeito é responsável pela gestão do funcionamento quotidiano das zonas prisionais, sendo que, durante um longo período de tempo, o referido recluso "terá oferecido, por várias vezes, vantagens ao arguido através de um visitante".

Estas incluíam garrafas de bebidas alcoólicas de marcas prestigiadas -- algumas de marcas estrangeiras, com preços unitários superiores a 20.000 patacas (2.300 euros) --, produtos alimentares valiosos tais como abalones, ginseng, produtos cosméticos de marcas internacionais, bem como ofertas de viagens e estadias em hotéis de luxo, entre outras.

O suspeito, por sua vez, "terá prestado tratamento privilegiado a favor do recluso em causa, proporcionando-lhe proteção especial dentro do estabelecimento, e fazendo igualmente 'vista grossa' aos atos irregulares praticados por aquele na prisão", refere o CCAC.

O órgão diz ter descoberto na posse do suspeito alguns dos subornos, bem como artigos proibidos na cela do recluso. Além disso, acrescenta, foram também encontradas provas relevantes da prática do crime no domicílio do suspeito.

DM // PJA

Escritor angolano Ondjaki participa num festival literário em Pequim

Pequim, 06 mar (Lusa) - O escritor angolano Ondjaki, galardoado em 2013 com o Prémio José Saramago pelo romance "Os Transparentes", participa este mês num festival literário em Pequim que celebra anualmente "o poder da literatura".

Ondjaki, 36 anos, é o segundo autor de língua portuguesa convidado pelos organizadores do Bookworm Literary Festival, depois do brasileiro Cristóvão Tezza, em 2013.

A edição deste ano, que decorrerá de 13 a 29 de março, reunirá mais de uma centena de autores de vários continentes, da Austrália à América do Norte.

Ondjaki é apresentado como "um dos cinco melhores escritores africanos".

Lançado em 2007 por uma livraria estrangeira privada, o Bookworm Literary Festival promove debates com escritores, mas também seminários sobre diversos temas, do jornalismo à ecologia.

Entre os escritores chineses que já participaram no certame destaca-se Mo Yan, o único Nobel da Literatura residente na Republica Popular da China.

Mo Yan foi um dos protagonistas do festival em 2009, três anos antes de ser distinguido pela Academia Sueca.

AC // APN

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